quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

PEDRO JOSÉ PEREIRA CASTELO BRANCO

A Prisão de Cazuzão

Conforme a tradição familiar, Cazuzão era primo de Pedro José Pereira Castello Branco, (Pedro Cru), e proprietário de fazendas de criação de gado na região de Tauá. Homem tosco criado de conformidade com as adversidades do sertão, achava-se senhor de tudo, até da vida das pessoas.

Em certo dia, um menino, filho de um morador, comia pequenas porções da farinha, que se assava no forno de sua Fazenda. Cazuzão vendo aquilo, encheu-se de ira e perdendo completamente a razão, ordenou que a criança, fosse jogada dentro da fornalha que aquecia o tacho que servia para cozer a farinha, causando-lhe a morte.

A maldade deste ato causou tamanha repercussão em toda a Provincia do Ceará, e no Imprério, que ordem para a prisão de Cazuzão, foi emitida pela Corte Imperial.

Mas quem se atreveria a cumpri-la?

Pedro Castelo, (Pedro Cru) então Delegado de Tauá, prontificou-se a obedecer à ordem.

Dirigiu-se para a Fazenda de Cazuzão com sua tropa. Este sabedor do intento de Pedro Castelo, embrenhou-se na mata, de modo que se desconhecia o seu paradeiro.

Depois de alguma pesquisa, Pedro Castelo encontrou um casal de velhinhos que disseram que se ele lhes garantisse a vida, indicariam o esconderijo de Cazuzão. No que foram prontamente atendidos.

O Velho pediu que Pedro Castelo o seguisse pela Caatinga, e após alguma caminhada ao chegar numa clareira que havia na mata, bateu o pé no chão, e disse que debaixo do chão estavam Cazuzão e seus homens escondidos.

Pedro Castelo, percebeu que o solo de fato era uma cobertura de um buraco, engenhosamente camuflado com folhas onde Cazuzão e seus homens se escondiam. Perfurou, portanto, em algumas extremidades e apontado seus rifles, gritou para Cazuzão, que ali estava seu primo Pedro Castelo para prendê-lo.

Cazuzão não tendo alternativas, rendeu-se.

Uma coisa era prendê-lo, outra era tirá-lo de Tauá. Sua família detinha a posse de vastas possessões de terra, por onde teria de ser escoltado até Fortaleza. Ademais, uma das irmãs de jurou que ele não seria levado.

Pedro Castelo então com artimanha, amarrou seu primo e o pôs à frente de sua tropa, ordenando aos soldados que marchassem em formação, e apontassem seus rifles para a cabeça do preso, e que ao primeiro sinal de tentativa de soltá-lo, que se atirasse em sua cabeça.

Saíram de Tauá e pusseram-se em marcha, atravessando o pátio da fazenda da irmã de Cazuzão, que embora tivesse vários homens fortemente armados, nada puderam fazer para não colocar em risco a vida de seu irmão.

Desta maneira, pode Pedro Castelo, conduzi-lo acorrentado a Fortaleza de onde seguiu para o Rio de janeiro, então, Capital do Império. Sendo por seu ato de coragem condecorado pelo Governo Imperial.

Anos após, em Baturité, na residência do então Coronel Pedro Castelo, chegaram 2 oficiais da Marinha que o procuravam. Para uma mãe trêmula, identificaram-se como filhos de Cazuzão. A Mãe achava que era em busca de vingança que aqueles homens procuravam a Pedro Castelo, que não se encontrava na ocasião.

Os homens procuraram acalmá-la, dizendo que estavam ali para expressar a gratidão pelo ato de Pedro Castelo. Eles agora com suas famílias viviam bem, tinham postos elevados na Marinha, e entendiam que tudo isso só tinha acontecido pelo destemor do primo de seu pai, não guardavam mágoa.

Assim o cumprimento da Lei levou auquele homem a prender seu próprio primo, mesmo não contando com o beneficio maior que faria, que era dar condições aos seus familiares de abandonar a então vida rude que tinham no sertão, estudar e adotar um modo de vida diferente, que encheu suas vidas de dignidade”.

Em muitas outras ocasiões, Pedro Castelo (alcunhado de Pedro Cru), mostrou destemor. O que provavelmente o expôs a doença cardíaca que acabou ceifando sua vida aos 58 anos de idade.

FAMILIAS DE BATURITÉ E SUAS RAMIFICAÇÕES

FAMILIAS DE BATURITÉ E SUAS RAMIFICAÇÕES
(Jornal A Verdade nº 3.017 11-12/1991.

Vinicius Barros Leal – (do Instituto do Ceará e da Academia Cearense de Letras).

III – Família Castelo Branco

A família Castelo Branco não foi das primeiras a chegar em Baturité, mas ali já se encontrava no começo do século XIX. Veio de Quixeramobim, onde estava instalada com fazendas de gado.
O Patriarca do Clã foi o português Tenente Cel. Matias Pereira Castelo Branco, natural de Viseu. Vindo solteiro para o Brasil e aqui chegado nos anos trinta do século XVIII. Casou na Ribeira do Jaguaribe com Emereciana Barbalho, descendente dos Correia – Vieiras, gente das mais abonadas da região.
O casal fixou-se nas terras da família que eram muitas, abrangendo fazendas e currais nas margens do Sitiá e do Quixeramobim.
Desse casamento nasceram onze filhos que por casamento se entrelaçaram com muitas outras famílias de criadores da mesma região. Os Pimenta de Aguiar, Saraiva Leão e Leitão foram os que mais constituíram união com os Castelo Branco.
Para Baturité e sua serra dirigiram-se os interesses da família, em vista da boa qualidade das terras propícias para a agricultura e também pela necessidade que tinham de possuir pastos salvadores dos grandes rebanhos, nas freqüentes e temíveis estiagens.
O Tte. Cel. aparece cedo nos registros eclesiásticos, testemunhando casamentos, apadrinhando filhos de serranos e também, nos deveres cívicos.
Dos filhos do Coronel o que mais influência teve em Baturité foi o Capitão Antonio Pereira Castelo Branco, nascido em 1772 e casado com D. Francisca Maria Leitão. Foram muitos os filhos deste casal, alguns participando ativamente da vida local, especialmente o Coronel Manuel Felipe, que casou em Baturité, com Isabel Gomes da Silveira. O sogro de Manuel Felipe, era um verdadeiro potentado, com muito prestigio político e social, o Coronel João Gomes da Silveira, filho do fundador da família Silveira, paraibano de Mamanguape, Capitão Luis Gomes da Silveira.
Manuel Felipe tinha um temperamento inquieto e envolveu-se nos principais acontecimentos locais, desde os movimentos revolucionários de 1817, 1821 e 1824. Esteve sempre na dianteira dos que se rebelavam e protestavam contra a situação corrente. Por isso, sofreu sérias conseqüências, minorizadas por sua habilidade e astúcia. Teve querelas e atritos com muitos elementos conservadores de seu mesmo partido, e brigou até com o respeitável vigário. Este, vingava-se, anotando nos livros de registros os apodos do truculento paroquiano. Sempre que era necessário referir-se ao nome de Manuel Felipe, o Sr. Vigário acrescentava a zombaria “Castelo no ar”.
Manuel Felipe, inteligente e de algumas letras, gostava de fazer versos de natureza política e divulgava-os como podia. João Brígido, em “Ceará–Homens e Fatos”, cita alguns. Um deles, tendo como mote “todo corcunda é malvado”, mexe com muita gente do Ceará inteiro, até com parentes do autor, residentes nos Inhamuns e ligados à importante família Feitosa.
Dos filhos de Manuel Felipe o que mais influência exerceu em Baturité foi o Tte. Cel. Pedro José nascido em 1818 e falecido em 1877. Este, foi de fato, o maior chefe político de Baturité no século passado. Muitas vezes presidiu à Câmara Municipal e faleceu Deputado Provincial. Tinha o apodo de “Pedro Cru” e foi casado com uma sobrinha, filha de seu irmão José, D. Teresa Antonia. Deste casal descendem muitos baturiteenses de projeção. Foram seus genros os comerciantes João Correia Lima, Balduino José de Oliveira, Porfírio Gurgel do Amaral, Francisco Bezerra de Menezes Soares, o professor Manuel Egídio da Costa Nogueira, desses casais sendo descendentes os Taumaturgos, Pinheiros, Falcões, Severiano Maciel, Paiva e Silva, Soares Arruda, Matos Brito e tantos outros. O ministro Waldemar Falcão, o advogado Lauro Maciel, Érico Paiva, o Cel. Mário Ramos, os irmãos Luiz e Carlos Soares Arruda são descendentes de Pedro José.
A família foi proprietária de sítios na serra, sendo as melhores glebas as que conservam os mesmos nomes de Salvaterra e Correntes, nas margens do riacho cruz, terras que se estendem até perto de Mulungú.
Os Alves de Carvalho também se ligam aos Castelo Branco. Outros filhos de Manuel Felipe originaram novas famílias, sendo Venâncio Castelo a que maior destaque teve, com propriedades de grande produção de café. Por sinal, foi o velho tronco familiar, Manuel Felipe, quem trouxe a rubiácea para a serra.
A família cresceu tanto que extrapolou as fronteiras municipais e estaduais. Não há, no entanto nenhuma ligação com a família do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, proveniente do Piauí onde se instalou o nobre lusitano que veio dirigir aquela Província.
Também de Manuel Felipe foi irmã D, Teresa Antonia que casou com o primo João Batista da Costa Coelho, e deste casal foi filho o Dr. Antonio Benicio, Juiz da Comarca, progenitor de grande e ilustre família conterrânea.
Manuel Felipe teve dois outros filhos, José Pereira e Alexandre, que muito concorreram para o povoamento da região, chefes que foram de novas famílias que se entrelaçaram com as mais tradicionais da região do maciço.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FRANCISCO ACÉLIS SILVEIRA

DESILUSÃO

Ao meu filho: José Iramar Silveira

Já vês meu filho, como o tempo passa
e como assim te foge velozmente?
Inda tão pouco o teu pinho plangente
também vibrava ao canto dessa praça.

Hoje o teu carro para ir lá devassa
essa distância longa e deprimente ...
Não vês de perto a serraria em frente
branca da lua ou límpida sem jaça?

Sem ver a terra que meu ser abraça
hoje se pinho vejo a mesma praça.
Que te recorda os dias do presente ...

teus afazeres hoje no escritório.
E eu sem saúde aguardo o meu velório
entre tristezas e saudade ardente.

Fortaleza, 18/09/1979.
Francisco Acélis Silveira

quarta-feira, 24 de junho de 2009

PAULO WALDEMAR FALCÃO

Paulo Waldemar Falcão
Alma de Papel Molhado

SAUDADE DE FILHO

(A meu pai Waldemar Falcão)

Se àqueles que partem deste mundo
Na sublime jornada à outra vida
Fosse dado sentir a dor no fundo
Do coração que fica em despedida

Eu quisera, meu pai, que Deus te desse
Na rápida visão de um só momento
O retrato da dor neste tormento
Na alma do filho que jamais te esquece

Mas se duro me foi o sofrimento
E o coração de mágoas se entristece
Elevo para os Céus neste momento

A imperecível glória do teu brilho
Na comoção sincera desta prece
No doce orgulho, meu pai, de ser teu filho!...

WALDEMAR CROMWELL DO REGO FALCÃO

Nascido a 25.01.1895 em Baturité-Ceará. Filho do Coronel Francisco do Rego Falcão Filho e de Dona Maria Conceição (Castelo Branco Correia Lima) do Rego Falcão. Deputado Federal, Senador, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Presidente do Superior Tribunal Eleitoral e primeiro Ministro do Trabalho do Brasil.
Sua Mãe, era filha de Anna Augusta Castello Branco Correia Lima (filha de Pedro José Pereira Castello Branco) e do Tenente João Correia Lima. Sobrinho das professoras Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima e Maria Edwirges Castelo Branco Correia Lima.

terça-feira, 28 de abril de 2009

FAMÍLIA GOMES DA SILVEIRA

6 - ........Gomes da Silveira
Casou-se com Ricarda Gomes da Silveira.

Pais de:

6.1 – Coronel Honorato Gomes da Silveira
6.2 - Fustiniano Gomes da Silveira (Fatu)
6.3 – Vitaliano Gomes da Silveira
6.4 – Conrado Gomes da Silveira
6.5 – Antonio Gomes da Silveira

6.4 – Conrado Gomes da Silveira
Nascido em Redenção. Casou-se em primeiras núpcias com... Silveira.

Pais de:
6.4.1 – Teodoro Conrado da Silveira
6.4.2 - Esaú Gomes da Silveira

6.4.1 – Teodoro Conrado da Silveira
Casou-se em segunda núpcias com Francisca Silveira (Chiquinha).

Pais de:

6.4.2.1 - (?)
Casou-se com Socorro Silveira.

Pais de:

6.4.2.1.1 - Wanderley Costa
6.4.2.1.2 - Valdeglaucio Silveira

6.4.2 - Esaú Gomes da Silveira
Nascido em Redenção. Casou-se com Luiza Rodrigues da Silveira.

Pais de:

6.4.2.2 – João Gomes da Silveira
Nascido em Redenção, no Sitio Canadá . Professor. Casou-se com Adair de Freitas da Silveira.

Pais de:

6.4.2.2.1 – Larissa Emilia de Freitas da Silveira
6.4.2.2.2 - Carlos Ernesto de Freitas da Silveira

6.4.2.2.1 – Larissa Emilia de Freitas da Silveira
Nascida em / / . Enfermeira da UFC. Casada com .... Ponte. Após casada passou a Chamar-se Larissa Emilia de Freitas da Silveira Ponte.

6.4.2.2.2 - Carlos Ernesto de Freitas da Silveira
Nascido em / / . Casado com .... Beserra da Silveira.

Pais de:

6.4.2.2.2.1 - Ana Lara Beserra da Silveira.

Obs: Preciso de ajuda para atualização e correção de dados. Fico grato por toda a informação que poder ser transmitida.

Tenho localizado alguns prédios que foram construídos pelo GOMES DA SILVEIRA, em Baturité no século XVIII, acho que seus descendentes deviam procurar conhecê-los e preservá-los.

segunda-feira, 9 de março de 2009

MORADORES DE BATURITÉ - 1850

Joaquim Alves Sobreiras – 04/06/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 300 braças de terras no Lugar Mucunan.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Francisco das Chagas – 04/06/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 200 braças de terras sêcas na estrada da Mucunan.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Francisco de Salles Cambirimba - 04/07/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 36 braças de terras molhadas no Rio Aracoaba.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Jozé da Silva - 04/07/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 200 braças de terra secas nas fraldas do serrote defronte da Vila da parte do Norte.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Izidio Rodrigues da Costa – 29/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Ferreira Lima - 29/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Antonio de Araújo - 29/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Jozé da Masceno da Silva – 03/12/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 190 braças de terras na Gitirana.
Confinantes: da parte de baixo com as terras dos herdeiros do Finado Antonio Pereira Castello Branco, em um pé de angico e da parte de cima com Jozé Moreira em um Murundú em um pau d’arco caído.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Tereza Maria de Jezus – 28/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretárioda Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Pereira da Silva - 28/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 26 palmos de chão.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco Manoel Barboza – 28/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua nova do Comércio.
Secretárioda Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Francisco das Chagas – 28/11/1850.
A Câmara Municipal de Baturité, concede por aforamento 27 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou arrogo de Antonio Francisco das Chagas: Francisco Antonio Colecta.

MORADORES DE BATURITÉ - 1849 a 1850

Antonio Féliz da Conceição – 10/08/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento de 200 braças de terra no riacho Mucunanzinha.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco Narsisio – 08/01/1850.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 53 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Bizerra – 09/01/1850.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Genipapeiro.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel João de Souza – 10/01/1850.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio de Souza Fernandes – 12/01/1850.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 150 braças no Rio Aracoaba. De uma e outra banda da estrada do Comércio com a maior parte para a beira do Rio.
Confinantes: da parte de cima com Anna Roza com a visão do Rio Putiú. Da parte de baixo com João da Rocha de Araújo na estrada que vai para o Candeia. Da parte do norte no pé do Alto extremando com os foreiros Pegados e da parte do sul em cima do Alto na chapada a onde quer dispidir as águas.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou por Antonio de Souza Fernandes: Antonio Conceição.

Antonio de Souza Fernandes – 02/04/1850.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 76 braças de terras sêcas.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Alves Bizerra – 11/04/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 20 palmos de chão na Rua Nova.
Secretárioda Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco Saraiva da Silva – 11/04/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua Nova.
Confinantes: na esquina de Antonio Francisco da Silveira para cima.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco Ferreira da Silva Nobre - 13/04/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Jozé Moreira Duarte - 13/04/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 82 braças de terra no lugar Gitirana.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Joaquim Pereira Cavalcante – 18/04/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 25 palmos de chão na Rua Nova do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Igino de Guerras – 25/05/1850.
A Câmara Municipal de Baturité concede por aforamento 300 braças de terras sêcas no Lugar Riacho do Umary.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

sexta-feira, 6 de março de 2009

MORADORES DE BATURITÉ - 1849

Alexandrina Francisca de Pontes – 08/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Hospital.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou a rôgo da Senhora Alexandrina Francisca de Pontes: Antonio Francisco Silveira Junior.

Manoel Felipe Castello Branco – 09/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 60 palmos de chão na Rua Nova.
Confinantes: confrontando a casa de Manoel Antonio de Oliveira.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Pulinário Ferreira da Silva – 10/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Rio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Maria Francisca de Nazareth - 10/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Rio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Pereira Suaris – 09/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 40 palmos de chão na Rua do Assogue. Confinantes: junto a casa que foi de João Pereira Castello Branco.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

André Epifânio Ferreira Lima – 11/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 40 palmos de chão na Rua Nova.
Confnantes: detrás das casas de Antonio Francisco da Silveira.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Luis Antonio Pereira - 11/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 20 palmos de chão na Rua do Putiú.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Jozé Joaquim da Costa Tinôco - 09/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 40 palmos de chão na Rua Nova.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Joaquim Ferreira da Silva - 09/01/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 40 palmos de chão na Rua Nova.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Luis Francisco da Costa - 07/07/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 150 braças na beira do Rio Aracoaba.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel de Christo Júnior – 08/07/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento de 190 braças de terras no Lugar Mucunanzinha.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel de Alvis Bizerra - 08/07/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento de 40 braças de terras no Lugar Mucunanzinha.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Duarte Brandão – 25/10/1849.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento de 240 braças de terras no Lugar Olho D’água.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

MORADORES DE BATURITÉ - 1848

José Bizerra de Albuquerque – 12/10/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 150 braças de terra sêcas nos fundos do sitio da viúva Bizerra.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco de Brito Castro – 14/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 200 braças de terras secas no Lugar Mucunanzinha na estrada Jucá.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Antonio de Vasconcellos Sappro – 20/10/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 120 braças de terras molhadas no rio Aracoaba, que foram de Joanna Baptista.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Mathias da Raposa – 01/12/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terras no Lugar Raposa.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou arogo de Mathias da Rapoza: José Antonio da Silveira Psia.

Anacleto Paz Barreto – 12/12/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 70 braças no rio Aracauaba.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco dos Santos da Cunha – 12/12/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento de 80 braças no rio Aracauaba.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Jozé Francisco Cardozo - 12/12/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra no lugar Gitirana.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Jozé da Silva – 14/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 36 palmos de chão na Rua Nova.
Confinantes: por detrás da casa de Manoel Gomes da Silveira.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Pedro Silvestre de Aguiar -14/11/14848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 36 palmos de chão.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

José Alexandre Castello Branco – 14/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 60 palmos de chão na Rua Nova.
Confinantes: de trás do chão de Antonio Francisco da Silveira da parte do poente de junto de cima.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Gregório Thaumaturgo - 14/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 32 palmos de chão na Rua Nova.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

José Pereira de Castro - 14/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 32 palmos de chão na Rua Nova.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Silvério Gomes da Silveira – 12/11/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 40 palmos de chão na Rua Nova.
Confinantes: por detrás das casas de D. Mariana.
Presidente da Câmara Municipal: João Carlos de Oliveira Sacouto.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

MORADORES DE BATURITÉ - 1848

José Pacífico da Costa Caracas – 08/02/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 10 palmos de chão junto na Rua do Comércio.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

José Gabriel da Costa – 12/02/1848.
A Câmara M.desta Vila concede por aforamento 150 braças de terra na beira do Rio aracoaba.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou a rôgo de José Gabriel da Costa: Francisco José Correia Lima.

Mariano Rodrigues Martins – 10/05/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 120 braças de terras secas junto ao olho d água.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Passou a Antonio Francisco da Silveira.

Francisco Brás – 10/05/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra no lugar olho d água.
Confinantes: da parte do sul com as terras de Domingos Antonio de Menezes de Miranda e da parte do norte com as terras de Mariano Rodrigues Martins.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Jozé Joaquim Bernardes – 18/05/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão nos arrebaldes desta Vila.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Leonardo Pereira de Souza – 13/07/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 200 braças de terras secas na Estrada do Labirinto.
Presidente da Câmara Municipal: João Carlos de Oliveira Sacouto.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel de Christo Júnior – 13/07/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 140 braças de terras nu lugar Mucunanzinha.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

José Pereira de Castro – 13/07/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 50 braças de terras sêcas no lugar Raposa.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Joaquim Martins – 04/07/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terras no lugar Raposa.
Confinantes: da parte de baixo com as terras do Freire Castro em um angico e da parte de cima com terras da Câmara em um pé de angico.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco da Silva Caridade – 04/07/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 140 braças de terras sêcas na Ladeira dos Caridades.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Assinou a rôgo de Francisco da Silva Caridade: Francisco Pereira Castello Branco.

MORADORES DE BATURITÉ - 1847 A 1848

Francisco Antonio Tenório – 12/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 135 braças de terra seca no Lugar lagoa ao pé desta Vila.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Carlos de Oliveira Sacouto – 17/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 60 braças de terras na margem do rio Aracuoaba.
Fiador: José Alexandre Castello Branco.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

João Peixoto da Silva - 17/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 270 braças de terra sêcas no lugar Mary.
Fiador: José Alexandre Castello Branco.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Manoel Bizerra Leite – 23/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 250 braças de terra sëca na ladeira nova que segue para o Sitio Commum. Extremando com terras do Caridade.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Antonio Féliz da Conceição – 23/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra secas na Mucunam.
Extremando com terras do Mathias.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Fiador: José Alexandre Castello Branco.

Jozé Bunifácio de Souza – 25/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 200 braças de terra no lugar Mucunazinha.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

André Francisco Lopes – 25/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 70 braças de terra no lugar da Mucunanzinha.
Secetário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Francisco Barboza de Souza – 25/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 300 braças de terra seca no caminho do Candeia da parte da esquerda.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Luiza Umbilina de Albuquerque – 30/08/1847.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra na margem do Rio Arácoaba no Lugar se chama Porto.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.
Fiador: José Alexandre Castello Branco.

José Pacífico da Costa Caracas – 08/02/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 10 palmos de chão junto a uma casa que comprou a Antonio Francisco da Silveira.
Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

Josefa da Cunha da Conceição – 08/02/1848.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 30 palmos de chão na Rua do Rio, onde tem uma choupana. Secretário da Câmara Municipal: José Alexandre Castello Branco.

MORADORES DE BATURITÉ - 1831 A 1841

João Jozé Lino Pegado – 24/05/1831.
A Câmara Municipal desta Vila de Monte-Mor o Novo da América concede aforamento de enfiteuses de 100 braças de terra na margem esquerda do rio Aracauaba e uma pequena parte na margem direita.
Confinantes: pela parte de cima com o sitio do Juiz de Paz João Bizerra de Albuquerque, e pela parte de baixo com o sitio do Tenente Gonçalo Gomes da Silveira.

Maria Jozé de Jezus – 03/06/1831.
A Câmara Municipal desta Vila de Monte Mór o Novo da América, concede por aforamento de enfiteuses 150 braças de terra na margem direita e esquerda do rio Aracauaba.
Fiador: Pedro Pereira Castello Branco.

Francisco Germano Ferreira Lustoza (Capitão) – 14/05/1835.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 80 braças de terra na beira do Rio Aracauhaba no Sitio que foi da viúva Roza Joaquina da Conceição.
Confinantes: da parte de cima com o Sitio do Capitão Gonçalo Gomes da Silveira, e da parte de baixo com o sitio de Manoel Vicente Ferreira.

Francisco da Silva Caridade - 09/01/1936.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra seca na ladeira nova, que segue para o sitio Comum.
Assinou a rôgo de Francisco da Silva Caridade: João Carlos da Silveira.

Antonio Ferreira Bezerra – 13/04/1836.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra seca na ladeira nova do sitio Comum.
Fiador: Pedro Pereira Castello Branco.

Manoel da Cunha Pereira – 06/12/1836.
A Câmara Municipal desta Vila concede por aforamento 100 braças de terra molhada no rio Putiú.
Confinantes: da parte de baixo com Luis Manoel Rabelo em uma das passagens do dito rio, uma passagem do Meio e da parte de cima com um pé de Sabiá, onde se acha fixada uma cruz feita pelo Fiscal Pedro Pereira Castelo Branco.
Fiador: Pedro Pereira Castello Branco.
Assinou a rôgo de Manoel da Cunha Pereira: Pedro Pereira de Castello Branco.

Manoel Felipe Castel Branco (Capitão) – 14/01/1837.
A Câmara Municipal desta Vila de Monte Mor Novo concede por aforamento 165 braças de terra. Concedeu mais ao mesmo, em 27/09/1837, 20 braças, perfazendo 185 braças. Em uma baixa que corre entre a Vila com a cêrca do Sito Cajueiro na beira do rio Putiú.
Confinantes: para o nascente com um pé de Morondú que tem na beira da estrada que segue para o Jardim no pé do alto da parte sul. Para o poente na estrada que desse no beco do Capitão Jozé Freire. Para o Norte com um caminho que tem ladiando pelo alto de uma estrada a outra. Para o sul no cume do alto que esta em frente com os fundos do Sitio Cajueiro.
Secretário da Câmara Municipal: Gonçalo Ferreira Jardim.

Marcos Antonio Rodrigues – 22/07/1840.
A Câmara Municipal desta Vila de Baturité concede por aforamento 100 braças de terra.
Confinantes: do nascente a estremar com João Ferreira da Silva. Do poente com Félix José Pipoca, no canto do poço do Gonçalo.
Secretário da Câmara Municipal (Interino): João Carlos da Silveira.

Luiza Maria de Jezus – 02/07/1841.
A Câmara Municipal desta Vila de Monte Mor Novo da América concede por aforamento 56 braças de terra, na margem esquerda do rio Aracoaba.
Confinantes: pela parte de cima com o sitio do Juiz de Paz João Bezerra de Albuquerque servindo de extrema hum riachinho, e pela parte de baixo com o sitio de Gonçalo Gomes da Silveira.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

PEDRO JOSÉ PEREIRA DE CASTELLO BRANCO

O seu falecimento foi noticiado pelo Jornal o BATURITÉ de 28/04/1877.

Falecimento - Suncumbiu a uma afecção do coração, na Capital da Província, onde seguira a procura de lenitivo ao mal que soffria o Tenente-Coronel Pedro José Castello Branco, membro proeminente da Família Castello Branco e Chefe de uma das facções do Partido Conservador nesta Localidade. O Tenente-Coronel Pedro Castello, filho legítimo do Coronel Manoel Felipe Castello Branco, nasceu em 1818. Casou-se com sua prima D. Thereza Antonia Castello Branco em 1842, e desde então residiu nos Inhamuns ate 1853, quando se mudou para Baturité, tendo exercido no Tahuá o Cargo de Delegado de Policia, prestando serviços relevantes, pelos quais o Governo Imperial condecorou-o. Eleito Presidente da Câmara deste Município, em 1856, foi reeleito em diversos quadriênios e ainda no atual occupava o lugar. O finado foi também eleito Deputado Provincial em mais de uma Legislatura, e exerceu outros Cargos de nomeação do Govêrno. À sua família os nossos pessâmes.

Sessão da Câmara de 23/04/1877

Sobre mesa existiam diversos requerimentos sobre variadas matérias mais ou menos importantes, que foram adiadas pela justa razão de haver constatado a esta Câmara ter falecido na cidade de Fortaleza o Presidente desta Municipalidade Tenente Coronel Pedro José Pereira de Castelo Branco, ficando encerrados os trabalhos da Câmara por tempo de 8 dias em signal de pesar por proposta do Sr. Presidente da Câmara Clementino de Holanda.

BATURITÉ - CIDADE

Baturité - Cidade

Pela Lei provincial nº 844 de 08/08/1858, a Vila de Baturité, foi elevada a categoria de cidade.

Na época as autoridades eram:

Presidente da Câmara: Pedro José Pereira Castelo Branco
Procurador: Venâncio Gomes de Melo
Vigário: Padre Ernesto José Cavalcante
Juiz: Antonio Benício Saraiva Leão Castelo Branco
Promotor: Dr. Leandro da Silva Freire
Fiscal: Antonio da Rocha Lima
Auxiliar do Fiscal: Antonio Pinto de Vasconcelos
Zelador do Curral do açougue: Francisco Bezerra Lima
Curador dos Órfãos: Mariano Rodrigues Martins

Vereadores:
1 – Pedro José Pereira Castello Branco
2 – José Pacifico da Costa Caracas
3 – José Alexandre Castello Branco
4 – Francisco Pereira da Silva Júnior
5 – Antonio Pereira Castello Branco
6 – José Pereira da Silva
7 – André Epifânio Ferreira Lima

Suplente: Simão Teles de Souza (em exercício).

CONSTRUÇÃO DA CADEIA - JOÃO COELHO DA SILVEIRA - 1834

Livro com as Atas das sessões de 1834 a 1838.
Dele consta do plano da nova cadeia, cuja obra, avaliada em três contos de réis, foi arrematada por João Coelho da Silveira, em 15/12/1834, pela quantia de dois contos e quatrocentos mil réis.

COMBATE A PINTO MADEIRA - 1832

Sessão da Câmara de 16/03/1832 - Leu-se um officio de 13 de marco de 1832, participando ter deliberado partir para a nova Comarca para o fim de combater as forças de Joaquim Pinto Madeira e do Vigário Antonio Manoel, e que na mesma data officiava ao Capitão Manoel Felipe Castello Branco, para marcha com cem praças das companhias do seu commando e mais voluntários que se offerecerem ordenando a Câmara coajuvasse ao dito Capitão Castello Branco, tanto a respeito da tropa, como sobre a compra de farinha em número de cem alqueires.

Sessão da Câmara de 02/06/1832 - Leo-se e respostou-se um officio do Secretário do Governo Administrativo desta Província incluindo cópia do officio do Major Francisco Xavier Torres datado de 04 de abril p. passando e narrando os felizes e extraordinários acontecimentos do combate do mesmo dia em qual as tropas inimigas foram vencidas na Villa de Icó pelas nossas cujo número era excessivamente deminuto olhadas comparativamente ao do inimigo.
Leo-se outro officio do mesmo Senhor Secretário datado de 05 de maio p. passado incluíndo a cópia de um officio do Exmo. Sr. Presidente José Mariano de Albuquerque em o qual narra os sucessos de sua marcha até a Villa do Icó, onde chegou no dia 10 de abril deste ano.

SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE BATURITÉ - 1830

Sessão da Câmara de 24/08/1830
- Convocada pelo Presidente para propor a compra de 12 cadeiras de palinhas, propondo a deliberação da Câmara . O Senhor Castello Branco disse que convinha em que se fizesse dita incommenda pois havia grande precisão das sobreditas cadeiras.

Sessão da Câmara de 06/09/1830
- Proposta do Sr. Castello Branco representando ser util se fizesse ua postura marcando o lugar do banheiro para nelle se lavarem as Senhoras e ser multada toda a pessoa do sexo masculino que a dito logar for por qualquer motivo e acordou-se que se fizesse a dita postura.

Sessão da Câmara de 12/12/1830
- O Senhor Castello Branco fez a seguinte indicação: Proponho que se abra ua nova estrada para a Capital da Província visto estando em distância de quatorze légoas a atual estrada obriga se andar vinte e seis. Tem se já feito as indicações precisas talvez porém com o meter se mãos a obra é natural que se conheça ainda mais vantajem que a que se imagina, mais quanto e de maior utilidade já se pode conhecercom a simples narração da direcção que se deve tomar, pois não pode poupar menos que oito légoas de caminho. Portanto, proponho que se tire ua estrada em linha recta do tombo da serra que temos em frente para o lado do Candéia e que dahí vá em linha recta para o Riachão do Panta e depois siga pella planice que fica entre a serrinha dos Criôlos e a serra do Logola e vá ter ao Acarape de sima donde deve em seguimento ir ter ao Ubú e seguir sempre plana até a cidade de Fortaleza. Tudo está fallando a favor desta nova estrada porque também evita os rios que no inverno vedão os passos aos passageiros e negociantes e correios e lhes fornece melhores e mais abundantes águas para os misteres da vida e dos Transportes, finalmente a sua utilidade não precisa ser sustentada por argumentos mui principalmente perante a Câmara Patriota. Monte Mór 10 de dezembro de 1830. Manoel Felipe Castello Branco

A vista da indicação do Senhor Castello Branco acordou-se em mandar fazer a sindicação precisa para se conhecer se pode ou não abrir a nova estrada e que vantagens offerece.

Offereceu-se o Senhor Castello Branco para ir pessoalmente fazer esta indagação com duas ou trez pessoas, fazendo a Câmara a dispeza com as sobreditas pessoas.

Acordou-se em asseitar o oferecimento gratuíto do Senhor Veriador e que elle procurasse pessoas que mais convenientes achasse para o dito fim ficando a Câmara sujeita a satisfazer as dispesas que fizesse com o guia e trabalhadores.

ELEIÇÃO DE 1829 - CAMARA MUNICIPAL DE BATURITÉ

Eleição para Vereador em 1829:

Primeira Eleição procedida, pela Lei de 1º de outubro de 1828 de 22/02/1829, com o seguinte resultado:

Vereadores:

Antonio Ricardo Bravo Sussuarana - Presidente 82 votos (Presidente da Villa)
Capitão Comandante Geral José Freire da Silva - 79 votos
Capitão Manoel Felipe Pereira Castello Branco - 75 votos
Comandante Antonio Saraiva da Silva - 75 votos
Alferes Luiz Correia Pinto - 70 votos
Alferes Antonio Félix de Menezes - 65 votos

Ficou excluído o Tenente Gonçalo Gomes da Silveira com 68 votos, por ser cunhado de Manoel Felipe Pereira Castello Branco.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - ANTONIO GOMES DA SILVEIRA

29/9br.o/1824 – Officio ao Tenemte Antonio Gomes da Silveira accuzando o Officio de 8 do corrente Ordenando-lhe para emtregar as 25 granadeiras tomadas aos saldados dezertados da Tropa de tristãp Glz.`

Respondendo o Officio de VS.a de 8 do corrente, ordeno-lhe logo, que este receber fará entregar as 25 granadeiras tomadas aos soldados dezertados da Tropa de Tristão Glz.`na ocazião do ataque, ao Ill.mo e Rd.mo Conselheiro deste Governo, Senhor Joaquim de Paula Galvão e espero do seo zello, e probidade dezempenhe quanto lhe for pocivel para tranquilizar a Provincia, e de huna veis respeitar-se com amor e obdiencia as Atribuiçoens do Augusto Chefe da Nação quadjuvando-me com as providencias querentes a boa ordem que serão reconhecidos seos serviços como de hum zelloso Cidadão am.o do imperio. D.s o Guarde m.s a.s Palacio do Governo do Ceara 29 de 9br.o de 1824 3º da Imdependencia do Imperio Jozé Felix de Azevedo e Sá Prezidente = Ill.mo Snr.` Antonio Gomes da Silveira Tenemte Commandante da 6.a Comp.a de Cavelaria das Vargens de Jaguaribe

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

20/9br.o/1824 - Portaria de Delegação para Cazumba participando a sahida dos Vogais os Ill.mos e R.mos Snr.` Francisco Serafim de Assis, e Jozé Freire de Castro e o Ill.mo Snr.` T.e Coronel Manoel Felipe Castelo Branco

Segue a prezente Delegação deste Governo composta dos Vogais os Ill.mos e Reverendíssimos Snr.es Francisco Serafim de Assis, e Jozé Freire de Castro e o Ill.mo Snr.` Tenemte Coronel Manoel Felipe Castelo Branco e com plenos poderes deste Governo à encontrar-se com o Ill.mo Snr.` Sargento Mor Jozé Gomes do Rego a fim que muito importa ao serviço Nacional, e imprial, pelo centro desta provincia: Ordeno por tanto a todas as Autoridades Civis e Militares desta mesma Provincia prestem a sobre dita Delegação ou a qualquer dos vogais della, bem como ao Ill.mo Snr.` T.e Coronel Francisco Ignácio da Costa que segue as Ordens da mesma delegação todo, e qualquer auxilio que precizarem ou pela mesma delegação ou cada hum dos Vogais della lhe forem requerido, ficando as referidas Autoridades desta Provincia inteiramente responçaveis pela menor demora, ou falta a D.s, a Nação à S.M.I. e C. e a este governo, pois que sobre maneira importa a prezente diligencia Palacio do Governo do Ceara 20 de 9bro.o de 1824 3º da Independencia do Inperio Joze Felix de Azevedo e Sá Prezidente

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

20/9br.o/1824 – Officio a Jozé Freire de Castro participandolhe, a bem da segurança, e tranquilidade Publica desta Provincia, tive a satisfação de nomear VR.ma p.a vogal da Importante Comissão

Este governo, a bem da segurança e tranquilidade Publica desta Provincia tive a satisfação de nomear a VR.ma para vogal da Importante Comissão que ora dirige a entenderce com o Sargento mor Joze Gomes do rego, apelidado Cazumba que consta já penetrar o território desta mesma Provincia pelo Distrito de Figueredo Como sircunstanciadamente será prezente a VR.ma pelo reverendissimo Francisco Serafim de Assis e o Tenente Coronel Manoel Felipe Castelo Branco Companheiros de VR.ma, como vogais da mesma delegação que acabão de prezenciar de viva voz quanto conferenciou este Governo em visto do que há occorrido, e ao mesmo foi prezente pelo que conto com todosos exforços de Vr.ma em seguir a tão importante diligencia pela qual VR.ma fara o mais relevante serviço a D.s e a Nação a S.M.I.C. e a este Governo que coadjuvando por tão Onrrados cidadãos como VR.ma jamais deixara de ser feliz em todos os objectos do serviço nacional Imprial segue daqui tão bem as Ordens da mesma delegação o Tenemte Coronel Francisco Ignácio da Costa, o que partessipo a VR.ma para sua inteligencia bem como que VR.ma se poderá entender, alem da delegação com qualquer outra autoridade civil ou Militar desta Provincia, a fim de adquerir conhecimento de couzas convenientes, ou dignas de providencias que se afetuarão sempre de acordo com a delegação que se acha monida de plenos poderes. Desde ja conto com o melhor rezultado de tão digna Delegação e que hú dia sem duvida colheremos os mais gloriozos frutos de nossos trabalhos pelo pais em que nascemos. D.s D.e a VR.ma Palácio do Governo do Ceara 20 de 9br.o de 1824 3º da Independencia, e do Inperio Joze Felix de Azevedo e Sá – Ill.mo e Reverendissimo Senhor Jozé Freire de Castro =

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

20/9br.o/1824 - Officio ao sarg.mor Manoel da Cunha Pereira participando-lhe o ter feito marchar 500 Praças para se reunirem em Jaguaribe com o Sarg.mor Luiz Rodrigues Chaves

Tenho feito marchar desta Capital 500 praças para se reunirem em Jaguaribe com o sarg.mor Luiz Rodrigues Chaves, aonde farão hua grande força a fim de obbstarem qualquer acção ou hostilidade que ouver de fazer cazumba, apezar de que me consta vir acolhido debaixo do Pavilhão Imprial e procurando acolher-se nesta Provincia. Tenho detreminado ao mesmo Chaves que não entre em batalha sem que primeiro os delegados que deste Governo partem covencionem com elle ou saibão o que elle pertende, e os Delegados são os Ill.mos Snr.` Francisco Serafim de Assis e Jozé Freire, e o Coronel Manoel Felipe Castelo Branco, e VS.a com toda a sua gente se pora em obcervação, inada obrara sem consultar aquele Sarg.mor Chaves, e delegados D.s G.e p.r m.s a. s Palacio do Governo do Ceara 20 de 9br.o de 1824 3º da Independencia do Imperio, Joze Felix de Azevedo e Sá Prezidente = Ill.mo Snr.` M.el da Cunha Pereira Sargento Mor

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

20/9br.o/1824 Officio ao delegado Padre Francisco Serafim de Assis participando-lhe a absoluta necessidade occorrem as urgencias desta Provincia, mormente quanto sua segurança, e defeza exige, como ora mais que numca exige

Tor Nando-se de absoluta necessidade ocorrer urgencias desta Provincia, mormente quanto a sua segurança, e defeza exige como ora mais que numca exige, que se apliquem todos os exforços à manter a boa Ordem, e a inviolabelidade de propriedade individual na prezente epoca a mas melindroza, quando consta a este Governo já vir penetrando pelo Destrito de Figueredo desta Provincia hum Melitar de Pernambuco o Sarg.mor Jozé Gomes do Rego com Força armada dessoladora, ao que muito se deve attender, e providenciar, como convem tenho nomiado em consequencia huma Commissão de três vogais de inteira fé, probidade e honra sendo VR.ma hum, e o Ill.mo R.mo Snr.`Jozé Freire de Castro e o Ill.mo Snr.` T.e Coronel Manoel Felippe Castelo Branco, a fim de se destinarem a encontrar pessoal o mesmo Sargento Mor Jozé Gomes do Rego, onde quer que delle tenhão noticia nesta Provincia, e reconhecerem por Conferencia se nos são, ou não opostos os seus sentimentos e marcha, em cujo cazo, e conforme quanto colher-se, observará VR.ma tudo que em secção foi conferenciado, visto que os movimentos que ocorrem postriormente a sua partida, e dos mais senhores Vogais, desta Cidade milhor emcominharão, e farão promover-se o mais vantajozo rezultado da prezente Delegação, a bem da qual VR.ma, e mais Snr.es vogais seguem revestidos dos plenos poderes que lhes confia este Governo onde deverão dirigir suas costumadas participaçõens para perfeito conhecimento de cauza, e para se providenciar, se nesseçario for devendo VR.ma fazer avizo circunstanciado aos demais Snr.es seus Collegados para a devida inteligência, e execução entendendo-se sempre com o sarg.mor Luiz Rodrigues Chaves, e mais Chefes das nossas forças bem como todas as Autoridades Civis e Militares desta Provincia sendo percizo. D.s G.e a V.R.ma Palacio do Governo do Ceara 20 de 9br.o de 1824 = Joze Felix de Azevedo e Sá = Prezidente Ill.mo e R.mo Snr.` Francisco Serafim de Assis

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

19/9br.o/1824 – Officio a Ignacio Ribeiro Galvão Commandante da Expedição acuzando o Officio de 15 do corrente congratulando-se com as enérgicas providencias q.` acaba de dar a respeito do cazumba

Foi-me prezente o officio de VS.a de 15 do corrente e lhe sou s responder. Congratulo-me com as enérgicas providencias que VS.a acaba de dar a respeito de Cazumba, e com a bem acertada rezolução de querer com elle Capitular, sentimentos estes de hum verdadeiro amigo de sua Pátria, e que não dezeja ver derramado o sangue de seos Irmãos, nem S.M.I. outra coisa q.r Tenho officiado ao Comandante Geral Manoel Antonio de Amorim sobre este objecto com quem VS.a tão bem se devera entender. Para atalhar qualquer ruína e para que a sizania não entre em hum Povo amante do seo soberano; e por que não sei que sejam os intentos daquele Cazumba, hontem despede desta Capital 300 praças armadas e municiadas e 200 Indios com suas Competentes, armas para se unirem em Jaguaribe com o sargento mor Luiz Rodrigues Chaves aonde formara hum pé de exercito, para rebater qualquer força que haja contra S.M.I. Nosso Perpetuo Defençor; mais ordeno que estejão com as armas nas mãos e vigilantes, emquanto os emviados od Ill.mos e Reverendíssimos snr.es Francisco Serafim de Assis e o Sarg.mor Francisco Ignácio da Costa e o Coronel Manoel Felipe Castello Branco, se vão ter com elle para saberem o que elle pretende, e fazerem toda a Convenção e que este Governo lhe assegura em Nome de S.M.I. sua segurança individual, e de toda a sua gente dando-lhe transporte para fora da Provincia embarcados pois não convem ficarem elles entre nos; queira portanto VS.a terce com os ditos, Delegados que ora partem p sargento mor Chaves, Amorim e Maroto, e de comum acordo deliberem o milhor a bem da nossa fadada Provincia, que ora acaba de firmar o Pavilhão Imprial, debaixo de cuja sombra daremos athe a ultima gota do nosso sangue. D.s G.e a VS.a por M.s A .s Palacio do G.o do Ceara 19 de 9br.o de 1824 3º da Independencia do Imperio = Joze Felix de Azevedo e Sá Prezidente = Ill.mo Snr.`Ignacio Ribeiro Galvão Commandante da Expedição

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

19/9br.o/1824 – Officio à Manoel Antonio Amorim participando-lhe ó de 16 do corr.e o q.to disse o confirmava a bem publico e segurança individual no direito de propriedade em todos os tempos

Em dacta de 16 do corrente escrevi larga.te a VS.a o quanto disse o confirmo o bem publico a segurança individual, e o direito de propriedade em todos os tempos respeitados e que devem ser garantidos pelas Autoridades publicas, fazem com que eu determine a Vs.a e que lhe fale com hua linguoagem clara, e ao mesmo tempo respeitadora = que devera ter muita consideração os Assacinos feitos pellos homens pardos do seo termo, os quais sem atenção as Leis, e a este Governo tem morto a quantos querem parece emcrivel que entre humanos se obre sorte sem respeito as Auctoridades juncando os campos de cadáveres daqueles que apelidão Patriotas só por meras paixões m.to principalmente ao Cabra Francisco Alves que matou e roubou ao cabo de Esquadra Manoel de Lima, antes do Levantamento das Bandeiras Impriais, a qual sento serto semelhante atentado o devera mandar prender e conduzilo algemado a esta Capital, e os outros Cabras dezemfriados q.e obrarem, despotismos e mesmos brancos os devera castigar rigorozamente com roda de pao , e com aqueles castigos que achar conveniente, em cazos tais e em tempos tão melindrozos que não queira essa gente tomar aos homens brancos em consideração para os matarem a fim de quererem elles reprezentar; essas idéias são tristes e por isso deve VS.a tomar com muita consideração essa gente e castigalos para os conter, e fazer entrar nos seos limites o que tudo espero do seo zelo actividade e aqueles que ainda tiverem atrevimento de atacarem ou matarem algum o que não espero sera prezo e algemado e conduzido a esta Capital para se proceder contra elle segundo as Leis. Foime reprezentado hum Officio do commandante Interino Ignácio Ribeiro Galvão que com termos Crus falava ao conselheiro deste Governo o Ill.mo Snr.` Manoel Pereira Souza e Castro homem de todo o conseito e respeito a quem recomento a VS.a o haja de garantir a sua pessoa individual e no mesmo officio tratava ao Quixabeira de morto quanto elle ainda existe, e fica nesta Capital, nada de rivalidades haja paz; união e VS.a como amante e fiel súbdito de S.M.I. fará tudo como lhe tenho dito e exige a bem publico. Ammanham despesso as Tropas que tenho detreminado marchem por dito do sarg.mor Luiz Rodrigues Chaves estacionado em Aracaty a qual deve unir com o mesmo Chavez, em Jaguaribe e marchão desta 300 praças, e 200 Indios todos prontos e municiados para de huma vez sabermos o que pertende Cazumba, fugitivo de Pernambuco, e que quer ocupar a nossa Provincia Desta partem os Emviados os Ill.mos e R.mos Senhores Francisco Serafim de Assis, e Jozé Freire de Castro e o Tenente Coronel Manoel Felipe Castelo Branco, os quais vão com delegação deste G.o a fim de saberem o que pretende Cazumba com a sua gente; se introduzira sizania entre nos sera rebatido athe derramarmos a ultima gota de sangue errepelido se acolher-se de baixo Pavilhão Imprial teremos com elle toda a comtemplação e os abraçaremos depondo elle as suas armas; e este Governo em nome de S.M.I. lhes garante a suas pessoas e de toda a sua gente, he por tanto mister que Vs.a tenha toda a vigilância e cuidado e a sua gente pronta em observação a esses movimentos para repelirmos se for precizo o inimigo estando sempre alerta, e com as armas nas maos inttendendo-se sempre com os ditos Delegados e sarg.mor Luiz Rodrigues Chaves, *1º Este Governo espera e está certo que VS.a providenciara tudo com maduração, zelo e Cuidado como fiel súbdito, e amante de S.M.I. os seus serviços este Governo pora na augusta Prezença do mesmo Snr.`D.s G.e p.r m.a a.s Palacio do Governo do Ceara 19 de 9br.o de 1824 3º da Independencia do Imperio Joze Felix de Azevedo e Sá Prezidente = Ill.mo Snr.`Manoel Antonio de Amorim Comd.e Geral da Serra do Pereira.
*1º E nunca rompera, e nem entrarão em batalha sem se emtenderem com os ditos delegados o sarg.mor Chaves sob pena de responderem a S.M.I. pellos seos excessos.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - PERSEGUIÇÃO A JOSÉ GOMES DO REGO (CAZUMBA) - 1824

19/9br.o/1824 - Officio ao Sargento Mor Luiz Rz.`Chaves participando que fazia Marchar hua força de 300 Praças militares e 200 Indios commandada pelo sarg.mor por comição Joze Felix de Mendonça

Agora faço marchar hua força de 300 Praças militares e 200 Indios comandada pelo sargento mor por comição Jozé Felis de Mendonça ate Jaguaribe onde a entregara a VS.a ficando VS.a no mesmo Jaguaribe se arranxará com as armas na mão e sempre fique alerta procurando entenderce immediatamente com os Inviados que ora dirijo a Cazumbá os Ill.mos senhores, Francisco Serafim de Assis e Jozé Freire de Castro e o Ten.e Coronel Manoel Felipe Castelo Branco a fim de saber pelos mesmos que pretende Cazumba, o qual sendo obediente a S.M.I.C. VS.a de commum acordo com os sobreditos Delegados Convencidos da verdade o acolherá como permite a amizade, e boa fé porem quando por qualquer principio o Cazumba seja-nos opposto, o q.e deverá constar a VS.a pela diligenciação em tal cazo proceda VS.a com os Delegados a hum Conselho de que rezulta quanto mais convier seja propondo sempre a Cazumba no cazo de amizade, e igualmente partido, que este Governo garantira sempre a inviolabilidade e segurança individual sua e de toda a sua tropa e q.e no cazo ainda de não seguir a obedecer a S.M.I. e C. e querendo sahir desta Provincia este mesmo G.o lhe prestará todos os auxílios que necessitar sem excepção, e mesmo embarcação para se retirar por mar para onde quizer devendo VS.a em consequencia dar ... partes circunstanciadas de tudo que ocorrer a fim de se providenciar sendo precizo porque decedidamente confio que VS.a com a presente delegação fara o mais relevante serviço a D.s a Nação e ao Imperador D.s G.e a VS.a Palacio do Governo do ceara 19 de 9br.o de 1824 = Jozé Felix de Azevedo e Sá Prezidente = NB alem do que ordeno no prezente Officio devera VS.a entender-se também com o Ex.mo Conselheiro deste Governo o Coronel Manoel Pereira de Souza Castro, em tudo, que lhe parecer conveniente quando não tenha elle ja seguido a entender-se com Filgueiras como lhe tenho determinado bem como VS.a se devera intender de igual maneira com o Commd.e Geral da Serra do Pereiro o capitão Manoel Antonio de Amorim devendo-se porem dar parte de tudo da maneira já ordenada.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - CORRESPONDÊNCIAS - 1824

05/11/1824 – Officio de Silvestre Gomes da Silveira acuzando o Officio de 4 do prezente agradecendolhe achar-se restituídos nessa V.a do acarape os Cidadoes q.e marcharão erradam.te com o Coronel Bezerra

Fui entregue do Officio de Vs.a de 4 do prezente mês, e em vista de seu contheudo, tenho a dizer-lhe, que muito folgo acharem-se restituídos nessa Villa todos os Cidadãos que marcharão erradamente com o Coronel Antonio Bezerra e que nessa mesma Villa de Baturite se acha levantada a legitima Bandeira Imperial, com geral satisfação dos Povos, que tanto a dezejavão como me diz, e estou convencido. Estimo que ahi ja se acha parte de polvra bem como estimarei que ella toda se recolha sem demora a esta Capital na forma das mesmas Ordens expedidas, para cuja coadjuvação estou certo VS.a não se poupara quanto pocivel for o Coronel Antonio Bezerra de Souza Menezes depois de pertinaz nos seus princípios errôneos acaba de ser prezo nas Itans pello Capitão Antonio Saraiva da Silva, que breve o aprezentara na salla deste Governo para fiscalização e permição de sua criminozissima dezobediencia a S.M.I. e C., a pro de cujos sagrados Direitos, ja daqui fiz marchar 600 Homens, que com outros de diverças partes excederão a 2 mil homens contra os rebeldes e dezobedientes ao mesmo Inprial snr.`em qualquer parte desta Provincia ou fora della sendo necessario, onde elles existirem. Dos inpreços incluzos conhecera VS.a o estado dos negocios politicos dignos da nossa reflexão, para que de dia a dia sejamos mais que felizes. D.s G.e a VS.a Pallacio do Governo do ceara 5 de 9br.o de 1824, 3º da Independencia do Imperio. Joze Fellis de Azevedo e Sá Prezidente = Ill.mo Snr.`Silvestre Gomes da Silveira

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - CORRESPONDÊNCIAS - 1824

04/11/1824 – Officio ao Tenemte Coronel Comandante Manoel Felipe Castelo Branco accuzando a recepção do Off.o 1º do mez

Acuzzo a recepeção do Officio de VS.a de 1º deste mez, só tenho a significar lhe minha perfeita satisfação por se áver Proclamado nesse acompamento das Itans o augusto Nome de S.M.I. defençor Perpetuo do Brazil, levantamdo-se ao mesmo tempo a legitima Bandeira Imperial pelo satisfatorio modo que me participa, pois que tal conducta ja VS.a e esses Povos a muito deverião ter, visto serem tão vizinhos desta Capital, livres de memorços, mas com conhecimento de cauza, e convencidos dos seus deveres. Folgarei que VS.a com todos os cidadãos dessa situação, e seu termo, Promovão a melhor e mais constante armonia entre todos os Povos para sua mesma felicidade, contando com a protecção deste Governo, sempre incanssavel a procurar todo o bem desta Provincia, e da Pátria = Deus Guarde VS.a Pallacio do Governo do Ceara 4 de 9br.o de 1824 3º da Independencia do Imperio = Jozé Fellis de Azevedo e Sa Prezidente =

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - CORRESPONDÊNCIAS - 1824

29/10/1824 - Portaria ao Comd.e Geral de Monte mor novo p.a dar consumo aos bandos de ladroens
(Manoel Felipe Pereira Castelo Branco)

O Snr.` Commandante Geral de Monte mor novo passe quanto antes as Ordens nesseçarias para dar o nesseçario consumo aos infitos bandos de ladroes que continuão a assolar os Povos do seo territorio podendo mesmo uzar dos meios ultimos no cazo de os não poder debandar com medidas ordinarias e ficando responçavel a S. M. I. e C. com a Nacao Brazileira a este Governo pela inobservancia dessa ordem. Pallacio do Governo do Ceara 29 de 8br.o de 1824 Joze Fellis de Azevedo e Sá Prezidente.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - CORRESPONDÊNCIAS - 1824

28/10/1824 – Officio ao Commandante de Cassadores de Monte mor novo
(Manoel Felipe Pereira Castelo Branco)

Em resposta ao que me expõe no seo officio de 24 do corrente sou a dizer-lhe que de maos dadas com as demais autoridades constituidas desse termo faça conhecer aos seus subditos o abismo horrorozo a que nos tinhamos arrojados, e que he porem tempo de aprontarmos os meios de nossa salvação e fazermos por merecer a alta Graça que nos Consede o melhor dos Monarcas o Snr.` D. Pedro Primeiro.
Confio por tanto do seu zello que uzara de meios proprios para por boas maneiras salvar os seos subditos devendo-lhe servir de regra que 9 das Villas da Provincia prestarão obediencia a S. M. I. e C. D.s a VS.a Palacio do Governo do Ceara 28 de 8br.o de 1824 Jozé Fellis de Azevedo e Sá Prezidente

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - CORRESPONDÊNCIAS - 1824

21/10/1824 - Portaria ao Comandante Geral de Monte Mór Novo - 21 de Outubro de 1824.
(Manoel Felipe Pereira Castelo Branco)

O snr` Comandante Geral de Monte mor novo ou outra qualquer autoridade civil ou militar, faça com toda a pocivel brevidade e segurança voltar para esta capital digo Militar a quem esta minha Portaria for aprezentada faça com toda brevidade e segurança voltar para esta Capital os carros petrechos muniçoes de guerra que se dirigirão desta mesma Capital para a Villa de Monte Mor novo ficando todo aquele que o contrário fizer responçavel a S. M. I. a Nação Brasileira ao Ex.mo Snr.` Almirante General e a este Governo J.e Fellis de Azevedo e Sá – Presidente.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

CEARÁ

Ave, Terra da Luz, Ó pátria estremecida,
Como exulta minha alma a proclamar-te a glória,
Teu nome refugastes inscreve-se na história,
És bela, sem rival, no mundo, engrandecida!

A dor te acrisolou a força enaltecida,
Conquistaste a lutar as palmas da vitória
Hoje és livre e de heróis a fúlgida memória
Jamais se apagará e a fama enobrecida.

O sol abrasa e doura os teus mares que anseiam
Em vagas que se irisam, que também se alteiam
A beijar com ardor teus alvos areiais.

Eia! Terra querida, sempre avante!
Deus te guie no futuro em ramagem brilhante
Nas delícias do bem, nos júbilos da paz!

Francisca Clotilde, A estrella, março de 1912

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

LUAR DE AGOSTO (F. Clotilde, A Estrella, ago de 1909)

Luar de agosto, belo e resplandecente
Quando te espelha sobre o descompasso
Ao teu fulgor o coração que sente
Relembra o berço e os dias já passados.

Em céu sem nuvem - globo prateado
Se o teu reflexo vai suavemente
Beijar da flor o cálice orvalhado
Ou se combate nas águas mansamente.

Que de emoções despertas! Mais te amava
Se pelas serras, límpido brilhavas
Teu disco argenteo, em doce claridade.

Hoje tão longe, assalta-me o desgosto
E ao ver-te belo azul, luar de agosto,
Só me despertas mágoas e saudade

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

À Memoria da Virtuosa Irmã Margarida Bazet

Seus lábios não provaram neste mundo
A taça do prazer que nos seduz,
Despresou a grandeza... uniu-se à Cruz,
Aos que sofrem votou amor profundo.

Guiou-me a infância, terna e desvelada
No caminho do bem, tinha carinhos
Para os prantos das tristes orfãsinhas,
Era tão bôa, meiga e dedicada!

Descansa em paz, Oh! doce criatura,
O mundo não podia a formosura
De tua alma de santa compreender;

Ele que é não, inconsequente e rude
Eleva o vício e abate a sã virtude!
Só entre os anjos poderás viver...

Francisca Clotilde, O Libertador, 06 /05/1887

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

A ÁRVORE

Ao contemplá-la, triste emurchecida,
Os galhos nus, de flores despojados
Sem a seiva que outrora tanta vida
Lhe trazia em renovos delicados;

Ao vê-la assim tão só, tão esquecida,
Tendo gozado dias tão folgados,
Ao som dos passarinhos namorados,
Que nela achavam sombra apeticida.

Ai! Sem querer encontro semelhanças
Entre meus sonhos e minhas esperanças
E a mirrada árvore dolente.

Ela perdeu as folhas verdejantes
Bem como eu as ilusões fragrantes
Que outrora me embalavam docemente

Francisca Clotilde, Almanack do Ceará, 1897

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

ANDORINHA

Passando do inverno a pérfida inclemência...
Andorinha ligeira, vai buscando
Outro clima mais puro, ameno e brando,
Outro céu de mais doce transparência.

Gozas da luz a tépida influência,
Reunindo-te ao alegre bando,
Que recorta este azul de quando em quando,
Desejando mais plácida existência

Podes fugir, voar com as asas leves
Expandir-te ao calor do sol
De bendito verão, delícias breves.

Como eu te invejo: Enquanto vais seguindo,
Sofro a tortura do mais rude inverno
E o azul me esconde o seu sorrir, fruindo

Francisca Clotilde, A Estrella, julho de 1920

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

CEARÁ

Ave, Terra da Luz, Ó pátria estremecida,
Como exulta minha alma a proclamar-te a glória,
Teu nome refugastes inscreve-se na história,
És bela, sem rival, no mundo, engrandecida!

A dor te acrisolou a força enaltecida,
Conquistaste a lutar as palmas da vitória
Hoje és livre e de heróis a fúlgida memória
Jamais se apagará e a fama enobrecida.

O sol abrasa e doura os teus mares que anseiam
Em vagas que se irisam, que também se alteiam
A beijar com ardor teus alvos areiais.

Eia! Terra querida, sempre avante!
Deus te guie no futuro em ramagem brilhante
Nas delícias do bem, nos júbilos da paz!

Francisca Clotilde, A estrella, março de 1912

Sonetos de Francisca Clotilde Castelo Branco Correia Lima

MARIPOSA

Incauta mariposa em torno à luz
Viceja pela chama fascinada,
Até que enfim examine, crestada
Cai em meio do fogo que a seduz.

A chama q’ue dos olhos teus transluz
Tem minha alma em desejos torturada
E aií tento fugir mais abrasadas
Me sinto neste amor q’ue cresce a flux.

Oh! Fecho os negros olhos sedutores,
Não me queimes nos férvidos ardores
De uma louca paixão voráz e forte

Receio que minha alma caia exausta
Neste abismo de luz como a pirausta
Que buscam o prazer e encontra a morte

Francisca Clotilde, A Quinzena, 15/05/1887