ANDORINHA
Passando do inverno a pérfida inclemência...
Andorinha ligeira, vai buscando
Outro clima mais puro, ameno e brando,
Outro céu de mais doce transparência.
Gozas da luz a tépida influência,
Reunindo-te ao alegre bando,
Que recorta este azul de quando em quando,
Desejando mais plácida existência
Podes fugir, voar com as asas leves
Expandir-te ao calor do sol
De bendito verão, delícias breves.
Como eu te invejo: Enquanto vais seguindo,
Sofro a tortura do mais rude inverno
E o azul me esconde o seu sorrir, fruindo
Francisca Clotilde, A Estrella, julho de 1920
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