segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vovó Guilhermina - Guilhermina Germano de Souza Silva



Nascida  no dia  25/07/1903,  em Baturité, filha de Antonio  Germano  Filho (cafeicultor), e de  Maria  de  Souza  Germano. Eram seus(as) irmãos(ãs): Nery; Cristina; Juelina;  Francisca, conhecida como Neném; Eulália; Beatriz; Gasparina;  Lourdes  e  um  filho  homem. 

Seu pai tinha  uma  grande amizade pelo  patriarca  da  família  Campelo,  com  quem  comercializava  café, quando a família  Campelo  se  transferiu  para  Fortaleza,  Antonio  Germano  Filho,  seguindo  seu exemplo,  se  transferiu  também.

Guilhermina,  apaixonou-se por um jovem  Riograndense  do  Norte,  de  nome  Adelino  Rodrigues  da  Silva,  militar  que  estava  aquartelado em  Fortaleza,  no  23º  Batalhão  de  Caçadores  e  aguardava  sua  transferencia  para   o  Comando  Militar  do  Norte,  sediado  na  Cidade  de  Belém.

Naquela  época  os  militares  não  conseguiam  autorização  para  contraírem  matrimônio,  (por  muitos  anos  os  militares  somente  eram  autorizados  depois  dos  25  anos  de  idade  e  de  patente  de  oficial,) por  esta  razão  Guilhermina  e  Adelino,  resolveram  se  unir em  matrimônio  com  as  bençãos  da  igreja.

Assim  aconteceu,  receberam  as  bençãos  da  Igreja,  arrumaram  as  "trouxas"  e  embarcaram  em  um  navio  da  Companhia  Costeira,  presume-se  "Itaimbé"  e  partiram  com  destino  a  Cidade  de  Belém,  sede  do  Comando  Geral  do  Norte.

Em  lá  chegando,  trataram  logo  de  complementar  suas  núpcias. Casou-se  Guilhermina,   no    dia    17/02/1924, na    Cidade   de Ananindeua, Pará,  com  Adelino  Rodrigues  Silva, filho de Manoel Rodrigues da Silva e de Joana Rodrigues  da  Silva,  naturais  da  Cidade  de  Natal, Estado  do  Rio  Grande  do  Norte,  nascido  no  dia  25/06/1900.          

Como tinha  sido  transferido  para  fazer  parte  das  Guarnições  Militares  de Fronteira,  continuou  sua  viagem  com  destino  a  Cidade  de  Rio  Branco,  Capital  do  Território  do  Acre,  Guilhermina  já  esperava  seu  primeiro  filho  que  chegou  no  dia  31/07/1925,  que  recebeu  o  nome  de  ROCILDA.

Completando  seu  tempo  previsto  para  permanecer  na  guarnição  de  fronteira,  foi  Adelino, mandado  de  regresso  para  Fortaleza,  para  ser  aquartelado  no  23º  Batalhão  de  Caçadores, Esperava  Guilhermina  seu  segundo  filho, nascido em 04/02/1927  e  passou  a  ser  chamado  de  JOSÉ  PAULO.

Adelino, no entanto foi convidado  a  voltar. Requereu  sua  volta  para  o  Comando  Militar do  Norte,  sendo transferido  para  a  Guarnição  de  Manaus,  Capital  do  Estado  do  Amazonas, Guilhermina  esperava  a  chegada  de  mais  um  filho,  nascido em 20/02/1929  e  passou  a  ser  chamado  de  ROSSINO.

Por essa época, já  se  encontrava  Adelino, adoentado,  motivado  pelas  constantes  viagens  via  marítimas,  solicitou  sua  transferência  para  o  Comando  Militar  do  Norte,  com  sede  na  Cidade  de  Belém, em  18/09/1931,  nascia  LUZANIRA.

Já bastante extenuado  com  as  constantes  viagens  marítimas,  entre  Fortaleza, Belém  e  Manaus,  Adelino, requereu   sua  transferência  para  o  Comando  Militar  do  Nordeste. Foi   atendido  quando  passou  a  fazer  parte  da  Guarnição  do  23º  Batalhão  de  Caçadores,  em  Fortaleza, em Fortaleza  nasceram  mais  dois  filhos, NESTOR  e ENSA,  que  faleceram  infantes.

TEREZINHA,  nasceu  no  dia  24/03/1933.

PEDRO,  nasceu no  dia  24/08/1934.

O estado  de  saúde do patriarca, se  agravava  a  olhos  vistos  quando  o  Corpo  Médico  do  23º  Batalhão  de  Caçadores  e  faltando  2  (dois)  anos  para  sua  inatividade  e  com  a  idade  de  38  anos,  foi  transferido  para  o  Hospital  Geral  do  Exercito  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro. Submetido a uma cirurgia  da  próstata,  não  resistindo,  veio  a  falecer  no  dia  07/07/1936,  sendo sepultado  no  Cemitério  "São  Francisco  Xavier".

Adelino, já  havia  falecido  quando  nasceu  seu  último  filho,  no  dia  17/08/1936  e  passou  a  se  chamar  ILCA, Guilhermina  residia  então, em  casa  alugada  no  Bairro  do  Alagadiço,  hoje  Avenida  Bezerra  de  Meneses.

Com  o  falecimento  de  Adelino,  e  não  tendo  renda  e  a  convite  de  suas  irmãs  fez  a  distribuição  de  seus  filhos:

ROCILDA  com  apenas  11  (onze)  anos  foi  residir  com  a  Tia  Francisca  Germano  Santos,  tia  Nenen,  casada  com  o  Sr.  Alexandre  Castelo  Branco  dos  Santos  na  Vila  Santa  Eliza,  na  Rua  Padre  Mororó,  nas  proximidades  do  Cemitério  "São  João  Batista";

JOSÉ  PAULO  com  apenas  09  (nove)  anos  foi  residir  com  a  Tia  Lourdes  Germano  Pamplona,  casada  com  o  Dr.  Paulo  Pamplona,  na  Rua  Major  Facundo,  no  centro  da  cidade;

TEREZINHA  com  apenas  03  (tres)  anos  foi  morar  em  Baturité  com  uma  amiga  de  sua  mães  de  nome  Santinha,  que  não  tendo  se  casado  fazia  companhia  a  uma  sua  parenta,  viúva,  de  nome  Cordelia;

Os  demais:  ROSSINO;  LUZANIRA;  PEDRINHO  e  HILCA  ficaram  residindo  com  a  tia  Juelina,  casada  com  o  Sr.  Lauro  Leite  na  Rua  24  de  maio,  no  centro  da  cidade.

ROCILDA - Através da amizade com a família Campelo,  que  mantinha  o  Colégio "São João", (Avenida  Santos  Dumont),  Guilhermina  conseguiu uma  bolsa  de  estudos  para  sua  filha  ROCILDA, que concluiu o Curso Primário em 1937, e frequentou as aulas no curso  ginasial  até  15/07/1943,  quando  foi admitida  como  "trocadora"  na  Loja  "SLOPER  CIA  LTDA"  localizada  na  rua  Major  Facundo, Fortaleza. Rocilda  interrompeu seus   estudos,  pelo  fato  de  ter  que  ajudar  sua  mãe  Guilhermina  nas  despesas  da  casa  que  acabara  de  alugar  na  Vila  "Demétrio"  localizada  na  Rua  Joaquim  Magalhães  nº  67  no  Bairro  do  Benfica. Casou-se  com  Clemente  Olintho  Távora  Arruda  em  04/10/1947,  aos 22  anos.

JOSÉ  PAULO,  em 1942,  foi aprovado para  a  Escola  de  Aprendizes  Marinheiro. O Brasil  já estava participando  da  II  Guerra  Mundial, por isso, embarcou  para  Natal,  no  Estado  do  Rio  Grande  do  Norte,  quando  foi  destacado  para  viajar  para  os  Estados  Unidos  e  fazer  parte  da  guarnição  do  Caça  Submarino  "JUNDIAÍ"  que  acabava  de  se  incorporar  a  Marinha  do  Brasil.  

ROSSINO  que  queria  ser  militar  como  o  irmão,  fez  teste  de  seleção  para  a  Marinha  e  passou, mas  num  banho  de  mar  na  Praia  Formosa,  faleceu  afogado.

TEREZINHA  contraiu  matrimonio  com  o  Tenente  do  Exercito  Mario  Veiga.

LUZANIRA  casou-se com o  Sargento  do  Exercito  Musico  Francisco  Alves  Amorim.

PEDRINHO  foi  trabalhar  na  Empresa  de  Jornal  "O  POVO",  casando-se  com  a  senhorita  Lucia  Firmiano.

ILCA,  que  fazia  companhia  a  mãe,  conheceu  o  militar  Francisco  Jacinto,  lotado  na  Escola  de  Aprendizes  Marinheiros  do  Ceará,  casou-se  no  dia  22/05/1965.    

Guilhermina,  faleceu  no  dia  23/09/1968.  

Obs: Dados repassados por Christiane Arruda, e copilados dos escritos do Sr. Clemente Olintho Távora Arruda.