Castelo Branco deve o seu nome à
existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colinada Cardosa,
em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.
Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta
data, de doação aos Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido
por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213 recebeu foral de Pedro Alvito, cedido
pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O Papa Inocêncio
III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.
Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as
muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior desta delimitação
encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui
se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares,
até ao século XIV.
Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo
mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se
assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das
melhores da Beira Baixa.
O Paço Episcopal (anexo ao atual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um
dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de
Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos de Castelo
Branco a partir de 1771. O atual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até
1946, abrindo como museu em 1971.
Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de
Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881. A emissão da Carta Régia de 15
de Abril do ano seguinte e o Breve Apostólio teve a data de 19 de Junho do
mesmo ano, conferindo à cidade o diploma de cidadania. A partir desta data a
cidade acolheu de regresso vários elementos abastados da burguesia e nobreza, o
que levou à construção de palácios e solares, o melhor do patrimônio cultural
desta cidade.
A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo
Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública,
passo importante para o desenvolvimento da cidade. Com efeito, a cidade viria a
tornar-se capital do distrito em 1959.
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