DESILUSÃO
Ao meu filho: José Iramar Silveira
Já vês meu filho, como o tempo passa
e como assim te foge velozmente?
Inda tão pouco o teu pinho plangente
também vibrava ao canto dessa praça.
Hoje o teu carro para ir lá devassa
essa distância longa e deprimente ...
Não vês de perto a serraria em frente
branca da lua ou límpida sem jaça?
Sem ver a terra que meu ser abraça
hoje se pinho vejo a mesma praça.
Que te recorda os dias do presente ...
teus afazeres hoje no escritório.
E eu sem saúde aguardo o meu velório
entre tristezas e saudade ardente.
Fortaleza, 18/09/1979.
Francisco Acélis Silveira