sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Colaboração para atualização do blog.

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segunda-feira, 25 de julho de 2022

2023 - BATURITÉ, 259 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICA

7520/3482 João da Costa Receita e Despesa Este livro há de servir para a despeza da Câmara da Real Va. de Monte Mor, O Novo, q´houver de ser feita por seos respectivos procuradores, foi numerado, rubricado por mim, leva no fim, o encerramento. Aquirás, 27 de Fevº de 1773 João da Costa Receita do anno de 1797 Abril 2 1 Ficam carregados em receita viva ao Thezourei- ro atual dos bens do Conselho o Sargento Mor Jo- zé dos Santos Silva duzentos e hum mil du- zentos cincoenta em que ficou alcançado nas contas que lhe foram tomadas pellos oficiaes da Câmara da receita e dispeza ao ano de mil setecentos e noventa e seis como cons- ta do livro dellas que serve com o dito de foreiro art 39 e por que se acha em seo puder o dito alcance assignou com- migo escrivam da Câmara aos 2 de abril de 1797, eu Francisco Pereira Torres es- crivam o escrevi. 201$250 Francisco Pereira Torres Joze dos Santos Silva Abril 2 1 Ficam carregados em receita viva ao Thezoureiro- atual Jozé dos Santos Silva quinze mil reis recebidos do Procurador Jozé de Bar- Barros pago pelo contrato das carnes fres- cas e receitas das secas o capitam Joze Severino do Nascimento de três quartéis vencidas no último de setembro do ano passado] de 1796 das arrematações dos mes- mos contratados como estão em seo puder e por convocação dicam lançados e commo assignou commigo aos 2 de abril de 1797i. 15$000 Francisco Pereira Torres Joze dos Santos Silva 216$250

2023 - BATURITÉ, 259 DE EMANCIPAÇÃO POLITICA.

Termo em que se declara ter a Camara Municipal desta Villa concedido a Antonio Francisco Pinto Camurça por aforamento enfiteuses cento e cincoenta braças de terra Aos vinte e quatro dias do mez de Maio de mil oitocentos e trinta e um concedeo a Camara Municipal desta Villa de Monte Mór o Novo da America por aforamento de enfiteuses a Antonio Francisco Pinto Camurça cento e cincoenta braças de terra na margem direita do Rio Putiú estremando pela parte de cima com terras do mesmo foreiro e pela parte de baixo com terras da foreira Thereza da Cunha, tendo por extremas um pé de juazeiro pagando annualmente tres mil reis pela dita terra que poderá possuir por si e por seus ascendentes e descendentes, vender as bem feitorias com licença desta Camara sem que esta em tempo algum de terra se possa apossar quando dito foreiro a benefici e cumpra com as mais obrigações aqui apontadas e prestou dito foreiro fiança idonea offerecendo por seu Fiador ao Reverendo Vigario Noberto Madeira Barros que foi aceito por ter os requizitos necessarios e para em todo o tempo constar eu de ordem da Camara fiz este termo em que assinarão o foreiro e fiador O Secretario da Camara Municipal João Gomes Brazil Antonio Francisco Pinto Camurça Noberto Mad.a. Barros

domingo, 24 de julho de 2022

2023 - BATURITÉ, 259 DE EMANCIPAÇÃO POLITICA.

EM 14 DE ABRIL DE 1764, BATURITÉ NASCEU COM O NOME DE MONTE MOR, O NOVO DA AMERICA. Termo de afforamento da Camara Municipal de Baturité (1831 a 1876) Ferr.a Termo em que se declara ter a Camara Municipal desta Villa concedido por aforamento enfiteuses cento e três braças de terra a João Jozé Lino Pegado Aos vinte e quatro dias do mez de Maio de mil oitocentos e trinta e um concedeo a Camara Municipal desta Villa de Monte-Mor o Novo da America por aforamento de enfiteuses a João Jozé Lino Pegado cem braças de terra na margem esquerda do rio Aracauaba e ua pequena parte na margem Direita confinando dita terra pela parte de cima com o sitio do Juiz de Paz João Bizerra de Albuquerque servindo de extrema um riaxinho onde está um pé de laranjeira e pela parte de baixo com o sitio do Tenente Gonçalo Gomes da Silveira servindo-lhe de extrema ua gameleira, etendo os competentes fundos, pagando annualmente dous mil reis pela dita terra que poderá possuir por si e por seus ascendentes e descendentes, vender as bemfeitorias com licença da Camara sem que esta em tempo algum de dita terra se possa apossar quando dito foreiro a benefici e cumpra com as mais obrigações aqui declaradas e prestou dito foreiro fiança idônea offerecendo por seu Fiador a Antonio Ricardo Bravo Suçuarana que foi aceito por ter os riquizitos necessarios e para em todo o tempo constar eu de ordem da Câmara fiz este termo em que assinarão o foreiro e fiador aquelle de crus por ser o sinal que uza. O Secretario da Camara Municipal João Gomes Brazil Cruz + de João Jozé Lino Pegado Antonio Ricardo Bravo Suçuarana He hoje de Jerônimo José de Freitas Guimarães (Mendonça) e he hoje rendeiro de 56 braças (Mendonça) Obs. do Secretario João Gomes Brazil: Pertence a Luiza M.a. de Jezus

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Câmara da vila de índios de Monte-mor o Novo: atuação política indígena no início dos oitocentos.

Câmara da vila de índios de Monte-mor o Novo: atuação política indígena no início dos oitocentos. Autor(a) principal: João Paulo Peixoto Costa - IFPI Co-autor(a): - A vila de índios de Monte-mor o Novo da América era a de menor população indígena no Ceará do início do século XIX. Antiga aldeia da Palma, fora erigida à condição de vila em 1764 com a efetivação da política pombalina do Diretório, que visava a integração dos índios à sociedade colonial por meio do trabalho e declarava-os súditos “iguais aos outros” da monarquia portuguesa. Entre suas medidas estava a criação de cargos políticos para as lideranças dos índios nas novas municipalidades, empossados como vereadores, juízes etc. Em Monte-mor o Novo, com alto percentual de extranaturais, os membros indígenas do senado da vila, ainda que minoria, não deixaram de fazer desse espaço um lugar de atuação em prol de suas prerrogativas enquanto vassalos do rei. Esta comunicação visa analisar as práticas políticas dessas autoridades por meio da câmara de Monte-mor o Novo no contexto de intensas transformações do início dos oitocentos, inclusive a formação do Estado nacional brasileiro. Também pretende-se destacar de que maneira os indígenas se colocaram nesses eventos e como seus espaços foram afetados na construção do novo país. A pesquisa se utilizou prioritariamente dos termos de vereação da vila preservados no fundo Câmaras Municipais do Arquivo Público do Estado do Ceará, presentes no livro 54 (1821-1825) e nas pacotilhas de documentos soltos produzidos entre 1829 até a década de 1840, e transcritos por Pedro Catão na Revista do Instituto do Ceará. A análise dos registros permitiu perceber o traquejo administrativo dos indígenas no espaço que lhes era assegurado por lei, ainda que em desvantagem numérica, convivendo com não-índios em situações de equidade política. Foi igualmente possível avaliar a perda dessa prerrogativa em 1830, quando Monte-mor o Novo deixou de ser vila de índios, e a atuação dos indígenas a partir da gradativa abolição de garantias que passaram a vivenciar no nascente Estado nação.

domingo, 15 de maio de 2022

Sitio São Luis - Pacoti

Patrimônio do ciclo áureo do café no Ceará, sua bela e imponente casa com estilo colonial, rodeada de majestosos arcos e colunas, abriga um precioso acervo acumulado desde o início do século XIX. As matas preservadas na propriedade, também guardam riquezas: espécies únicas da fauna e da flora do bioma de mata atlântica com resquícios do amazônico, e antigos cafezais sombreados. No Sítio São Luís é possível vivenciar e conhecer a história da Serra de Baturité, além das memórias de famílias que aqui habitaram. Historicamente, o Sítio São Luís teve por primeiro proprietário o Cel. João Pereira Castelo Branco, baturiteense, filho de Manuel Felipe Castelo Branco e Izabel Gomes da Silveira, irmã do Tenente Gonçalo Gomes da Silveira, de grande atuação no meio político, econômico e social da região nas primeiras décadas do século XIX. Em 1869 João Pereira adquiriu o São Luiz pelo valor de 13:000$00 por compra feita a um parente seu, o capitão José Alexandre Castelo Branco, que por sua vez havia comprado o mesmo sítio em 1858, com o antigo nome de Canna-Brava, do comerciante português Luiz Ribeiro da Cunha de que já falamos. Segundo a antiga escritura, o Canna-Brava situava-se “na Serra de Santa Anna com todas as benfeitorias assim como casas, plantações, engenho de ferro, caldeiras, duas juntas de bois, moendas, e as partes das terras compradas dos herdeiros dos finados Mathias Rodrigues d’Andrade e sua mulher”. O capitão José Alexandre já havia anexado à propriedade que ele passou a denominar São Luís, os sítios confinantes Santana e Castelo. João Pereira era casado com dona Maria de Oliveira Castelo Branco, com quem teve dez filhos: Josefa, Izabel, Luiza, Virgínia, João Pereira Filho, José Pereira, Ana, Amélia, Maria e Manoel Felipe. A filha Luíza era casada com Joaquim Correia Sombra, de Maranguape, onde moravam, sendo o casarão da Família Sombra muito semelhante em sua arquitetura ao da Serra. Hoje ainda possui a fachada preservada e nele funciona a Agência da Caixa Econômica de Maranguape. Provavelmente o vetusto casarão do Sítio São Luís procedeu da reforma da casa grande primitiva nas últimas décadas do século XIX. A estrutura impressiona pelo porte arrojado de suas belas colunas (30 ao todo), admirável pela estrutura sólida de seus arcos de quinas abauladas, toda erguida em tijolo e barro, feitos ali mesmo, com argila escura e queimados em fogo artesanal. Mas a crise econômica em decorrência da queda na produção do café também minou o patrimônio da família Castelo Branco, que já havia contraído elevadíssima dívida. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, quando faleceu o Cel. João Pereira em 1º de dezembro de 1900, seu inventário somou aproximadamente 25 contos de réis em bens, porém as dívidas somavam mais de 77 contos. Automaticamente o Sítio São Luís passou a pertencer ao principal credor: a casa exportadora dos Boris Frères. Em 1930 os irmãos franceses venderam o Sítio para o jovem Dr. Luiz Cícero Sampaio, ex-prefeito de Pacoti, casado com Carmem Nepomuceno e filho do também ex-prefeito Cel. José Cícero Sampaio (Zeca Sampaio) e de dona Maria Pimenta Sampaio (dona Mará). O casarão do Sítio São Luís sobrevive sob os cuidados da família que descende dos Sampaio Nepomuceno e constitui hoje o melhor exemplo de arquitetura colonial da Serra de Baturité. Não tem sido fácil mantê-lo, com sua estrutura secular e de grande porte, contudo os esforços particulares têm mantido suas características originais. Sua bela imagem aparece em todas as propagandas turísticas que o celebram como maior exemplo de nosso patrimônio arquitetônico, mas nenhum apoio financeiro ou mesmo cultural chega até ele... Passo então a palavra à amiga e anfitriã Cláudia Maria Mattos Brito de Góes, atual proprietária do Sítio São Luís, que o descreve melhor que ninguém: Em meio ao intenso verde da exuberante vegetação que cobre a Serra de Baturité, a uma altitude de 679m acima do nível do mar (cota da soleira da porta da frente), em Pacoti, encontra-se uma majestosa construção de imensas colunas brancas que se fecham em arcos simétricos, como uma fortaleza. As paredes altas são características dos antigos casarões da época colonial que usavam tochas de fogo para iluminar o seu interior. Todas as portas e janelas são de cedro maciço, retirado da própria mata que ainda existe no seu entorno. A água pura e cristalina que chega gelada em suas torneiras e vem por gravidade de uma nascente, localizada no alto do morro atrás da casa. Até alguns anos atrás esse encanamento era original, feito com bambu. A enorme cozinha ainda preserva uma antiga central de aquecimento de água, com uma serpentina que passa por dentro do fogão a lenha. Para viabilizar o início da obra, os mestres projetaram a construção de uma barragem nas águas do Rio Pacoti, que demarca os limites em uma das extremas do sítio. Através de uma porta d’água de puro bronze fincada em um dos lados da parede do pequeno reservatório, sai um canal de irrigação que circunda toda a área em volta da casa e segue, dividindo-se em vários sub-canais, percorrendo toda a extensão do vale à frente do casarão. Durante muitas décadas esse canal, conhecido como o Canal dos Holandeses, impulsionou a roda d’água do antigo engenho de cana, ao lado da casa grande. O Sítio São Luís tem hoje uma área remanescente de 210 ha, com mais 40 ha de mata preservada e alguns núcleos de mata nativa totalmente intacta. Conserva ainda antigos roçados de café, alguns com mais de cem anos de idade. O velho casarão já foi cenário de dois longas-metragens. Em julho de 1998, foi o principal cenário do projeto cinematográfico de Florinda Bolkan: “Eu Não Conhecia Tururu”. Em junho de 2007, serviu de locação para o primeiro longa-metragem de época rodado e produzido no Ceará: “Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito”, de Glauber Filho e Joe Pimentel. A imagem do casarão foi assim preservada e imortalizada pela maravilhosa ARTE do CINEMA. O Sítio São Luís mantém a tradição de resgatar a memória de seus antepassados, integrantes de algumas das mais tradicionais famílias da Serra, preservando costumes, fatos e feitos que recordam os momentos alegres e felizes por eles vividos. São exemplos de luta, de lealdade, de união e de coragem, de vidas simples mas de ricas virtudes. Essas histórias, sempre recontadas entre a família, são assim preservadas e repassadas às novas gerações. Em 2015, o Sítio São Luís passou a integrar a “Rota Verde do Café”, tornando-se o “Instituto Sítio São Luís”, entidade sociocultural e turística. Fonte: Texto adaptado do Livro “Pacoti, História & Memória”, de Levi Jucá (Editora Premius, 2014)

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Miguel Joaquim Aires do Nascimento - 1º Juiz de Direito de Baturité - 1841-1843.

Miguel Joaquim Aires do Nascimento (? — ?) foi um político brasileiro. Foi presidente da província do Maranhão, de 24 de novembro de 1863 a 3 de outubro de 1864 e de 19 de julho a 6 de agosto de 1866.[1] Referências 1. ↑ Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembro de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 75 Ligações externas 1. Relatório que à Assembléia Legislativa Provincial do Maranhão apresentou o 2º vice-presidente da província, desembargador Miguel Joaquim Aires do Nascimento, por ocasião da instalação da mesma Assembléia no dia 3 de maio de 1864 Precedido por Ambrósio Leitão da Cunha Presidente da província do Maranhão 1863 — 1864 Sucedido por Ambrósio Leitão da Cunha Precedido por Lafayette Rodrigues Pereira Presidente da província do Maranhão 1866 Sucedido por Frederico José Correia