Nascida
no dia 25/07/1903, em Baturité, filha de Antonio
Germano Filho (cafeicultor), e de Maria de Souza
Germano. Eram seus(as) irmãos(ãs): Nery; Cristina; Juelina; Francisca,
conhecida como Neném; Eulália; Beatriz; Gasparina; Lourdes e
um filho homem.
Seu pai tinha uma grande amizade pelo patriarca da família Campelo, com quem comercializava café, quando a família Campelo se transferiu para Fortaleza, Antonio Germano Filho, seguindo seu exemplo, se transferiu também.
Guilhermina, apaixonou-se por um jovem Riograndense do Norte, de nome Adelino Rodrigues da Silva, militar que estava aquartelado em Fortaleza, no 23º Batalhão de Caçadores e aguardava sua transferencia para o Comando Militar do Norte, sediado na Cidade de Belém.
Naquela época os militares não conseguiam autorização para contraírem matrimônio, (por muitos anos os militares somente eram autorizados depois dos 25 anos de idade e de patente de oficial,) por esta razão Guilhermina e Adelino, resolveram se unir em matrimônio com as bençãos da igreja.
Assim aconteceu, receberam as bençãos da Igreja, arrumaram as "trouxas" e embarcaram em um navio da Companhia Costeira, presume-se "Itaimbé" e partiram com destino a Cidade de Belém, sede do Comando Geral do Norte.
Em lá chegando, trataram logo de complementar suas núpcias. Casou-se Guilhermina, no dia 17/02/1924, na Cidade de Ananindeua, Pará, com Adelino Rodrigues Silva, filho de Manoel Rodrigues da Silva e de Joana Rodrigues da Silva, naturais da Cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, nascido no dia 25/06/1900.
Como tinha sido transferido para fazer parte das Guarnições Militares de Fronteira, continuou sua viagem com destino a Cidade de Rio Branco, Capital do Território do Acre, Guilhermina já esperava seu primeiro filho que chegou no dia 31/07/1925, que recebeu o nome de ROCILDA.
Completando seu tempo previsto para permanecer na guarnição de fronteira, foi Adelino, mandado de regresso para Fortaleza, para ser aquartelado no 23º Batalhão de Caçadores, Esperava Guilhermina seu segundo filho, nascido em 04/02/1927 e passou a ser chamado de JOSÉ PAULO.
Adelino, no entanto foi convidado a voltar. Requereu sua volta para o Comando Militar do Norte, sendo transferido para a Guarnição de Manaus, Capital do Estado do Amazonas, Guilhermina esperava a chegada de mais um filho, nascido em 20/02/1929 e passou a ser chamado de ROSSINO.
Por essa época, já se encontrava Adelino, adoentado, motivado pelas constantes viagens via marítimas, solicitou sua transferência para o Comando Militar do Norte, com sede na Cidade de Belém, em 18/09/1931, nascia LUZANIRA.
Já bastante extenuado com as constantes viagens marítimas, entre Fortaleza, Belém e Manaus, Adelino, requereu sua transferência para o Comando Militar do Nordeste. Foi atendido quando passou a fazer parte da Guarnição do 23º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, em Fortaleza nasceram mais dois filhos, NESTOR e ENSA, que faleceram infantes.
TEREZINHA, nasceu no dia 24/03/1933.
PEDRO, nasceu no dia 24/08/1934.
O estado de saúde do patriarca, se agravava
a olhos vistos quando o Corpo Médico
do 23º Batalhão de Caçadores e
faltando 2 (dois) anos para sua
inatividade e com a idade de 38
anos, foi transferido para o Hospital
Geral do Exercito na cidade do Rio
de Janeiro. Submetido a uma cirurgia da próstata,
não resistindo, veio a falecer no
dia 07/07/1936, sendo sepultado no Cemitério
"São Francisco Xavier".
Adelino, já havia falecido quando nasceu seu último filho, no dia 17/08/1936 e passou a se chamar ILCA, Guilhermina residia então, em casa alugada no Bairro do Alagadiço, hoje Avenida Bezerra de Meneses.
Com o falecimento de Adelino, e não tendo renda e a convite de suas irmãs fez a distribuição de seus filhos:
ROCILDA com apenas 11 (onze) anos
foi residir com a Tia Francisca
Germano Santos, tia Nenen, casada com
o Sr. Alexandre Castelo Branco dos
Santos na Vila Santa Eliza, na Rua
Padre Mororó, nas proximidades do Cemitério
"São João Batista";
JOSÉ PAULO com apenas 09 (nove) anos foi residir com a Tia Lourdes Germano Pamplona, casada com o Dr. Paulo Pamplona, na Rua Major Facundo, no centro da cidade;
TEREZINHA com apenas 03 (tres) anos foi morar em Baturité com uma amiga de sua mães de nome Santinha, que não tendo se casado fazia companhia a uma sua parenta, viúva, de nome Cordelia;
Os demais: ROSSINO; LUZANIRA; PEDRINHO e HILCA ficaram residindo com a tia Juelina, casada com o Sr. Lauro Leite na Rua 24 de maio, no centro da cidade.
ROCILDA - Através da amizade com a família Campelo, que
mantinha o Colégio "São João", (Avenida
Santos Dumont), Guilhermina conseguiu uma bolsa
de estudos para sua filha ROCILDA, que concluiu o
Curso Primário em 1937, e frequentou as aulas no curso ginasial
até 15/07/1943, quando foi admitida como
"trocadora" na Loja "SLOPER CIA
LTDA" localizada na rua Major Facundo,
Fortaleza. Rocilda interrompeu seus estudos, pelo
fato de ter que ajudar sua mãe
Guilhermina nas despesas da casa que
acabara de alugar na Vila
"Demétrio" localizada na Rua Joaquim
Magalhães nº 67 no Bairro do Benfica. Casou-se
com Clemente Olintho Távora Arruda em
04/10/1947, aos 22 anos.
JOSÉ PAULO, em 1942, foi aprovado para a
Escola de Aprendizes Marinheiro. O Brasil já estava
participando da II Guerra Mundial, por isso,
embarcou para Natal, no Estado do
Rio Grande do Norte, quando foi
destacado para viajar para os Estados
Unidos e fazer parte da guarnição do
Caça Submarino "JUNDIAÍ" que acabava
de se incorporar a Marinha do
Brasil.
ROSSINO que queria ser militar como
o irmão, fez teste de seleção para
a Marinha e passou, mas num banho
de mar na Praia Formosa, faleceu afogado.
TEREZINHA contraiu matrimonio com o
Tenente do Exercito Mario Veiga.
LUZANIRA casou-se com o Sargento do
Exercito Musico Francisco Alves Amorim.
PEDRINHO foi trabalhar na Empresa de
Jornal "O POVO", casando-se com a
senhorita Lucia Firmiano.
ILCA, que fazia companhia a mãe, conheceu o militar Francisco Jacinto, lotado na Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará, casou-se no dia 22/05/1965.
Guilhermina, faleceu no dia
23/09/1968.
Obs: Dados repassados por Christiane Arruda, e copilados dos escritos do
Sr. Clemente Olintho Távora Arruda.
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