sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desenvolvimento urbano de Baturité – Séculos XVIII e XIX (Parte 1)

A Abundância de água foi um dos principais motivos da fixação do homem no solo da atual Baturité. Além daqueles que aqui fixaram residência, muitos moradores dos sertões, no verão para esta região, traziam seus animais e familiares. E especialmente nos anos de seca, multidões se refugiavam no pé da serra buscando minimizar os efeitos das mesmas. Muitos destes aqui fixaram suas residênciias. Assim foi nos anos de 1721 a 1725 quando a Seca, abateu-se sobre a Provincia.

14/04/1764 – Instalada a vila de Monte Mor o Novo d’América.

Entre os primeiros moradores do atual município de Baturité, está o Tenente Luis Gomes da Silveira, nascido em Mamanguape (antigo Monte Mor), Paraíba, em 1730, que faleceu em Monte Mor, (Baturité) em 1780.
Vindo para o Ceará, viveu no Vale do Jaguaribe. Casou-se com D. Maria Vidal de Mendonça, nascida em 1735, em Jaguaribe, e falecida na localidade de Candéia, Monte Mor (Baturité), Ceará, em 1766, com a qual teve sete filhos, dentre estes Isabel Gomes da Silveira.
Conquistou, por herança e compra vastas glebas à margem do fértil vale do Candéia e na zona sertaneja adjacente.
Viúvo, anos após, contraiu novas núpcias com D. Rosa Maria de Vasconcelos (Ana Bonifácia de Vasconcelos), filha do Capitão Manoel de Souza Abreu e de Ana Maria de Vasconcelos, pertencentes a conceituadas famílias pernambucanas e com a qual teve mais sete filhos, dentre estes: o Capitão Antonio Gomes da Silveira; Brásia Maria de Nazaré e Luis Gomes da Silveira.

Desde o lançamento solene da base de fundação da Vila em 1764 à década de 1850, as mudanças foram importantíssimas. Há noticias de que pelos inventários estudados, que compreenderam os realizados num espaço de 40 anos, a começar por um datado de 1771, dos bens deixados pelo falecimento de D. Maria Vidal de Mendonça (1766), primeira esposa de Luis Gomes da Silveira, conforme registros 30 proprietários eram possuidores de fazendas de criar, 28 “sítios de plantas” e que 29, tinham propriedades de ambas as categorias.

1777 a 1779 – Ocorreu no Ceará a chamada seca dos três sete em que a população foi severamente atingida. Por seus efeitos, morreu cerca de 5% da população brasileira. A pecuária também foi extremamente atingida. No final restou cerca de 8% do rebanho.

Num segundo inventário do casal Gomes da Silveira, 14 anos mais tarde, 1780, por morte do patriarca, verifica-se a decadência da fortuna familiar. Agora, apenas 256$000 (duzentos e cinqüenta e seis mil réis) era o quanto alcançava. A “seca dos três sete” se encarregou de reduzir a escravaria, os animais, liquidara o ouro, a prata e até mesmo os objetos domésticos.

Aos Gomes da Silveira, restavam as terras do Candéia onde a família continuava protegida de maiores adversidades pela fácil recuperação do solo fecundo e ubérrimo, pela amenidade do clima e salubridade das águas e alimentos’. (Franklin Távora. Dimensão Nacional de um Regionalista – Vinicius Barros Leal).

1790 a 1793 – Novamente aparece o flagelo da Seca - “Segundo Joaquim Catunda, neste ano, as águas desapareceram completamente em grande parte da Capitânia. Morreram os gados, os vaqueiros, muitos fazendeiros e os animais domésticos e bravios”.

1802 a 1804 – Seca.

Manoel Felippe Pereira Castello Branco, genro de Luiz Gomes da Silveira, instala-se com seu pai e irmão na Vila de Monte-Mor, torna-se proprietário de imóveis na vila e na serra entre os quais o Sitio São Luiz, onde constrói a casa Grande com engenheiro vindo do Recife.

Sobrado na atual Avenida 7 de setembro, em frente ao prédio dos correios, foi sede da Câmara Municipal desta a instalação da Vila. Portanto, em 1808 ainda abrigava a Câmara Municipal e pertencia ao filho de seu construtor que também chamava-se Luiz Gomes da Silveira (este provavelmente é o prédio mais antigo de Baturité, uma vez que sua construção antecede a instalação da vila - 1764).

A Luiz Gomes da Silveira também pertencia a casa situada atualmente na Avenida do Bosco, esquina da travessa que dá acesso ao Bairro Gustavo Sampaio – Lages.

1810 – A Vila de Monte Mor o novo da América (Baturité), apessar de já existir como Vila a 46 anos, tinha nesta época 84 casas, muitas cobertas de palha. (Jornal A Verdade, 10/09/1972, pág. 3)

1825 foi um ano que a seca abateu-se sobre o Ceará.

Sobre os efeitos da seca na formação habitacional de Baturité e sua Serra, ao comentar que o Ceará teve que pagar o Tributo de muitas Vítimas, Pedro Catão relata: - “A nossa serra, coberta de extensas matas, conservou-se incólume, úmida e abundante d`água até a terceira década do século XIX, quando de 1825 em diante, desenvolveu-se para ela intensa emigração e seqüente devastação dos seus bosques, de modo insólito e imprevidente e sem providências até hoje (1933), não obstante reclamações e advertências do próprio poder público desde 1810...” Subsidio, Geográfico, Histórico e Estatístico – Pedro Catão.

Portanto, a seca de 1825 marca o inicio da emigração sertaneja, que seria intensificada pela cultura do café, que com êxito ao mesmo tempo foi ensaiada, segundo Pedro Catão.

17/06/1830 - Ato Provincial mudou o nome de Monte Mor o Novo D`América para Baturité.

A Cadeia de Baturité, ficava no local onde hoje existe a Praça Waldemar Falcão. Mundin de Baturité, pág. 16.

1834 - 1835 – Construção de casas eram expectativas. Terrenos eram aforados para se fazer, pelo menos, a frente das futuras casas.

Exemplificando, vejamos alguns aforamentos:

30/10/1834 - Francisco Nogueira de Souza aforou 32 palmos no oitão da casa que há de fazer Antonio Castelo Branco.

13/07/1835 - Aforou Antonio Francisco Maçaranduba 60 palmos no oitão da casa que há de erigir o Capitão Francisco Chavier da Silva e Castro.

A fisionomia da Vila de Monte Mor, o Novo da América, nos primeiros anos da década de 1840, já não se parecia em nada com a antiga povoação do século anterior. As aldeias dos indios haviam perdido os ares de um lugar inóspito, abandonado nas encostas da serra de Baturité, e começaram a surgir algumas edificações, onde o melhor exemplo ainda eram as casas construídas no Candéia por Luis Gomes da Silveira e outros que também acreditavam no progresso da região. (Franklin Távora. Dimensão Nacional de um Regionalista – Vinicius Barros Leal).

Ainda assim muitas moradias eram de taipa ou choupanas.

08/02/1848 - Concedeu a Câmara Municipal da Vila de Baturité por aforamento em Efiteuzes a Josefa da Cunha da Conceição na Rua do Rio, 30 palmos de chão para levantar uma casa no lugar onde a mesma tem uma choupana.

10/01/1849 - 32 palmos de chão a Jorge da Costa Braga na Rua Nova do Comercio a frente de uma casa de palha que tem o requerente.

11/01/1849 - 20 palmos de chão na rua do Putiú entre Delfina e Thereza de Tal a Luis Antonio Pereira.

1849 – Rua Nova do Comércio, Rua do Comércio, Rua 15 de Novembro.

Desenvolvimento urbano de Baturité – Séculos XVIII e XIX (Parte 2)

No ano de 1856, o então Presidente da Província do Ceará, Francisco Inácio Homem de Melo, ao passar pelas terras serranas de Baturité, escreveu em suas memórias:

“Atravessei diversas fazendas, muitas delas importantes. Não havia ali escravo. Homens bravos, bem conformados, sadios, mostrando em seus movimentos a dignidade de um ente livre, apareciam-me por toda a parte, executando, com desembaraço e alegria, os diferentes trabalhos da Lavoura”.

E acrescenta:

“Estas terras rateadas com tanto cuidado, brotando do seu seio os tesouros da abastança, não recolheram uma lágrima, nem ainda o sangue do escravo as tornou para sempre estéreis”. (Francisco Inácio Homem de Melo, Tricentenário da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará (1603-1903) Fortaleza Ceará).
(Franklin Távora e o seu Tempo, por João Aguiar, páginas 26 e 27). (História Baturité, época colonial – Vinicius Barros Leal – Séc. Cultura e Desporto, 1981).

Mesmo na década de 1850, já proximo da Vila de Baturité, ser elevada a categoria de cidade, existiam muitas moradias de taipa e choupanas de palha:

30/01/1857 – 50 palmos de terreno, a Augusto Nogueira de Queiroz, para edificar uma casa na rua nova da Laranjeira encostado a uma choupana de palha.

21/04/1857 – 35 palmos de terreno a Miguel da Silva Brandão para edificar uma casa, onde o mesmo tem uma casa de palha.

21/04/1857 – 30 palmos de terreno para edificar uma casa a Barnabé Francisco da Silva, junto a casa de José Antonio Macaúba, que fica entra as cabanas de Miguel Brandão e Alexandre Barbosa.

25/04/1857 – José Ferreira Nunes aforou 32 palmos de chão para edificar uma casa na rua que segue pela estrada Labirinto que tem pelo poente, e para isto se sujeitou a levantar dita casa, ou que ao menos a frente no prazo de um ano a contar desta data sob pena de ser considerado devoluto o terreno.

1860 a 1862 - Terrível epidemia de cólera varreu os sertões nordestinos. <Às Margens da História do Ceará> Gustavo Barroso. Ed. ABC.

15/02/1861 – 32 palmos de terreno a José Ferreira Nunes para edificar uma casa na Rua do Genipapeiro da parte do poente no lugar onde já se acha edificada uma pequena casa de taipa.

15/02/1861 - 47 palmos de terreno a Lourenço Alves da Costa, para edificar uma casa na Rua do Genipapeiro aonde o mesmo já tem edificadas duas casinhas de taipa da parte de baixo com o foreiro o finado Capitão José Freire da Silva.

15/02/1861 - 26 palmos de terreno a Francisco Lopes Montanha, para edificar uma casa na Rua Nova do Rio Aracoiaba abaixo das frentes de José Perfeito do Nascimento, onde já tem edificada uma casinha de taipa.

15/02/1861 – 30 palmos de terreno a Manoel Alves Ribeiro Pereira, para edificar uma casa na Rua do Genipapeiro, aonde o mesmo já tem uma choupana.

15/02/1861 – 40 palmos de terreno a José Alves de Carvalho Franco, para edificar uma casa, na Rua Nova do Rio ao norte da Matriz desta Cidade no lugar aonde o mesmo já tem uma casinha de taipa.

15/02/1861 – 30 palmos de terreno a Antonio da Costa Maciel, para edificar uma casa na Rua Nova do Rio ao Norte da Igreja do Rosário, cujo terreno o mesmo já tem uma choupana de palha aonde mora.

15/02/1861 - 35 palmos de terreno a Luis Antonio de Franca, para edificar uma casa na Rua Nova da parte do Rio Aracoiaba, junto a Casa de José Perfeito no oitão da parte de baixo, onde o mesmo já tem uma casinha de taipa.

15/02/1861 – 35 palmos de terreno a Luis Antonio de Franca, para edificar uma casa na Rua Nova da parte do Rio Aracoiaba, junto a Casa de José Perfeito no oitão da parte de baixo, aonde o mesmo já tem uma casinha de taipa.

15/02/1861 – 30 palmos de terreno a Thereza Maria de Jesus, para edificar uma casa na Rua da Laranjeira do pé da casa do Cego Sinirdo onde a mesma já tem uma casinha de taipas.

15/02/1861 – 20 palmos de terreno a Francisca Maria de Jesus, para edificar uma casa no Lugar denominado Lagoa do Tenório, onde a mesma tem uma choupana.

15/02/1861 – 30 palmos de João Baptista Jacú, para edificar uma casa no lugar denominado Lagoa do Tenório, onde o mesmo já tem uma choupana.

15/02/1861 – 35 palmos de terreno a Maria Duarte da Silva, para a mesma edificar uma casa na uma da travessa que fica detrás da Matriz aonde uma “puchada” coberta de telha.

15/02/1861 – 26 palmos de terreno a Luis Antonio de Brito, para edificar uma casa na Rua do Genipapeiro aonde já tem uma choupana.

16/02/1861 – 50 palmos de terreno a Joaquim Rodrigues Pinto, aonde o mesmo já tem uma casa de taipa que edificou Antonio Francisco de Souza.

18/02/1861 - 35 palmos de terreno a Francisco José Ramalho, para edificar uma casa onde o mesmo já tem uma choupana.

Notadamente, existiam os ricos, que construiram belas residencias e sobrados como Manoel Dutra de Sousa, que

em 21/07/1857:
aforou 355 palmos na Rua da Laranjeira (terreno onde acha-se edificado atualmente o Forum Governador Virgilio Távora, antigo solar dos Ramos);

possuía em 1875:
uma frente de tijolos na Rua do Rio;

em 20/11/1875:
aforou 300 palmos de terreno na Rua do Assude , vizinho a casa do mesmo, fazendo quina com o sobrado do mesmo.

Possuía nos anos de 1882 e 1883 imóveis:
na Praça da Matriz nº 2, 32;
na Rua do Commercio nº 5, 6, 8, 10, 18;
na Rua 7 de Setembro nº 11, 29, 8, 10, 60, 62;
na Rua da Laranjeira (atual Rua Padre Antonio Pinto) s/n (4);
e na Rua da Cadeia s/n.

A primeira demarcação urbana foi estabelecida pela sessão extraordinária da Câmara de 20/03/1862:
“Seguindo pela estrada que vai para a Capital fica extremada ao pé de um pau d’àrco que fica abaixo da ribeira, seguindo pela estrada do Labirinto fica estremada no lugar Cajazeiras nos limites do sitio do Vigário Raimundo Francisco Ribeiro e Alexandre Ferreira da Silva e fica extremado pelos lado os fundos dos quintais das ultimas ruas”.

Quanto a serra, instala-se a produção de café e de frutas, que estimolavam o desenvolvimento econômico da região.

José Alexandre Castello Branco - 1864 - Vendeu o sítio Pendência (Pacoti) a Luis Ribeiro da Cunha por 7.600$000, sete contos e seiscentos mil reis. Na escritura diz que o sítio pertenceu a Luis Rodrigues Pereira, Manoel Barboza, Manoel Maciel e José da Costa Pimentel e José Avelar. No sítio havia plantações de café, laranja e lima.

Houve também a contribuição dos que aqui chegaram, contratados pela Câmara Municipal para para o exercício das mais diversas atividades, como Amaro Cavalcante (professor de latim)que chegou a Baturité em 1872. Construiu diversos prédios públicos. Demoliu ruelas e em seu lugar construiu a Praça que hoje tem seu nome e que é em parte ocupada pelo prédio do Correio. Por detrás da Praça, construiu sua residência.

Praça Waldemar Falcão – Antes era onde estava a Cadeia Pública.

1877 - Seca – Novamente, o flagelo atingiu o sertão. A pecuária foi severamente atingida, Segundo Thomaz Pompeu, no Ceará o gado ficou reduzido a 1/8. Fazendeiros que recolhiam 1.000 bezerros não ficaram com 20 nos anos seguintes.
Os efeitos da seca, fome, cólera, febre amarela, varíola e devido ao desequilíbrio ecológico: praga de cascáveis.

1878 - Seca - A Igreja de Santa Luzia de Baturité foi inaugurada em 07/09/1879. Sua construção foi iniciada na grande seca de 1877/1878 pelo Governo Imperial como obra de assistência aos flagelados.

O Prédio da Prefeitura Municipal de Baturité, teve sua construção iniciada em 1878, como obra de assistência aos flagelados. Assim como também o prédio da Cadeia Pública.

Milhares de cearenses acabaram forçados a emigrar para o Amazonas. Só de janeiro a junho de 1878, pelos portos de Fortaleza e Aracati, cerca de 35.000 deixaram a Província, a maioria para a Amazônia. O próprio Governo estimulava a emigração ao distribuir as rações dos flagelados e pagando passagens.

Em Baturité, a Câmara foi acusada de não só se desinteressar dos problemas dos flagelados – chegando a demitir o médico que cuidava dos pobres, como também de aumentar os salários dos seus funcionários.
Morreram no Ceará cerca de 200.000 de 1877 a 1880.

1879 – Seca.

1882 - Neste ano, inaugurou-se a estação da estrada de ferro de Baturité, grande realização de João Cordeiro, a convite de quem visitou Baturité, o grande orador abolicionista José do Patrocínio.

25/03/1883 - Abolição dos Escravos em Baturité.

1888 - Seca - O Governo Imperial constrói a estrada Baturité a Conceição (Guaramiranga), usando a mão de obra dos flagelados da seca.

1898 a 1900 – Seca.

Sobre as pessoas que moravam na cidade, escreveu José Maciel:

Baturité era, então, essa gente, esses patriarcas que, somados a muitos outros seria longo e fastidioso descrever. Muitos desses antepassados acostumados, de boa vontade, à conjuntura criada pelo natural envolver do tempo, aderiram ao surto migratório que levou para a Capital do Estado uma considerável parcela da população, de modo que, dentro de uma década, a cidade viu renovado o seu elemento humano.

É de crer que tenha acontecido o mesmo por todos os recantos do norte, de vez que o fim da segunda guerra significou não só para nós, mas para o mundo inteiro, a renovação das coisas, do tempo, dos homens, da vida enfim. (Crônica de José Maciel – Jornal A Verdade 10/09/1972. O velho Torrão.)

Fontes:
Jornal a Verdade. Edições de 1981 – Velhos troncos de Baturité – Castelo Branco.
Mudim de Baturité - Traquinices e Traquinadas.
Livro de Óbitos da Baturité - 1877
Livro de Aforamentos da Prefeitura Municipal de Baturité
Livro de Registro de Imóvel da Prefeitura Municipal de Baturité
Subsidio, Geográfico, Histórico e Estatístico - Pedro Catão.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DICIONÁRIO DE EXPRESSÕES POPULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA

DICIONÁRIO DE EXPRESSÕES POPULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA
SILVEIRA, JOÃO GOMES DA


Imagine um dicionário onde se possa localizar frases verbais que ouvimos diariamente pelas ruas, com seu significado explicado e detalhado. Ele existe e é mais um "expressionário" do que um compêndio, como o próprio autor o classifica.

O "Dicionário de Expressões Populares da Língua Portuguesa" (WMF Martins Fontes, 2010), de João Gomes da Silveira, agrupa --em volume único-- gírias e outros modismos luso-brasileiros da língua portuguesa. Língua essa que se reinventa dia após dia, fala após fala.

Para tanto, em 956 páginas, encontramos os mais variados significados para expressões como "cair nas garras de", "pagar gato por lebre", "tirar leite da pedra", entre outras.

Gomes da Silveira "faz escola" com o volume. Semelhante à uma hiperoficina oral, folheamos as páginas do volume em busca dos bastidores das frases que falamos com frequência.

As informações contidas na obra foram colhidas a partir de dicionaristas, filólogos, estudiosos do folclore e dos meios de comunicação, além da observação direta e das muitas citações às literaturas brasileira e portuguesa.

O autor, como ele próprio reconhece, não esconde o chulo. Pelo contrário, cita e o registra em sua obra. A linguagem popular instala-se em cada metro quadrado de verbete curioso.

O volume apresenta expressões verbais de conteúdo idiomático, decodifica semanticamente as frases e as associa à linguagem coloquial, circunscreve os termos nacional e/ou regionalmente e os subsidia com informações e/ou exemplos. (folha.uol.com.br)

O presente trabalho é uma hiperoficina de gírias e outros modismos luso-brasileiros. Ele traz à tona a inimaginável riqueza idiomática contida nas frases verbais. Glossário monográfico, a rigor, o Dicionário de expressões populares da língua portuguesa tem por fim explicar os significados de um campo específico, o das frases verbais. Tenta ser fiel ao nosso acervo idiomático. Restringe-se às expressões – ou sintagmas, como querem os linguistas – puramente verbais. Ou seja, tal fraseologia passa a ter vida própria a partir da classe gramatical dos verbos.

ISBN: 9788578273040
Número de páginas: 980
Editora: WMF MARTINS FONTES
Acabamento: Brochura costurada e colada
Formato: 17 X 24 cm
Peso: 1,300gr.
Edição: 1ª Edição - 2010

Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090
Por: 98,00

O autor
João Gomes da Silveira nasceu em 1941 no município de Redenção, CE, e fez as primeiras letras no povoado de Serrinha, atual Guaci, distrito de Redenção. É licenciado em Letras e pós-graduado em Língua Portuguesa pela UECE. Tem inédito, ainda sem editor, um “Glosario esencial del español popular”, bilíngue.