LUAR DE AGOSTO (F. Clotilde, A Estrella, ago de 1909)
Luar de agosto, belo e resplandecente
Quando te espelha sobre o descompasso
Ao teu fulgor o coração que sente
Relembra o berço e os dias já passados.
Em céu sem nuvem - globo prateado
Se o teu reflexo vai suavemente
Beijar da flor o cálice orvalhado
Ou se combate nas águas mansamente.
Que de emoções despertas! Mais te amava
Se pelas serras, límpido brilhavas
Teu disco argenteo, em doce claridade.
Hoje tão longe, assalta-me o desgosto
E ao ver-te belo azul, luar de agosto,
Só me despertas mágoas e saudade
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