domingo, 21 de setembro de 2008

MANOEL FELIPE PEREIRA CASTELO BRANCO

Termo em que se declara ter a Camara Municipal desta Villa concedido por aforamento de infiteuzes cento e secenta e sinco braças de terra de seo Patrimônio ao Capitão Manoel Felipe Castel Branco.

Aos quatorze dias do mez de janeiro do anno de mil oitocentos e trinta e sete concedeo a Camara Municipal desta Villa de Monte Mor Novo por aforamento de inphiteuzes perpetuos ao Capitão Manoel Felipe Castel Branco sento e secenta e sinco. Concedeo se mais ao mesmo fatinto namesma extencao de terreno em 27 de setembro de 1837 vinte braças que unidas estas com as que a sima forão ditas fazem a quantia de cento e oitenta e sinco braças de terra seca em huma baixa que corre entre a Villa com a cerca do Sito Cajueiro na Beira do rio Putiu, o qual sitio estrema para o Nascente com hum pé de Morondú que tem na beira da estrada que segue para o Jardim no pé do alto da parte sul, para o Puente na estrada que desse no beco do Capitão Jozé Freire, para o Norte com um caminho que tem ladiando pelo alto de uma estrada a outra e para o sul no cume do alto que esta em frente com os fundos do Sitio Cajueiro, ficando o dito foreiro obrigado a pagar o annualmente mil oitocentos e cincoenta reis, pelas ditas cento e oitenta e cinco braças, que as puderá possuir por ci e seus assendentes e descendentes, vender as benfeitorias com licença da Camara, sem que esta em tempo algum se possa apossar da dita terra, enquanto ella for beneficiada, e se cumprir com as mais obrigações impostas pela Camara, sendo ua dellas de bater, e consertar as estradas de commercio que houver em dita terra aforada



1837

GONÇALO GOMES DA SILVEIRA

Termo em que se declara ter a Camara Municipal desta Villa concedido por aforamento enfiteuses cento e três braças de terra a João Jozé Lino Pegado

Aos vinte e quatro dias do mez de Maio de mil oitocentos e trinta e um concedeo a Camara Municipal desta Villa de Monte-Mor o Novo da America por aforamento de enfiteuses a João Jozé Lino Pegado cem braças de terra na margem esquerda do rio Aracauaba e ua pequena parte na margem Direita confinando dita terra pela parte de cima com o sitio do Juiz de Paz João Bizerra de Albuquerque servindo de extrema um riaxinho onde está um pé de laranjeira e pela parte de baixo com o sitio do Tenente Gonçalo Gomes da Silveira servindo-lhe de extrema ua gameleira, etendo os competentes fundos, pagando annualmente dous mil reis pela dita terra que poderá possuir por si e por seus ascendentes e descendentes, vender as bemfeitorias com licença da Camara sem que esta em tempo algum de dita terra se possa apossar quando dito foreiro a benefici e cumpra com as mais obrigações aqui declaradas e prestou dito foreiro fiança idônea offerecendo por seu Fiador a Antonio Ricardo Bravo Suçuarana que foi aceito por ter os riquizitos necessarios e para em todo o tempo constar eu de ordem da Câmara fiz este termo em que assinarão o foreiro e fiador aquelle de crus por ser o sinal que uza.
O Secretario da Camara Municipal
João Gomes Brazil
Cruz + de João Jozé Lino Pegado
Antonio Ricardo Bravo Suçuarana

JOÃO PEREIRA CASTELLO BRANCO

Termo de aforam.to que faz a Camara M.al de Baturité a João Per.a Castello Branco de sessenta palmos de terreno.

Aos vinte quatro dias domes de Abril de mil oito centos cincoenta e sete, concedêo a Camara M.al desta V.a por aforam.to sessenta palmos de terreno a João Per.a Castello Br.co, para edificar úma casa defronte da casa do Reverendo Raimundo Fran.co Ribeiro, fazendo beco com Fran.co Nogueira de Q.ros, na forma de suas pusturas. Ep.a constar fiz este termo.
OSecretario
Simião Telles de S.za

ANTONIO PEREIRA CASTELLO BRANCO

Termo de aforam.to em Escritura que faz aCamara Municipal de B.e por aforam.to em Ifiteuzes perpetuo de 190 braças de terras seccas na Gitirana

Aos tres dias do mez de dezembro de 1850 Concedeu aCamara Municipal de B.e por aforam.to em Ifiteuzes perpetuo de cento e noventa braças de terra seccas na Gitirana cujas terras extremão da parte de baixo com as terras dos Herdeiros do Finado Antonio Pereira Castello Branco, em um pé de Angico e da parte de cima com o foreiro J.e Moreira em um Murundu em um pau darco caído nas costas cujas terras assim extremadas podera o foreiro Jozé da Masceno da Silva as pussuir por si e seus descendentes e ascendentes e vender as bemfeitorias que nella fizer com ordem daCamara e cumprindo o foreiro com as obrigações marcadas em pusturas não pudera aCamara apossar-se della de cuja terra pagara o foreiro deis reis por braça por serem terras seccas. cuja escritura passo de ordem da Camara de 29 de 9bro de 1850. Secretaria daCamara Municipal de B.e 3 de Dezembro de 1850

O Secretario
J.e Alex.e C. Br.co

Joze da Masceno da S.a

MARÇAL GOMES DA SILVEIRA

Termo de Aforamento de 50 palmos de xão na Rua Nova do Commercio a Marçal Gomes da Silveira

Hoje concedeo aCamara por aforamento a Marçal Gomes da Silveira 50 palmos de xão na Rua Nova do commercio a Marçal Gomes defrente dos quintais de Silverio Gomes da Silveira, e cumprindo oforeiro com suas obrigasões não podera aCamara apossar-se do dito xão. Secretaria da Camara Municipal de B.e 12 de Ag.to de 1851

O Secretario
J.e Alex.e C. Br.co

Marçal Gomes da Silv.a

JOÃO CORREIA LIMA

Termo de aforam.to que assigna João Correia Lima de 60 palmos de chão

Aos tinta e úm dias do mes de janeiro de mil oito centos cincoenta esete, concedêo a Camara M.al d’esta V.a por aforam.to naforma de suas pusturas sessenta palmos de chão a João Correia Lima, na rua do rio Aracoaba, na confrontação doportão da casa do mercado d’esta V.a para edificar úa caza, do que para constar fiz este termo em que assignou o foreiro e eu Simião Telles de Sousa Secretario o escrevy -

João Corr.a Lima

60 palmos

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A FAMILIA CASTELO BRANCO

A FAMÍLIA CASTELO BRANCO
"Vinicius Barros Leal"

Publicada no Jornal “A Verdade” nº. 3.017 de 1991.

A família Castelo Branco não foi das primeiras a chegar em Baturité, mas ali já se encontrava no começo do século XIX. Veio de Quixeramobim, onde estava instalada com fazendas de gado.

O Patriarca do Clã foi o português Tenente Coronel Matias Pereira Castelo Branco, natural de Viseu. Vindo solteiro para o Brasil e aqui chegando nos anos trinta do século XVIII. Casou-se na Ribeira do Jaguaribe com Emereciana Barbalho, descendente dos Correia – Vieiras, gente das mais abonadas da região. O casal fixou-se nas terras da família que eram muitas, abrangendo fazendas e currais nas margens do sitia e do Quixeramobim.

Desse casamento nasceram onze filhos que por casamento se entrelaçaram com muitas outras famílias de criadores da mesma região. Os Pimenta de Aguiar, Saraiva Leão e Leitão foram os que mais constituíram união com os Castelo Branco.

Para Baturité e sua serra dirigiram-se os interesses da família, em vista da boa qualidade das terras propícias para a agricultura e também pela necessidade que tinham de possuir pastos salvadores dos grandes rebanhos, nas freqüentes e temíveis estiagens.

O Tenente Coronel aparece cedo nos registros eclesiásticos, testemunhando casamentos, apadrinhando filhos de serranos e também, nos deveres cívicos.

Dos filhos do Tenente Coronel o que mais influência teve em Baturité foi o Capitão Antonio Pereira Castelo Branco, nascido em 1750 e casado com D. Francisca Maria Leitão. Foram muitos os filhos deste casal, alguns participando ativamente da vida local, especialmente o Coronel Manuel Felipe, que casou em Baturité, com Isabel Gomes da Silveira. O sogro de Manuel Felipe, era um verdadeiro potentado, com muito prestigio político e social, o Coronel João Gomes da Silveira, filho do fundador da família Silveira, paraibano de Mamanguape, Capitão Luiz Gomes da Silveira.

Manuel Felipe tinha um temperamento inquieto e envolveu-se nos principais acontecimentos locais, desde os movimentos revolucionários de 1817, 1821 e 1824. Esteve sempre na dianteira dos que se rebelavam e protestavam contra a situação corrente. Por isso, sofreu sérias conseqüências minorizadas por sua habilidade e astúcia. Teve querelas e atritos com muitos elementos conservadores de seu partido e brigou até com o respeitável vigário. Este, vingava-se, anotando nos livros de registros os ápodos do truculento paroquiano. Sempre que era necessário referir-se ao nome de Manuel Felipe, o Sr. Vigário acrescentava a zombaria “Castelo no ar”.
Manuel Felipe, inteligente e de algumas letras, gostava de fazer versos de natureza política e divulgava-os como podia. João Brígido, em “Ceará – Homens e fatos”, cita alguns. Um deles, tendo como mote “todo corcunda é malvado”, mexe com muita gente do Ceará inteiro, até com parentes do autor, residentes nos Inhamuns e ligados à importante família Feitosa.

Dos filhos de Manuel Felipe o que mais influência exerceu em Baturité foi o Tenente Coronel Pedro José nascido em 1818 e falecido em 1877. Este foi de fato, o maior chefe político de Baturité no século passado. Muitas vezes presidiu à Câmara Municipal e faleceu deputado Provincial. Tinha o apelido de “Pedro Cru” e foi casado com uma sobrinha, filha de seu irmão José, D. Teresa Antonia. Deste casal descendem muitos baturiteenses de projeção. Foram seus genros os comerciantes João Correia Lima, Balduino José de Oliveira, Porfírio Gurgel do Amaral, Francisco Bezerra de Menezes Soares, o professor Manuel Egídio da Costa Nogueira, desses casais sendo descendentes os Taumaturgos, Pinheiros, Falcões, Severiano Maciel, Paiva e Silva, Soares Arruda, Matos Brito e tantos outros. O ministro Waldemar Falcão, o advogado Lauro Maciel, Érico Paiva, o Coronel Mário Ramos, os irmãos Luiz e Carlos Soares Arruda são descendentes de Pedro José.

A família foi proprietária de sítios na serra, sendo as melhores glebas as que conservam os mesmos nomes de Salvaterra e Correntes, nas margens do riacho cruz, terras que se estendem até perto de Mulungú.

Os Alves de Carvalho também se ligam aos Castelo Branco.

Outros filhos de Manuel Felipe originaram novas famílias, sendo Venâncio Castelo a que maior destaque teve, com propriedades de grande produção de café. Por sinal, foi o velho tronco familiar, Manuel Felipe, quem trouxe a rubiácea para a serra.
A família cresceu tanto que extrapolou as fronteiras municipais e estaduais. Não há, no entanto nenhuma ligação com a família do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, proveniente do Piauí onde se instalou o nobre lusitano que veio dirigir aquela Província.

Também de Manuel Felipe foi irmã D, Teresa Antonia que casou com o primo João Batista da Costa Coelho, e deste casal foi filho o Dr. Antonio Benicio, Juiz da Comarca, progenitor de grande e ilustre família conterrânea.

Manuel Felipe teve dois outros filhos, José Pereira e Alexandre, que muito concorreram para o povoamento da região, chefes que foram de novas famílias que se entrelaçaram com as mais tradicionais da região do maciço.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

ANNA AUGUSTA CASTELLO BRANCO CORREIA LIMA

1.5.4.1.2 - Anna Augusta Castello Branco Correia Lima

Filha de Pedro José Pereira Castello Branco e de Theresa Antonia Feitosa Castello Branco. Nascida no Inhamuns (Tauá), falecida em Baturité. Casou-se em Baturité com o Tenente João Corrêa Lima, falecidos em Baturité, onde se acham sepultados no Cemitério São Miguel.

Pais de:

1.5.4.1.2.1 - Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima
1.5.4.1.2.2 – Maria Edwirges Castelo Branco Correia Lima
1.5.4.1.2.3 - Maria José Castelo Branco Correia Lima Thaumaturgo
1.5.4.1.2.4 - Maria Conceição Castelo Branco Correia Lima do Rego Falcão
1.5.4.1.2.5 - Maria Emilia Castelo Branco Correia Lima Lopes

1.5.4.1.2.6 – Maria Castelo Branco Correia Lima


1.5.4.1.2.5 - Maria Emilia Castelo Branco Correia Lima Lopes
Nascida em Baturité a 23/03/1875 e falecida em Itapiúna a 12/02/1910 enterrada no Cemitério São Miguel em Baturité. Casou-se em Baturité a 06/1892, com José Adriano Lopes, nascido em Sobral a 23/08/1865 e falecido em Fortaleza a 25/11/1928.

Pais de:

1.5.4.1.2.5.1 - José Evandro Castelo Branco Lopes
1.5.4.1.2.5.2 - Maria Graziela Castelo Branco Lopes
1.5.4.1.2.5.3 - João Adriano Castelo Branco Lopes

1.5.4.1.2.5.4 - Paulo Castelo Branco Lopes
1.5.4.1.2.5.5 - Ana Augusta Castelo Branco Lopes
1.5.4.1.2.5.6 - Otávio Lopes Castelo Branco
1.5.4.1.2.5.7 - Noemi Lopes Mattos Brito
1.5.4.1.2.5.8 - Maria de Lurdes Castelo Branco Lopes

1.5.4.1.2.5.1 - José Evandro Castelo Branco Lopes
Nascido a 20/11/1894. Casou-se no Rio de Janeiro com Dea Muniz de Brito Lopes.

1.5.4.1.2.5.2 - Maria Graziela Castelo Branco Lopes
Nascida a 22/10/1896.

1.5.4.1.2.5.3 - João Adriano Castelo Branco Lopes
Nascido a 27/10/1898.

1.5.4.1.2.5.4 - Paulo Castelo Branco Lopes
Nascido a 14/02/1900 e falecido a 03/07/1929. Casou-se em Sobral com Aldenora da Ponte Lopes.

1.5.4.1.2.5.5 - Ana Augusta Castelo Branco Lopes
Nascida a 20/11/1901.

1.5.4.1.2.5.6 - Otávio Lopes Castelo Branco
Nascido a 11/07/1903 e falecido a 13/11/1950. Casou-se em Limeira São Paulo com Judith Moreira César Lopes. Foi Professor e Político. Sendo eleito Deputado.

1.5.4.1.2.5.7 - Noemi Lopes Mattos Brito
Nascida a 11/07/1905. Noemi Castelo Branco Lopes, casou-se em Guaramiranga a 27/01/1928 com Arcelino Queiroz de Mattos Brito, nascido em Guaramiranga a 22/12/1896 filho do Coronel Francisco de Mattos Brito (Coronel Chicio) e Adelaide Queiroz de Mattos, após casada passou a Chamar-se Noemi Lopes Mattos Brito.

Pais de:

1.5.4.1.2.5.7.1 – Maria Emilia Mattos Brito
1.5.4.1.2.5.7.2 – Helena Mattos Brito
1.5.4.1.2.5.7.3 - Elsa Mattos Brito
1.5.4.1.2.5.7.4 – Fernanda Mattos Brito

1.5.4.1.2.5.8 - Maria de Lurdes Castelo Branco Lopes
Nascida a 22/09/1908.

JOÃO PEREIRA CASTELLO BRANCO

1.5.4.2 – Coronel João Pereira Castello Branco

Filho de Manoel Felipe Pereira Castello Branco e de Isabel Gomes da Silveira, também conhecida como Isabel Maria de Nazaré.
Nascido em Baturité em 1823. Falecido em Baturité em 1900. Casou-se com Maria Oliveira Castello Branco, nascida em Baturité. Foi Proprietário do Sítio São Luiz em Pacoti. Documentos antigos atestam que a casa do Sitio São Luiz teve sua construção iniciada por iniciativa de Manoel Felipe Pereira Castello Branco, que fez trazer do Recife um arquiteto holandês. Calcula-se que a construção durou 20 anos.

Pais de:

1.5.4.2.1 - Amélia Castello Branco Campelo
1.5.4.2.2 – Alfredo Barroso Castello Branco

FRANCISCA CLOTILDE CASTELO BRANCO CORREIA LIMA

Por Rosângela Ponciano (19 de setembro de 2006)


FRANCISCA CLOTILDE BARBOSA LIMA foi poetisa, contista, dramaturga, romancista professora e abolicionista. Nasceu na fazenda São Lourenço, em Tauá, a 19 de outubro de 1862, filha de João Corrêia Lima e de Ana Maria Castello Branco.
Anos depois, mudou-se para Baturité, fazendo seus primeiros estudos com a professora Ursulina Furtado, por quem a poetisa, ao longo de sua vida, cultivou profunda admiração. Terminado o Curso Primário, foi a Fortaleza, chegando a ser, então, aluna do Colégio da Imaculada conceição.
Passado esse período escolar, dirigiu-se à Escola Normal onde fez vários testes tendo por finalidade lecionar nesta instituição. O resultado foi dos melhores. Com notas excelentes, bagagem cultural de alto nível e a inquietante juventude de uma mulher de vanguarda, Francisca Clotilde passou a ser, então, a primeira professora do sexo feminino a lecionar na Escola Normal do Estado do Ceará. Começa, oficialmente, a 12 de junho de 1882 a sua luta pela educação de qualidade em nosso país.
Colaborou em vários jornais do Estado, entre os quais: A QUINZENA, O DOMINGO, O LIBERTADOR E A EVOLUÇÃO.
Sua poética palavra equilibrava-se, sempre, na coerência existente entre a emancipação feminina, a política e a liberdade.
Criticava a submissão das mulheres ao fogão e a adoração das mesmas à apática vida entre quatro paredes a comentar prendas domésticas. Conclamava todas a se fazerem presentes às atividades políticas e culturais.
Resistiu ao sistema imposto pelos “poderosos”, entregando-se às mais ardentes causas abolicionistas.
Em 1902, publicou um livro que tratava de um tema bastante polêmico para a época: o divórcio. A relação existente entre pessoas que sistematicamente mergulham em profundos atritos, chegando ao ápice do desentendimento e da necessidade de separação. Assim é A DIVORCIADA, romance editado pela Tipografia Moderna, com 223 páginas.
Francisca Clotilde foi colaboradora assídua da Revista A Estrela, fundada em Baturité por sua filha Antonieta Clotilde.
No dia 05 de março de 1908 chega à cidade de Aracati, atendendo a inúmeros pedidos de personalidades aracatienses e a 09 de março do mesmo ano, funda o Externato Santa Clotilde, junto às filhas Antonieta e Ângela Clotilde. O Externato foi considerado por muitos como o melhor colégio misto de toda a região jaguaribana.
Um fato curioso chamava a atenção dos alunos: a maneira como D. Chiquinha - como era carinhosamente chamada – fazia os ditados. Ela saía andando entre as mesas, falando sobre determinado tema, sem que olhasse para qualquer papel ou livro. Ao terminar o ditado, os alunos liam em voz alta, o texto escrito. O que encontravam era uma verdadeira obra poética; uma profunda confissão de seu amor à natureza e às artes.
Francisca Clotilde continuava a colaborar na Revista Estrela, publicando inúmeros dramas e contos que seriam posteriormente executados por seus alunos no próprio Externato ou no Teatro Santo Antônio. Destacam-se, nesta fase: A Filha de Herodes, Santa Clotilde e Pérola do Bosque.
Devota de Santa Terezinha, freqüentemente fazia suas novenas, no que era sempre atendida recebendo, como sinal, uma rosa. Em certa ocasião, após concluir mais um ciclo de novena e não tendo ainda obtido o “sinal” como resposta, recebe a visita de um estranho portando uma encomenda endereçada à sua pessoa. Havia no pacote dois exemplares de livros, assim intitulados: O Último Adeus e A Recompensa do Céu. Dias depois viera a falecer em sua residência.
E foi assim, entre a mais pura essência cultural que viveu esta mulher de luta que soube galgar todos os obstáculos impostos pelos poderosos. Eu não ousaria dizer que ela morreu em 08 de dezembro de 1935, mas que completou mais um ciclo na trajetória que lhe compete na terra, em sua caminhada evolutiva.
Quem pensa que sua história termina por aí, engana-se. A partir da década de 70, Francisca Clotilde inova mais uma vez ao escrever - na espiritualidade - contos e poemas diversos, através das mãos do médium Chico Xavier. Neste período escreve dois livros infantis: Tintino e Natal de Sabina. Na literatura espírita, é comum encontrarmos sua contribuição através de abordagem com cunho evangélico. Não compete a mim, querer que o leitor aceite como verdade absoluta que a morte não nos impede de travar contato com os que permanecem na terra. Porém, não me cabe o direito de sonegar informações históricas que o próprio tempo poderá comprovar como algo extremamente importante para que a ciência desvende uma verdade que, até então, muitos desconhecem.

ANTONIO PINHEIRO CASTELO BRANCO

Crônica de José Maciel – Jornal A Verdade 10/09/1972. O velho Torrão.

O Capitão Antonio Pinheiro Castelo Branco, um cidadão idoso, alto, forte, de cabelos brancos e uma barbicha despontada a modo de pêra, morava na Rua do comércio e era vizinho do comerciante português Joaquim da Costa Braga, com quem se aparentava, não sei por que vias.
Morando em vasto casarão, estava constantemente sentado num ângulo da pequena ante-sala onde, durante toda a minha infância, ao passar por ali, via-o sempre com um enorme lenço vermelho removendo o nariz, em mio a espirros estridentes, o rapé que sorvia em quantidade considerável, certamente para prevenir a pituitá.
O posto de Capitão deve ter vindo da Guarda Nacional, mas não sei ao certo, pois ao tempo, a gente simples costumava atribuir aos mais velhos e arranjados patentes que variavam segundo a idade.
Como quer que seja, o Capitão Antonio Pinheiro Castelo Branco, sem arredar pé da casa, era conhecidíssimo na cidade, e até me lembro de particularidades, como por exemplo, da camisa e calças brancas bem como dos chinelos de marroquim escuro e meias brancas que compunham o traje invariável desse ilustre baturiteense a quem nunca vi senão na quase deserta ante-sala do velho solar onde sob seus passos, mesmos prudentes, as taboas carcomidas do assoalho gingavam com um ruído abafado.
No quarteirão, aliás o mais apresentável da tradicionalidade, vivia desde dezenas de anos, um púgilo de cidadãos representantes de linhagens respeitáveis tais como, Bragas, Falcões, Matos Mácieis, Motas, Albuquerques, Leais, Paivas, Pintos e outros .
Baturité era, então, essa gente, esses patriarcas que, somados a muitos outros seria longo e fastidioso descrever. Muitos desses antepassados acostumados, de boa vontade, à conjuntura criada pelo natural envolver do tempo, aderiram ao surto migratório que levou para a Capital do Estado uma considerável parcela da população, de modo que, dentro de uma década, a cidade viu renovado o seu elemento humano.
É de crer que tenha acontecido o mesmo por todos os recantos do norte, de vez que o fim da segunda guerra significou não só para nós, mas para o mundo inteiro, a renovação das coisas, do tempo, dos homens, da vida enfim.
Voltando, porém, a Antonio Pinheiro Castelo Branco, cabe explicar que foi objeto desta Crônica simplesmente por causa da minha longínqua preocupação com tão vistoso lenço vermelho, com aquela barba branca a Washington Luiz, com os espirros barulhentos, com aquelas chinelas de marroquim, enfim com a sua estranha figura de cidadão respeitável e eminentemente conservador.

FAMILIA GOMES DA SILVEIRA (NA PARAIBA)

CAPELAS RURAIS DA VÁRZEA DO PARAÍBA:
A CONSTRUÇÃO DE SÉRIES COMO METODOLOGIA PARA A HISTÓRIA DA ARQUITETURA
Juliano Loureiro de Carvalho

A Capela de Santana, do Engenho Gargaú, em Santa Rita, é inteiramente Barroca/ Rococó, e com certeza data de fins do século do XVIII ou início do século XIX, a julgar pela qualidade de sua expressão artística23, que não pode ser muito tardia.

Como uma lenda, difundiu-se, em textos recentes (Leal, 2001: 28-29; Beleza, 2004-2005: 21-22), a idéia de que a Capela do Gargaú teria sido erguida por Duarte Gomes da Silveira, o que não se sustenta, por diversas razões: 1) não há dúvida de que, por sua arquitetura, a capela atual é da segunda metade do século XVIII, na hipótese mais remota; 2) Duarte Gomes e o Morgado do Salvador do Mundo detiveram os engenhos Velho e Novo, mas não o Gargaú (Gonçalves, 2003); 3) Ramos (2005: 5-8) reconstituiu a seqüência completa de proprietários do engenho Gargaú desde sua sesmaria (1613) até 1663, após a morte de Duarte Gomes, que não consta como proprietário. Assim, mesmo uma provável capela original, do século XVII, teria outro fundador. Caso se venha a verificar que o brasão de armas no frontispício da capela é efetivamente da família Gomes da Silveira, certamente ele se deve a ao coronel Joaquim Gomes da Silveira ou a seus herdeiros, cuja posse do engenho Gargaú está documentada entre os anos de 1845 e 1892 (Ramos, 2005: 9-11).

terça-feira, 29 de julho de 2008

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - JURAMENTO DE LEALDADE AO IMPERADOR - 1824

03/11/1824 - Juramento de lealdade a Sua Majestade Imperial D. Pedro I

Sessão extraordinária de 3 de Novembro de 1824. - Aos trez dias do mez de Novembro de mil oitocentos e vinte e quatro annos nesta Villa de Monte mor novo de America comarca antiga da Provincia do Ciará Grande em casas que interinamente servem de Passo do Conselho onde se achava o Juiz Ordinario Presidente Alexandre Pereira Pitiguari com os Vereadores João da Rocha Araujo, Antonio Felix de Menezes, Manoel José da Rocha, com o Procurador da mesma Francisco Alves Marques Favella, e sendo ahi convocando-se Conselho os Officiaes Militares Republicos e mais Cidadãos desta Villa para efeito se dá execução ao officio de 18 de outubro paçado do Excelentíssimo Governo da Província visto que as Tropas se chavão distroçadas e o povo da mesma sorte recolhido a suas moradas – Acordarão em fazer prévio juramento de Felicidade, e Homenagem a Sua Magestade Imperial e Constitucional defensor perpetuo do Brasil do qual neste mesmo livro se lavraria termo autentico asignado por todos que voluntária e livremente o quizer fazer, por isso que já não hera nesseçario o levantamento da Bandeira Imperial por se aver já levantado quase ao ponto das nove horas do dia pello Escrivão desta Villa que esta escreveo no dia dois deste mez mediante recebimento do officio do Tenente-Coronel Manoel Felippe Castello Branco enviado da Povoação das Itans, e chegado aqui quase às mesmas horas em que se preparava já a mesma Bandeira pelo mesmo Escrivão, e por outros Cidadãos concorrentes, o Capitão José Freire da Silva, o Capitão-Mor José Severino de Vasconcellos, o Sargento mor Manoel Patrício da Silva, e o Capitão Manoel Moreira Barros, e o veriador João da Rocha de Araujo e o Capitão José Francisco Reges autoridades quase todas desta Villa o mais de marcha ou marcha forçada.
De tudo para constar lavrei a presente acta na qual todos assignarão, seguindo-se o termo de juramento, o qual vai avante. Eu José Felix de Freitas, Escrivão da Camara o escrvy.
Petiguary, Araujo, Meneses, Rocha, Pe. Gonçalo Ignácio de Albuquerque Mororó , Manoel Felippe Castello Branco – Tenente Coronel de Cassadores, Eufrásio Alves da Silveira – Sargento Mor de Caçadores, Gonçalo Gomes da Silveira – Capitam de Casadores, Antonio Felis de Meneses – Capitam de Caçadores, Pedro Pereira Castello Branco – Tenente secretario de Caçadores, José Severino de Vasconcellos – Capitam de Ordenanças, Manoel Patrício da Silva – sargento Comm. Interino das Ordenanças, José Severino de Vasconcellos – Capitam mor de ordenanças.>

TERMO DE JURAMENTO

Aos trez dias do mez de Novo. De mil oitocentos e vinte e quatro nesta Villa de Monte Mor novo da America comarca antiga da provincia do Ciará Grande em casas que interinamente servem de Camara e Passos do Conselho onde se achão o Juiz Ordinario Presidente Alexandre pereira Pitiguari e mais veriadores João da Rocha de Araujo, Antonio Felix de Meneses, Manoel José da Rocha, com o Procurador do Conselho Francisco Alves Marques Favella e sendo ahi prestarão todos o juramento de fidelidade e obediencia a Magestade Imperial e Constitucional e Perpetuo defensor do Brasil sob hum livro dos Santos Evangelhos em que puserão as suas mãos cuja verna he a seguinte – Eu N. juro aos Santos Evangelhos concervar inteira fidelidade e obdiencia ao Soberano Chefe da Nação Brasileira e seo Defensor Perpetuo Imperador Constitucional o Augusto Senhor Dom Pedro Primeiro protestando deffendelo com o proprio sangue e aseguralo seu Throno do Brasil sejão quais forem as forças internas ou Extrangeiras que se oponhão contra a estabilidade de seo Throno, Independencia deste vasto Imperio. Abjuro o sistema Confiderativo, e qualquer outro que se haja de inventar, pois so quero o Governo Monarchico Constitucional como unico capaz de fazer a felicidade da Nação e tudo isto protesto de livre e espontânea vontade sem constrangimento de força ou de percuaçõens alheias – Asim Deos me ajude. E desta sorte tambem jurarão todos abaixo asignados ficando constituido o Juiz Ordinario Presidente da Camara acceitar o juramento dos que se acham ausentes os quais tambem deverão asinar e de tudo para constar Mandarão fazer este termo. Eu José Felix de Freitas Escrivam da Camara o escrevy e asinei.

Alexandre Pera. Petiguary;
João da Rocha de Araujo;
Antonio Felix de Freitas;
Manoel Felippe Castello Branco, Tene. Cel. de Cassadores;
José Severino de Vasconcellos, Cap. Mor das Ordenanças;
Anto. Rois Cavalcante;
Julião Coelho da Sa. Araruna, Cap. de Ord.; Antonio Pereira Martins;
Jose Cardoso da Silva;
João Nogueira de Queiroz;
Abel de Lejada;
Francisco Anto. da Silveira, Tene. da 1a. comp.;
Antonio José Alves, Alf. da 1a. comp.;
João Alves da Costa, Tem. do Bat.;
Gonçalo Ignácio Albuquerque Mororó;
João Gomes da Silveira;
João de Souza Marinho;
João Carlos de Oliveira Sacouto, Cap. da 2a. comp. do Bat.; Manoel Joaquim de Oliveira;
Eufrásio Alves Silveira, Sargento Mor de Caçadores;
José Freire da Sa., Cap. de Caçadores;
José Francisco Reges, Cap. da 5a. comp. de Ordenanças;
João Felix de Meneses;
Francisco da Sa. Sara.;
Francisco Pinto de Vasconcellos Tubaram;
Antonio Fernando de Souza;
Francisco Rumano Pera.;
Francisco Lopes de Souza;
José Pera Mora. Junior;
José Pera de O;
José Alves da Costa;
Manoel José da Roxa Junior;
Manoel Moreira Barros, Tem. de Ord. Montada;
José Moraes da Sa.;
João Pinheiro Ferreira;
Agostinho Antonio de Nasareth;
Miguel Francisco Ra. da Silva;
Francisco Antonio Ramos;
Antonio Ribeiro;
Antonio Glz. de Souza;
Pedro Anto. de Aro. Chaves;
Manoel Anto. do Spto Santo;
Pedro Alves de Aro.;
Manoel Coelho Basto;
José Vidal Pereira;
Manoel Anto. do Nascto.;
Venandio Ferreira Lima;
Ignácio Paixão;
Ignácio Joaquim de Almeida;
José Antonio Beserra;
João Pereira do Valle Contente;
Alex. Pera. da Fonseca;
Jose Duarte Cardoso;
Antonio Bonifácio de Souza;
Joaquim Thomaz da Cunha;
Pedro Pera. Castello Branco, Ten. secreto.;
Sabino José Cabral;
Antonio Francisco Pinto Camça.;
Francisco Ferreira da Silva;
João Carlos da Silva;
Gonsallo Gomes da Silveira;
Luiz Gomes da Silveira;
Antonio de Vasconcello Librina;
Antonio Francisco da Silva;
Manoel Mora. Barros, Cap. Comm. Director;
Antonio Lopes Marinho;
Luiz José da Costa;
José Francisco Carneiro Pajaú;
José Ferreira Barros, Ten. de caçadores da va. de Campo maior de Quixeramobim;
Manoel Patrício da Silva, Sag. mor comm. into. das Ordenanças.

ADESÃO A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - 1824

02/10/1824 - Adesão de Baturité a Confederação do Equador
(60 anos após a ereção da Villa de Monte Mor o Novo da América)

Sessão extraordinária e adjuncto Parochial da Villa de Monte mor novo. - Aos dois dias do mez de Outubro de 1824, 3º da independencia e 1º da Liberdade do Brasil, Confideração das Provincias unidas do Equador nesta Villa de Monte mor novo da America Comarca antiga da provincia do Ceará na Matriz da mesma por inconveniente de pequenez dos Passos do Conselho para se reunir tão Grande Congresso ahi mesmo se achou o juiz Prezidente Alexandre Pereira Liberal Pitiguari e mais veriadores do mesmo Conselho Antonio Rodrigues Cavalcante, João da Rocha Moreira, Manoel José da Rocha e o Procurador da mesma Francisco Alves Marques Favella e ahiabrio o dito Juiz Presidente a sessão para se prestar o Juramento fizico da Confederação do Equador e novo sistema do governo adoptado pello Grande Conselho da Província reunida a vinte e seis de Agosto do mesmo anno na cidade de Fortaleza, Capital da Província, e com efeito deferio o Presidente dito Juramento dos Santos Evangelhos depois de o aver recebido das mãos do Veriador mais velho fazendo perante o mesmo e todos abaixo assinados para que Santa e Religiosamente defenderam a Liberdade e o novo Pacto social da Confideração do Equador da forma seguinte: Eu Alexandre Pereira Liberal Pitiguary juro pelos Santos Evangelhos voluntária e solenemente defender e guardar a Religião Catholica Apostólica Romana. – Juro dar a ultima gota de sangue para manter e ser fiel a Confederação do Equador que he a união das Províncias unidas ao Norte do Cabo de Santo Agostinho e as demais que para o futuro se forem unindo debaixo da forma de Governo que estabelecer a nossa Semblea Constituinte.
Juro fazer crua guerra ao déspota Imperial que pretende usurpar nossos direitos escravisar e obrigar-nos a fazer a união do Brasil com Portugal a qual já não admitiremos por nenhum titulo que seja.
Juro enfim fazer guerra eterna a todo o déspota que se opuser a Liberdade da nossa Pátria igualmente Juro obediência ao Governo Supremo Salvador a si Deos me ajude.
Com esta mesma sastifação praser e bom grado todos os Vogaes do mesmo Senado Corpos Militares Ordenanças Montadas, Empregados públicos e mais Homens e Povo em maça jurarão protestando defender os foros de sua Liberdade da maneira assim dita.
E Assim pella Parocho da mesma o Reverendo José Francisco Liberal Capibaribe presente o mesmo Congreço se procedeo solennemente abenção do novo Estandarte do mesmo Concelho feito de ante mão.
O Primeiro da ordem do mesmo senador e assim houve por finda o mesmo Presidente a dita sessão e com horas ainda competentes e concurso do mesmo Povo que alegremente se prostara ante os Altares da mesma Matriz para darem solenne acção de graças ao Soberano Autor de nossa Felicidade cantando alegremente o Te Deum. E para constar lavrou-se a presente acta em que todos assignarão e se avião de assignar e eu José Félix de Freitas Escrivão da Camera que o escrevi e assignei.

Alexe. Pera. Liberal Pitiguari;
Anto. Rois Cavalcante;
João da Rocha Aro.;
Manoel José da Rocha;
Francisco Alves Marques Favella;
José Felix de Freitas, Escrivam da Camera;
Antonio Felix de Meneses, Cap.;
Jozé Francisco Liberal Capibaribe, Vigário (Joze Francisco dos Santos);
Manoel Felippe Castello Branco, Tene. Coronel;
José da Sa Cidrão, Capm. Da 1a. Compa.;
Manoel Patrício da Sa., Sarg. Mor;
Manoel Moreira Barros, Cap. comme. director;
Eufrásio Alves da Silveira Lontra, Sarg. do 1º batalhão de Casadores;
Antonio Saraiva da Silva Buriti, Cap. Da 3a. Compa. do Bm. de Cassadores;
Gonçallo Gomes da Silveira, Cap. Comme. da 2a. Compa.;
José Sevirino de Vasconcellos, Cap. das Ordennanças;
Pedro Pera. Castello Branco, Tenente secret. e comme. geral da Pulicia;
Antonio Franco. Pinto Camça., Tene;
João Carlos de Oliveira Sacôto;
Antonio Ferreira de Mello;
Manoel Coelho Basto Sargipis Liberal;
André Mora. Sampaio;
Vicente Ferreira Lima;
João José de Sousa Guerra;
João Franco. Pera.;
Franco. Eufrásio Bisbiri;
Antonio dos Santos Braga, Alfes. do Bat.;
José Pinheiro Sza.;
João Alves Costa;
João Pacheco Ferreira;
Jose Barros de Freita;
Alexandre Correya de Araújo;
Florêncio Pera. Martins, comme. da policia;
Bernardino José da Sa.;
Antonio Bonifácio de Souza Camurim;
Frco. Anto. Tenório, Sarg. da 1a. comp.;
José dos Santos Sa. Junior, Sag. das ordenanças;
Jo Luiz de Souza;
João Antonio da Sa. Castro Pao Brasil, Cap.;
Miguel Francisco de Barros, Cap.;
Manoel Mora. Barros Jacamim;
Franco. Alves Barros;
Raimundo Sampaio Intrépido Jacamin;
Antonio Franco. da Sa.;
Mathias Franco. de Limeira;
Joaquim Rois Souto;
João Nogueira Damasceno;
Pedro Je. da Costa;
Antonio Moreira da Sa.;
Luiz Carlos da Sa.;
João Mora. Lima;
João de Souza Mora.;
Manoel Luiz Pera. Canguçú;
Manoel Pera. da Sa. Conceição;
Manoel Mora. La.;
João Anto. de Aro. Arueira;
Antonio José Moreira;
Caetano Monteiro Rois;
Bernardo Gomes Pereira;
João Francisco da Sa.;
Manoel Limão Borges;
Antonio Mora. da Sa.;
Anto. Noga. Campos;
Joaquim Gomes da Sa.;
Damião Lopes Barreira;
Purdencio Ferreira Lima;
João Reses Lopes;
Francisco Franco de Lima;
André Ribeiro de Figueredo;
Antonio Ferra. do Nascimento;
José Anto. do Monte;
Francisco Lopes de Souza;
João Bernardo da Sa.;
Angelo Custodio Ramos;
João de Sá Ribo.;
Franco. Rois da Nunciação;
Antonio José Ribo.;
Jo. Gomes da Silveira;
Ignácio Pera. Lima;
Manoel do Rosário da Sa.;
Luiz José de Moraes Estevo;
Sebastião Bento Pera.;
Antonio Leandro Gomes;
Anto. Frco. Alves dos Santos;
Francisco da Cunha;
Mel. José da Silva;
Luiz José da Costa;
Antonio Je. de Albo., Sarg. da 1a. compa. do Batm. de Caçadores;
Franco. Xavier da Frota Monto.;
José Marques de Souza;
Antonio Lopes Beserra;
Franco. Anto. dos Reses;
Franco. Lopes da Costa;
Franco. Ignácio;
Manoel da Peira. de Mags.;
José Alves de Moraes;
Franco. José de Moraes;
Luiz José de Moraes;
Manoel José da Roxa Junior Sabunete;
João Lopes da Costa;
José Anto. de Souza;
Jacinto Mendes Machado, Tene. da 3a. Compa.;
Manoel Ribeiro Aro.;
José Thomaz Noga.;
Je. Franco. de Sza. Lima;
Felício Alves de Almeida;
Teodorio Je. Ferra.;
Pedro da Rocha Pinheiro;
Ignácio Soares Jaguaribe;
Ignácio Lopes Soares;
Manoel Antonio da Silva;
Antonio Franco. Soares;
Manoel Franco. Teixa.;
Manoel Ignácio Liberal Areré;
Raimundo Ferreira da Costa;
Desiderio Borges Beserra;
Francisco Ferreira da Sa.;
Manoel da Cta. Braga;
Pedro José da Sa.;
José do Rego Monto.;
Joaquim José Souza Ferra.;
Antonio Monto.;
José;
Anto. Gomes;
Francisco Barbosa;
Anto. Batista da Cruz;
João Anto. Pera.;
José Costa da Veiga;
André Mora. da Sa.;
Nicolau Pera. dos Santos;
Manoel Ramalho de Castro;
João Soares Marques;
Manoel Nogueira do Valle;
Manoel Alves de Breu;
Manoel Nogueira do Nascimento;
João Paulo da Sa.;
João Damasceno Salgueiro;
Anto. Rois de Aro.;
Antonio Felix Ribeiro;
+ de Manoel Francisco;
+ de Je. Raimdo. Aro. do Vale;
Frco. Sales da Costa Sidadão Brasileiro;
Ignácio Mora. Barros;
Domingos Lopes Aguiar, Sarg. mor das Ordenanças;
José Mora. da Silva Cumarú;
José Duarte Cardoso;
José dos Santos Silva;
Antonio Barros Besa.;
Caetano Ribo. Marinho;
Pedro da Rocha Araújo;
Simplicio José da Silva Maracanan;
Manoel Antonio da Silveira;
Antonio Lopes Marinho, Comme.;
Manoel Rois da Rocha;
José Franco. Liberal Pajaú;
Rufino Nicacio de Lima Braúna;
Antonio Ferreira Lima Sucupira;
Francisco Pinto de Vasconcellos Tubaram Xilderico;
Cícero de Lima Alencar Araripe.

MANOEL FELIPPE PEREIRA CASTELLO BRANCO

1.5.4 – Coronel Manoel Felippe Pereira Castello Branco
(Manoel Felipe Castel Branco)

Filho de Antonio Pereira Castello Branco e de Francisca Maria Leitão. Nascido em 1790, na Freguesia de Quixeramobim. Casou-se em 1870, em Monte Mór, o Novo da América, com Isabel Gomes da Silveira, também conhecida como Isabel Maria de Nazaré, nascida a 1798, filha de Manoel Nogueira de Queiroz e de Isabel Gomes da Silveira, nascida a 08/01/1758, descendente de Gabriel Martins.

Morava na Rua do Açougue e era proprietário de terras no lugar chamado “Sitio Comum” (hoje Tijuca)Baturité, Ceará.

Comandante do 1º batalhão de caçadores da 2º Linha de Voluntários Constitucionais Leais a Pátria da Vila de Monte Mór, Novo (1º Quartel de Milícias de Monte Mor). Sua Patente de Tenente Coronel do referido batalhão, data de 21/04/1823, e acha-se registrada, no .

Em 1824, introduziu a cultura do café na Serra de Baturité, com mudas trazidas do Pará, no Sítio Bagaço, atual Sítio Correntes, em Mulungú.

No mesmo ano, a 02 de outubro, compareceu a memorável assembléia realizada na Matriz de Monte Mór, < por não conter a Câmara tão grande Congresso > na qual o povo da Vila aderiu entusiasticamente a recém proclamada < Confederação do Equador > assinando a ata da referida sessão em que consta o juramento de < defender até a última gota de sangue a Confederação do Equador e fazer crua guerra ao despotismo Imperial e a todo o despotismo que se opuser a liberdade de nossa Pátria.> Com o malogro do movimento, voltou atrás de seu gesto passando a combater com suas tropas, os Federalistas Republicanos, tendo aprisionado no dia 03 de novembro nas Itans o Coronel Antonio Bezerra de Souza Menezes, Governador das Armas da Confederação do Equador no Ceará. De lá mesmo, enviou ofício a Câmara de Monte Mór, intimando-a a levantar a Bandeira Imperial, e regressou incontinente a Vila, aonde chegou a tempo de tomar parte na sessão do mesmo dia 03 de novembro em que a Câmara repudiando o antigo juramento prestou novo juramento de fidelidade ao Imperador, como se pode ver por sua assinatura aposta a ata da referida sessão. Sua ação em favor dos Imperiais não só o livrou de qualquer acusação por sua atitude inicial, como lhe granjeou grande prestígio e poder, que ele transferiu ao seu filho: Pedro José Pereira Castello Branco, valendo-lhe posteriormente a promoção ao Posto de Coronel.

ANTONIO BENICIO SARAIVA LEÃO CASTELO BRANCO

Tenente Coronel Dr. Antonio Benício Saraiva Leão Castelo Branco

Filho do Major João Batista da Costa Coelho Neto e de Tereza Antonia Maria de Seja Castello Branco.

Nascido a 23/08/1823 no município de Catolé do Rocha, hoje cidade de Brejo da Cruz - Paraíba e falecido em Baturité (Sitio Putiú) a 26/05/1920, aos 97 anos, em perfeita lucidez.

Iniciou seus estudos na Fazenda Santa Tereza, concluindo Direito em Olinda, Pernambuco. Quando acadêmico de Direito, Antonio Benício, passava as férias na Fazenda São João (hoje Distrito de Lacerda) no município de Quixeramobim, propriedade de seu tio, Lucas Luiz Saraiva Leão, tronco da família Saraiva Leão naquela cidade. Durante um desses passeios conheceria sua futura esposa D. Maria Alexandrina Bezerra de Menezes, natural de Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama) e com quem casou.

Casou-se em 19/08/1857, com Maria Alexandrina Bezerra (de Menezes) Castelo Branco, nascida a 28/03/1834 em Riacho do Sangue (Jaguaretama) e falecida em Baturité (Sitio Putiú) a 05/01/1912, aos 78 anos. Filha do Major José Bezerra de Menezes e de Ana Bezerra de Menezes, que por sua vez era filha do Coronel Antonio Bezerra de Menezes (O revolucionário) e de Ana Maria da Costa. (Jornal a Verdade – 1981 – nº 2.909)

Foi o 1º Juiz de Direito da Comarca de Baturité, Ceará.

Vereador da Câmara Municipal de Quixeramobim. Ocupou a sua presidência nos biênios 1873/1874 e 1875/1876.

Como deputado provincial do Ceará, exerceu interinamente a Presidência da Assembléia Legislativa Deputado Provincial de 1872 a 1877.

Registro de propriedade de Imóvel em Baturité, Ceará - 1900 - 1903:

1 - Av. João Cordeiro (Dom Bosco)
2 - Praça Santa Luzia
3 - Rua 1º de Março
4 - Trav. das Lages

Pais de:

1.5.1.1.1 – Thereza Cândida Saraiva Leão (Madrinha Tete)
1.5.1.1.2 – Antonio Benício Saraiva Leão Castelo Branco Filho (Totonho)
1.5.1.1.3 – Maria Alexandrina Saraiva Leão
1.5.1.1.4 – Adelaide Clotilde Saraiva Leão (Lalá)
1.5.1.1.5 – Matilde Alice de Menezes Furtado
1.5.1.1.6 – Maria Alexandrina Saraiva Leão (Moreninha)
1.5.1.1.7 – João Batista Saraiva Leão (Joca)
1.5.1.1.8 - José Bougival Saraiva Leão (Leão)
1.5.1.1.9 – Ana Margarida Saraiva Leão (Santinha)
1.5.1.1.10 – Maria Auta Saraiva Furtado (Autinha)
1.5.1.1.11 – Francisca Júlia Saraiva Leão (Francina)

1.5.1.1.12 – Maria Cristina Saraiva Leão

1.5.1.1.2 – Antonio Benício Saraiva Leão Castello Branco Filho (Totonho)
Nascido em Baturité a 13/10/1859, e falecido em Fortaleza a 20/10/1952. Casou-se em primeiras núpcias em Baturité a 21/12/1887, com sua prima Maria Abigail Furtado, nascida em 1868, e falecida a 26/05/1908, filha do Capitão Vasco Rugério Furtado de Mendonça e Menezes e Henriqueta Angélica do Patrocínio.

Pais de:

1.5.1.1.2.1 – Vasco Benício de Castello Branco

1.5.1.1.2.2 - João Benicio de Castello Branco

Casou-se em segundas núpcias a 18/09/1923, com Rita Parente.

Pais de:

1.5.1.1.2.3 – Maria Odete de Castello Branco

1.5.1.1.2.1 – Vasco Benício de Castello Branco
Nascido em Baturité-Ce em 1889 e falecido em Quixeramobim-Ce em 1918. Poeta e Jornalista. Casou-se com Maria Edite Rabelo Benício de Castello Branco.

Pais de:

1.5.1.1.2.1.1 – Carlos Danilo Castelo Branco
Nascido a 12/06/1918. Casou-se com sua tia Maria Odete de Castelo Branco. Engenheiro foi um dos construtores da Barragem de Quixeramobim, e depois engenheiro da Rede Viação Cearense.

Pais de:

1.5.1.1.2.1.1.1 – Maria Edite Castelo Branco
1.5.1.1.2.1.1.2 – Maria Rita Castelo Branco
1.5.1.1.2.1.1.3 – Maria Odete Castelo Branco

1.5.1.1.2.1.1.3 – Maria Odete Castelo Branco
Casou-se com

Pais de:

1.5.1.1.2.1.1.3.1 – Natasha Castelo Branco


1.5.1.1.2.2 – João Benício de Castello Branco
Nascido em Baturité a 26/12/1896. Falecido em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) a 14/02/1996. Atuou como médico e pecuarista em Araçatuba, São Paulo, onde está sepultado. Casou-se com Maria Helena de Mello Cárdia, após, casar-se passou a chamar-se Maria Helena de Mello Castello Branco (Lenita).

Pais de:

1.5.1.1.2.2.1 – João Benicio de Castello Branco Filho
1.5.1.1.2.2.2 – César Augusto de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.3 – Maria Helena de Castello Branco Rocha
1.5.1.1.2.2.4 – Paulo Alberto de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.5 – Cláudio Benicio de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.6 – Luiz Francisco de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.7 – José Eduardo de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.8 – Marcelo Eduardo de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.9 – Marco Antonio de Castello Branco
1.5.1.1.2.2.10 – Maria Regina de Castello Branco Otoni de Miranda

1.5.1.1.2.3 – Maria Odete de Castello Branco
Nascida em Baturité-Ce a 04/03/1926. Casou-se com seu sobrinho, Carlos Danilo Castelo Branco.

INQUISIÇÃO NA PARAIBA - FAMÍLIA GOMES DA SILVEIRA

Cópia de parte de uma série de palestras sobre o tema no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano- IHGP

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909
CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513
CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba

14º Tema

A INQUISIÇÃO NA PARAÍBA

Expositor: Carlos André Macêdo Cavalcanti

Debatedora: Zilma Ferreira Pinto
Professora de História, sócia do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, pesquisadora, e dedicada ao folclore)

Vejamos, portanto, as famílias da Paraíba na Inquisição.
A chegada aqui do Santo Ofício, em 1595, não teve muita repercussão porque a população era muito pequena, foram cerca de 16 denúncias e os casos mais interessantes foram de bigamia e sodomia, embora tivessem alguns casos judaizantes.
Passemos ao século XVIII, onde poderemos focalizar as famílias de judeus da Paraíba.

... Outra família: Diogo Nunes Tomaz, esse é o segundo nome. Foi casado com D. Vitória Barbalha Bezerra, neta por via materna de Duarte Gomes da Silveira. Ele é um ramo do morgado. Como ela não mostrou arrependimento, foi queimada viva. Ela morava no Engenho Santo André, mas era pernambucana, tanto que lá é tida como heroína, e nós também, porque ela morava aqui. Ele era da vila de Serinhaém, e morador na Paraíba. Lá no rol dos culpados ele é dado sem ofício, já devia ser um homem idoso. Era pai de Diogo Nunes Tomaz, casado com Catarina Ferreira Barreto, que foi preso em 1729 e vemos, através de depoimento, porque não houve inventário, que ele era primo da morgada. Tive uma dúvida, mas o consócio Guilherme d’Avila Lins, que é da família de Duarte da Silveira, mostrou-me um documento constante dum boletim do Gabinete de Estudinhos de Geografia e História da Paraíba que comprovam a filiação dela e a sua origem na árvore do morgado.

.....Todos nós aqui temos pingos dos cristãos-novos, mas carregamos uma civilização de seis milênios; nós temos nossa herança gótica, tudo isso trazido pelo português, português que já era um mestiço, que já trazia o sangue mouro, sangue judeu, o sangue celta e tudo isso nos foi transmitido, e mais a mestiçagem com o nosso índio e com o africano. Hoje nós somos senhores de uma cultura fabulosa, duma herança cultural que temos a responsabilidade e o dever de preservar.

terça-feira, 3 de junho de 2008

ROBERTO CORRÊA lIMA

7 - Roberto Corrêa Lima
Nascido em Várzea Alegre. Casado com...

Pais de:

7.1 - Raimundo Corrêa Lima
Nascido em Várzea Alegre. Foi ao Amazonas, voltando ficou em Baturité onde casou com Anna Felicia de Lima, nascida em Banabuiú. Na visão de suas netas, Anna Felicia, era uma mulher magra, bricalhona, extrovertida, quando chegava ao Mercado brincava com todos. Tinha uma personalidade forte, gostava de tudo do seu jeito. Vivia entre sua casa na Praça Santa Luzia e o Sítio Correntes de sua propriedade.

Pais de:

7.1.1 - Miguel Corrêa Lima
7.1.2 - Maria de Lourdes Corrêa Lima
7.1.3 - Francisco Corrêa Lima
7.1.4 - José Corrêa Lima
7.1.5 - Adélia Corrêa Lima
7.1.6 – Maria Corrêa Lima

7.1.1 - Miguel Corrêa Lima
Nascido em Baturité a 05/07/1906 e falecido em Fortaleza a 03/08/1966. Casou-se com Maria Stela Castelo da Silveira nascida em Serrinha, Redenção a 04/02/1919 e falecida em Fortaleza a 09/04/1993. Filha de Luiz Arão da Silveira e de Raimunda Castelo da Silveira (Mundoca). Após Casar-se passou a se chamar Maria Stela Silveira Corrêa.

Pais de:

7.1.1.1 - Maria Haydee Pereira Lima
7.1.1.2 - Maria Nilce Corrêa Nogueira Rodrigues
7.1.1.3 - Maria Ivanilce Silveira Castelo Branco
7.1.1.4 - Francisco Edmilson Silveira Corrêa
7.1.1.5 - Emanuel Bosco Silveira Corrêa
7.1.1.6 - João Bosco Silveira Corrêa
7.1.1.7 - Antonio Silveira Corrêa
7.1.1.8 - Roberto Silveira Corrêa
7.1.1.9 - Francisco Silveira Corrêa
7.1.1.10 - Miguel Wilton Silveira Correia

MATHIAS PEREIRA CASTELLO BRANCO

Tenente Coronel Mathias Pereira Castello Branco

Nascido em Viseu Portugal, Freguesia de Nossa Senhora das Graças, por volta de 1710.
Veio para o Brasil através de Recife ou Salvador, e para o Ceará através das antigas trilhas indígenas que o levaram ao Vale do Jaguaribe, onde recebeu uma sesmaria na Barra do Sitiá, Fazenda Joazeiro de Cima, na Ribeira do Banabuiú.
Casou-se por volta de 1733, com D. Emereciana Correa de Souza Barbalho, filha de Pascoal Correia Vieira e Ponciana de Souza Barbalho, nascida em 1715, batizada a 15/02/1715, na Igreja de São João do Jaguaribe, Freguesia de Russas, sendo seus padrinhos o Sargento Mór Luiz da Silva e Leonor dos Montes, com a qual teve 13 filhos.

Pais de:

1.1 - Manoel Pereira Castello Branco
1.2 - José Pereira Castello Branco
1.3 - Maria Pereira Castello Branco
1.4 - Teodora de Almeida Castello Branco
1.5 - Antonio Pereira Castello Branco
1.6 - Teresa de Jesus de Almeida
1.7 - Matias Pereira Castello Branco Jr.
1.8 - Miguel Pereira Castello Branco
1.9 - Bárbara Pereira Castello Branco
1.10 - Mariana de Almeida Castello Branco

1.11 - Gertrudes Pereira Castello Branco
1.12 - Ana de Almeida Castello Branco
1.13 – Ana Pereira Castello Branco

PEDRO ALVES DA SILVEIRA

4 – Pedro Alves da Silveira

Nascido no Conselho de Serpa, Distrito de Beja, Província de Além Tejo, Portugal. Falecido em Olinda, Pernambuco. Casou-se em Portugal no ano de 1550, com Maria Gomes Bezerra, nascida no Distrito e Conselho de Viana do Castelo, Freguesia de Foz Lima, Morgados de Paredes, norte de Portugal, filha de Antonio Gomes Bezerra, um dos nobres pertencentes à Casa dos Morgados de Paredes e de Margarida Gomes da Silva.
Foi Corregedor da Comarca de Elvas, "Livro do Arquivo Municipal", conforme Jacinto César. Vindo para o Brasil, Pernambuco, tornou-se proprietário de engenho.

Pais de:

4.1 – Duarte Gomes da Silveira
4.2 – Ana Gomes da Silveira
4.3 – Domingos Gomes da Silveira

4.1 – Duarte Gomes da Silveira
Nascido em Olinda, Pernanbuco, em 1555 e falecido na Paraíba em 1644, filho de pais portugueses Pedro Alves da Silveira e Maria Gomes Bezerra. Instalou-se na Paraíba. Casou-se com Fulgência Tavares.
Consta na lista de Cristãos Novos de Pernambuco. Relata-se também que o acordo feito por Duarte Gomes da Silveira, com os Holandeses, permitia a liberdade de culto aos Judeus. Avô materno de D. Vitória Barbalha Bezerra, Pernambucana, casada com Diogo Nunes Tomaz, da Vila de Serinhaém. Moravam no engenho Santo André. Acusada pelo Santo Ofício, não mostrou arrependimento, o que resultou em ser queimada.
Foram pais de Diogo Nunes Tomaz, que casou-se com Catarina Ferreira Barreto. Preso pelo Santo Ofício em 1729.

4.2 – Ana Gomes da Silveira
Casou-se com o Português Antonio Barbalho Pinto, nascido em Portugal e falecido em 1625, senhor do Engenho Nossa Senhora do Rosário de Camaratuba, em Mamanguape, Paraíba, fundado por volta de 1609 e destruído pelos Holandeses (o terceiro construído na Paraíba). Consta na lista de Cristãos Novos de Pernambuco.

Pais de:

4.2.1 – Vitória Gomes (da Silveira) Barbalho
Nascida em Recife, Pernambuco. Casou-se com o Capitão de Ordenanças Matias da Costa Vasconcelos Marrecos, nascido na ilha de São Miguel, Vila de Franca do Campo, Açores, então morador de Mamanguape, Paraíba. Donos do Engenho de Camaratuba.

Pais de:

4.2.1.1 – Izabel de Vasconcelos Soares de Avellar
Nascida em Mamanguape, Paraíba. Casou-se com João Soares Avellar, nascido em Lisboa, Portugal, filho de Manoel Soares de Avellar e de Maria da Assunção de Santo Antonio e Oliveira, nascidos em Lisboa, Portugal.

Pais de:

4.2.1.1.1 – Catarina Barbalho
4.2.1.1.2 – Tenente Coronel João Soares de Vasconcelos
4.2.1.1.3 – Maria da Costa Soares de Vasconcelos
4.2.1.1.4 – Manoel Soares de Vasconcelos
4.2.1.1.5 – Vicente Soares de Avellar
4.2.1.1.6 – Dr. Joaquim Teotônio Soares de Avellar

4.2.1.1.1 – Catarina Barbalho
Casou-se com Francisco Ribeiro Bessa. (Pais de sete filhos)Foram os primeiros proprietários da Fazenda São José, (depois Tabuleiro da Areia), Tabuleiro do Norte.

Pais de:

4.2.1.1.1.1 – Isabel Barbalho Vasconcelos
Nascida em Mamanguape, Paraíba. Casou-se com seu primo João Gomes da Silveira, filho de Vitória Gomes da Silveira e de Gabriel Martins, filho de um Espanhol.

4.2.1.1.1.1 - Capitão João Gomes da Silveira
Nascido em Marataca, Paraíba. Casou-se em primeiras núpcias com sua prima Isabel Barbalho Vasconcelos, nascida em Mamanguape, Paraíba.

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1 – Tenente Luis Gomes da Silveira
4.2.1.1.1.1.2 - Francisco Ribeiro Gomes da Silveira
4.2.1.1.1.1.3 - Vitória Gomes da Silveira

Casou-se em segundas núpcias com Bernarda Francisca de Vasconcelos.

4.2.1.1.1.1.1 – Tenente Luis Gomes da Silveira
Nascido em Mamanguape, Pb., em 1730, falecido em Monte Mor (Baturité), Ce. em 1780.
Casou-se na Freguesia de Icó, em 1755, com D. Maria Vidal de Mendonça, nascida em 1735, em Jaguaribe, e falecida na casa velha do Candéia (Baturité) em 1766, filha de Francisco Barbosa de Mendonça e de Maria José Soveral.

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1.1 - Isabel Gomes da Silveira

Viúvo contraiu novas núpcias com D. Rosa Maria de Vasconcelos (Ana Bonifácia de Vasconcelos), filha do Capitão Manoel de Souza Abreu e de Ana Maria de Vasconcelos. )

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1.8 – Capitão Antonio Gomes da Silveira
4.2.1.1.1.1.1.9 - Brásia Maria de Nazaré
4.2.1.1.1.1.1.10 – Luis Gomes da Silveira

4.2.1.1.1.1.1.1 - Isabel Gomes da Silveira
Nascida a 08/01/1758. Casou-se no ano de 1780, com Manoel Nogueira de Queiroz, natural da Freguesia de Russas. Filho de Vitoriano Nogueira Campos e de Bertoleza Cavalcanty.

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1.1.1 - Isabel Gomes da Silveira (Isabel Gomes da Silveira Filha) (Isabel Maria de Nazaré)
4.2.1.1.1.1.1.1.2 – Capitão Gonçalo Gomes da Silveira

4.2.1.1.1.1.1.1.1 - Isabel Gomes da Silveira (Isabel Gomes da Silveira Filha) (Isabel Maria de Nazaré)
Nascida em 1798 em Baturité. Casou-se com Coronel Manoel Felipe Pereira Castelo Branco.

4.2.1.1.1.1.1.1.2 – Capitão Gonçalo Gomes da Silveira
Teve grande atuação nos meios políticos, econômicos e sociais na Vila de Monte Mór, (Baturité) nas primeiras décadas do século XIX.

4.2.1.1.1.1.1.8 – Capitão Antonio Gomes da Silveira
Casou-se com

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1.8.1 – Maria de Sant’Ana da Silveira
Nascida no Candéia, Baturité. Décima segunda neta de Luis Gomes da Silveira.
Casou-se com Camilo Henrique da Silveira Borges Távora, Pernambucano.

Pais de:

4.2.1.1.1.1.1.8.1.1 – João Franklin da Silveira Távora
Nascido a 13/01/1842, no sitio Serrinha da Glória, Candéia, Baturité. Batizado na Igreja de Nossa Senhora da Palma de Baturité. Advogado, jornalista, político, romancista, teatrólogo.

4.2.1.1.1.1.1.9 - Brásia Maria de Nazaré
Nascida na freguesia de São José do Ribamar. Casou-se com Pedro Pereira Castelo Branco, filho de Antonio Pereira Castelo Branco.

4.2.1.1.1.1.1.10 – Capitão Luis Gomes da Silveira
Nascido no Candéia, Baturité, filho de Tenente Luis Gomes da Silveira, filho do Capitão João Gomes da Silveira e de Isabel Barbalho de Vasconcelos, e D. Rosa Maria de Vasconcelos (Ana Bonifácia de Vasconcelos), filha do Capitão Manoel de Souza Abreu e de Ana Maria de Vasconcelos.
Casou-se com Maria Benta do Espírito Santo, filha de Antonio Álvares Barros e de Francisca Xavier.

4.2.1.1.1.1.2 - Francisco Ribeiro Gomes da Silveira

4.2.1.1.1.1.3 - Vitória Gomes da Silveira

4.2.1.1.2 – Tenente Coronel João Soares Vasconcelos
Nascido em Igarassu, Pernambuco. Casou-se com Faustina Pereira da Cunha em Olinda, Pernambuco. Tenente Coronel de Cavalaria de Mamanguape

4.2.1.1.3 – Maria da Costa Soares de Vasconcelos
Casada com Mariano de Freitas.

4.2.1.1.4 – Manoel Soares de Vasconcelos

4.2.1.1.5 – Vicente Soares de Avellar
Casou-se 2 vezes, sendo sua segunda esposa, D. Joana de Castro Barbosa.

4.2.1.1.6 – Dr. Joaquim Teotônio Soares de Avellar
Casou-se com Eulália Modesta da Silva Avellar.

4.3 – Domingos da Silveira
Nascido em Viana, em cerca de 1551. Estudou na Universidade de Coimbra. Foi Procurador da Fazenda Real de Pernambuco, onde vivia em 1636. Casou-se com Margarida Gomes da Silveira, nascida em Viana, Portugal.

Pais de:

4.3.1 - Ana da Silveira
4.3.2 - Serafim de Moraes
4.3.3 - Arcangela da Silveira

4.3.1 – Ana da Silveira
Casou-se com Capitão Francisco Camelo Valcacer. O Inventário de Ana, foi realizado em 1671.

Pais de:

4.3.1.1 – Francisco Camelo Valcacer
Casou-se com Catarina Vasconcelos, nascida em 1625.
4.3.1.2 – Domingos da Silveira
4.3.1.3 – Isabel Cardosa
4.3.1.4 – Miguel Camelo
4.3.1.5 – Duarte Gomes da Silveira
4.3.1.6 – Jerônimo da Silveira Valcacer
4.3.1.7 – Ana da Silveira
Casou-se com Antonio de Holanda Vasconcelos.
4.3.1.8 – Catarina Teodora Valcacer
Casou-se com João do Rego Barros.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A FAMILIA CASTELO BRANCO

Família Castelo Branco

As primeiras famílias das Margens do Rio Jaguaribe, Ceará, eram de origem Lusa, vinda via Recife ou Salvador, através das antigas trilhas indígenas que cortavam o sertão nordestino.

Fundaram fazendas de criação extensiva de gado bovino, as margens do Rio Jaguaribe, no início do século XVIII.

O Tenente Coronel Mathias Pereira Castello Branco, nascido em Viseu Portugal, freguesia de Nossa Senhora das Graças, por volta de 1710, foi um desses pioneiros.

A família “Castelo Branco” surgiu em Portugal na Idade Média, deles se dizendo que “nos campos d’Ourique Cartéis Brancos se chamavam àqueles que, sob a flâmula de Afonso Henriques, o sangue derramaram pela terra portuguesa”. Soldados valentes que eram, os Cartéis Brancos traziam nos escudos o “rompante lyão dourado” da nobreza. Eram os Paio Soares, os Vascos Pais, os Sueiro Eannes, os primeiros “Castelo Branco”.

“D. João Ribeiro Gaio, Bispo de Malaca, na sua ´Heraldologia Métrica`, dedica esta quintilha aos Castelo Branco:

“Dos que nos campos valentes
d’Ourique sacrificaram
seu sangue onde alcançaram
fama, mays seus descendentes
Casteis Brancos se chamaram.”

Esta é a mais antiga referência encontrada sobre os Castelo Branco e nos transporta à famosa batalha de Ourique, em que D. Afonso Henriques derrotou os muçulmanos a 25 de julho de 1139. A esta época Portugal ainda não existia como país e o Condado Portucalense, que se limitava entre o Douro e o Minho, era vassalo do Rei de Leão. (”Os Castelo Branco D’aquem e D’além Mar”, pág 5, Renato Castelo Branco, Ed. L.R. Editores Ltda.)

Mathias recebeu uma sesmaria na Barra do Sitiá, Fazenda Joazeiro de Cima, na Ribeira do Banabuiú. Casou-se com D. Emereciana Correa de Souza Barbalho, filha de Pascoal Correia Vieira e Ponciana de Souza Barbalho, nascida em 1715, batizada a 15/02/1715, na Igreja de São João do Jaguaribe, Freguesia de Russas, sendo seus padrinhos o Sargento Mór Luiz da Silva e Leonor dos Montes, com a qual teve 13 filhos.

Em fevereiro de 1734, aos 24 anos, nasceu seu primeiro filho em solo cearense, Manoel Pereira Castello Branco, batizado na Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Barra do Sitiá, Banabuiú, construída por volta de 1719, pelo pai de D. Emereciana, Pascoal Correia Vieira. Ainda vivia em 25/09/1788, quando testemunhou o casamento de seu neto Manoel Gonçalves Aguiar com Silvana Maria Leitão, tinha então aproximadamente 78 anos.

Seus descendentes diretos agregaram-se a diversas outras famílias, também pioneiras no desbravar e vencer os obstáculos no inicio do século XVIII, entre os quais destacamos os Silveira (Gomes da Silveira), que desbravaram sertões e iniciaram o povoamento da Serra de Baturité, por Acarape (Redenção), e os Corrêa Lima, vindos do sertão central do Ceará.

Exerceu decidida influência na vida civil e militar nos seus dias, deixando uma descendência que dignifica a História do Ceará e do Brasil.

LUIZ GOMES DA SILVEIRA

Tenente Luis Gomes da Silveira

Nascido em Mamanguape (antigo Monte Mor), Paraíba, em 1730, faleceu em Monte Mor, (Baturité) em 1780, filho do Capitão João Gomes da Silveira e de Isabel Barbalho de Vasconcelos. Vindo para o Ceará, viveu no Vale do Jaguaribe.

Casou-se na Freguesia de Icó, em 1755, com D. Maria Vidal de Mendonça, nascida em 1735, em Jaguaribe, falecida na localidade de Candéia, Monte Mor (Baturité), Ceará, em 1766, filha de Francisco Barbosa de Mendonça e de Maria José Soveral, com a qual teve sete filhos, dentre estes Isabel Gomes da Silveira.

Conquistou, por herança e compra, vastas glebas à margem do fértil vale do Candéia e na zona sertaneja adjacente.

Viúvo, anos após, contraiu núpcias com Rosa Maria de Vasconcelos (Ana Bonifácia de Vasconcelos), filha do Capitão Manoel de Souza Abreu e de Ana Maria de Vasconcelos, pertencentes a conceituadas famílias pernambucanas, com qem teve mais sete filhos, dentre estes: o Capitão Antonio Gomes da Silveira; Brásia Maria de Nazaré e Luis Gomes da Silveira.

O Capitão Antonio Gomes da Silveira tornou-se pai de Maria Sant’Ana da Silveira, (décima segunda neta de Luis Gomes da Silveira) que, casou-se com Camilo Henrique da Silveira Borges Távora, tendo com ele vários filhos entre os quais João Franklin da Silveira Távora.

Em 1847, apesar de todas as vantagens que a terra oferecia aos homens, Camilo Henrique da Silveira Borges Távora, já alcunhado de “o Indígena”, abandonou o Candéia, levando consigo inicialmente para Fortaleza, Ceará e depois para Recife, Pernambuco, sua esposa, Maria Sant’Ana da Silveira, e os filhos, entre estes João Franklin da Silveira Távora, que tinha então cinco anos, que passou a morar com seu tio Felizardo da Silveira Borges Távora.

A fisionomia da Vila de Monte Mor, o Novo da América, nos primeiros anos da década de 1840, já não se parecia em nada com a antiga povoação do século anterior. As aldeias dos indios haviam perdido os ares de um lugar inóspito, abandonado nas encostas da serra de Baturité, e começaram a surgir algumas edificações, onde o melhor exemplo ainda eram as casas construídas no Candéia por Luis Gomes da Silveira e outros que também acreditavam no progresso da região.

Desde o lançamento solene da base de fundação da Vila em 1764 à década de 1850, as mudanças foram importantíssimas. Há noticias de que pelos inventários estudados, que compreenderam os realizados num espaço de 40 anos, a começar por um datado de 1771, dos bens deixados pelo falecimento de D. Maria Vidal de Mendonça (1766), primeira esposa de Luis Gomes da Silveira, conforme registros trinta proprietários eram possuidores de fazendas de criar, vinte e oito tinham “sítios de plantas” e que oito ou nove, tinham propriedades de ambas as categorias.

Pelo primeiro inventário, nota-se o Status elevado da Família. Fora oferecido à coleção, bens móveis e imóveis no valor de 940$000 (novecentos e quarenta mil réis), quantia bem elevada para a época, quando um boi de açougue custava três patacas. Eram terras, no Candéia, Cangati, Quixeramobim e na Paraíba.

O segundo inventário do casal fundador, 14 anos mais tarde, por morte do patriarca, verifica-se a decadência da fortuna familiar. Agora, apenas 256$000 (duzentos e cinqüenta e seis mil réis) era o quanto alcançava, a “seca dos três sete” se encarregou de reduzir a escravaria, os animais, liquidara o ouro, a prata e até mesmo os objetos domésticos.

Aos Gomes da Silveira, restavam as terras do Candéia onde a família continuava, protegida de maiores adversidades pela fácil recuperação do solo fecundo e ubérrimo, pela amenidade do clima e salubridade das águas e alimentos’. (Franklin Távora. Dimensão Nacional de um Regionalista – Vinicius Barros Leal).

Uma característica importante de Baturité foi à ausência de um rigoroso regime de trabalho escravo. Ao se prepararem os livros de lavra de cartas de alforria da Vila de Baturité, constata-se que, com relativa freqüência os senhores proprietários de escravos os libertavam, inclusive nas décadas de 1850 e 1860. Assim procederam, os Silveiras do Candéia de Baturité.

Há, curiosamente, entre na Família Silveira, havia preferência pelo nome João, o Luis Gomes da Silveira, chegou a ter cinco escravos com o nome de João, e vários de seus descendentes também foram batizados com este nome.

Numa das secas que castigaram o Ceará, diante da escassez dos meios para a sobrevivência da família, Luis Gomes da Silveira, vendeu seus escravos, ficando sem esse tipo de mão de obra.

Mais tarde, principalmente seu filho, o Capitão Antonio Gomes da Silveira, seguindo seu exemplo, foi o primeiro a expedir cartas de alforria para alguns escravos de sua propriedade.

No ano de 1856, o então Presidente da Província do Ceará, Francisco Inácio Homem de Melo, ao passar pelas terras serranas de Baturité, escreveu em suas memórias:

“Atravessei diversas fazendas, muitas delas importantes. Não havia ali escravo. Homens bravos, bem conformados, sadios, mostrando em seus movimentos a dignidade de um ente livre, apareciam-me por toda a parte, executando, com desembaraço e alegria, os diferentes trabalhos da Lavoura”.
E acrescenta:
“Estas terras rateadas com tanto cuidado, brotando do seu seio os tesouros da abastança, não recolheram uma lágrima, nem ainda o sangue do escravo as tornou para sempre estéreis”. (Francisco Inácio Homem de Melo, Tricentenário da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará (1603-1903) Fortaleza Ceará).

(Franklin Távora e o seu Tempo, por João Aguiar, páginas 26 e 27).(História Baturité, época colonial – Vinicius Barros Leal – Sec. Cultura e Desporto, 1981)