sábado, 5 de outubro de 2019

Matias Pereira Castelo Branco - Naturalidade




     O enigma da naturalidade de Matias Pereira Castelo Branco resolvido com a colaboração do seu descendente Tenente - Coronel Rommel Diógenes Castello Branco e do bragantino Engº António José Dias Pereira Mendes.

Matias é natural da Freguesia de Nossa Senhora das Graças de Fragosela, Concelho e Distrito de Viseu. Nos termos cearenses, somente Freguesia de Nossa Senhora das Graças, Bispado de Viseu, o que mesmo assim permitiu documentar a sua naturalidade e termos de casamentos de seus pais e de batismos de seus irmãos.

Termo de casamento dos pais de Matias Pereira Castelo Branco.

“Em os vinte e cinco dias do mês de novembro de 1679 anos, nesta Igreja de Nossa Senhora das Graças das Fragozellas, Fragosela, se receberam por palavras de presente em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, na forma do Concílio Tridentino e Constituição deste Bispado, Antônio Pereira Queiroz Castelo Branco, (batizado a 07.05.1654), filho de Antônio Cardoso e de Cristina Pereira Castelo Branco, (casados a 05.09. 1649,) moradores que foram no lugar Tibaldinho, Freguesia de São Vicente de Alcafache, (Concelho de Mangualde, Viseu,) e Dona Isabel de Castelo Branco e Tábora (Távora, batizada a 04.01.1644), filha que ficou de O.?. Pedro Ferrão, Geraldo Ferrão e de Dona Margarida Rebello de Loureiro, moradores que foram no lugar de Prime, foram testemunhas Tomás da Silva e Antônio João deste lugar de Prime, e por verdade fiz este termo que assinei, o Padre Cura Francisco Nunes Teixeira.”

Termos de batismos de irmãos de Matias Pereira Castelo Branco.

“Em os doze dias do mês de fevereiro de 1681 anos, batizei a Mariana, filha de Antônio Pereira e de sua mulher Dona Isabel de Castelo Branco, (do lugar) de Prime, e foram padrinhos o Reverendo Cônego Pedro de Mesquita, da cidade de Viseu, e Dona Ana de Castelo Branco tia da batizada, e por verdade fiz este termo que assinei, O Padre Cura Francisco Nunes Teixeira.”

 Em os quatro de março de 1683 anos, batizei a Antônio, filho de Antônio Pereira de Queiroz Castelo Branco e de sua mulher Dona Isabel, do lugar de Prime; foram padrinhos Manoel de Azevedo, da cidade de Viseu, e Dona Maria Castelo Branco tia do batizado, do lugar de Prime, e por verdade assinei, O Padre Cura Francisco Nunes Teixeira.”

 “Em os dois dias do mês de maio de 1686 anos, batizai a Michaela, filha de Antônio Pereira e de sua mulher  Dona Isabel, do lugar de Prime, e foram padrinhos, Manoel de Almeida, da cidade de Viseu, e batizou o Padre Jorge de Vasconcelos da dita cidade, de que fiz este termo e assinei O Padre Cura Francisco Nunes Teixeira.”

Filhos por Antônio Cardoso e Cristina Pereira Castelo Branco.

Christa, Cristina, filha de Antônio Cardoso e de sua mulher (Christa) Cristina Pereira, do Tibaldinho, batizou o Padre Manoel Cardoso, tio, a 30 de maio de 1650, de que foram padrinhos Diogo Borges, tio, e Catarina Francisca do dito lugar, era ut supra. O Abade Sebastião Pinto.

Arcângela, filha de filha de Antônio Cardoso e de Christina Pereira, do Tibaldinho, batizou o Reverendo Abade a 16 de maio de 1652, e foram padrinhos João Cardoso de Abrantes e  morador em Viseu, e sua irmã  Madalena, era ut supra O Abade Bartolomeu Coelho Rosado.”

Antônio, filha de Antônio Cardoso e de sua mulher Cristina Pereira, moradores em Tibaldinho, batizou o Padre Antônio Marinho de minha licença, a 07 de maio de 1654, e foram padrinhos, eu o Abade Bartolomeu Coelho Rosado e Dona Maria da Silva todos desta Freguesia de São Vicente (de Alcafache), era ut supra o Abade Bartolomeu Coelho Rosado.”

Cf. Livro de Batismos, Matrimônios e Óbitos, N. Senhora das Graças, Fragosela, Viseu. 1672/1747. familysearch.org. 27,30,36,57.

Cf. Livro de Batismos, Matrimônios e Óbitos, N. Senhora das Graças, Fragosela, Viseu. 1638/1675. familysearch.org. 12,15.

Cf. Livro de Batismos, Matrimônios e Óbitos, São Vicente de Alcafache, Mangualde, Viseu. 1631/1688. familysearch.org. 31,34,38. 



familiascearenses.com.br

Francisco Augusto de Araújo Lima  

Baturité - Terra de Imigrantes


Baturité – Terra de Imigrantes



Pode-se dizer que Baturité, desde a sua origem, “abriu os braços” para aqueles que aqui vinham em busca de abrigo, água, alimentos, enfim instalar-se e usufruir das benesses que esta terra generosa proporciona.  

Inicialmente o habitante nativo, aceitou a convivência com os Portugueses, 9 dos quais estavam presentes em 14 de abril de 1764, quando houve a instalação da Villa de Monte-Mór o Novo da América.

Aqui também já estavam aqui pessoas oriundas de outras terras brasileiras.

Este inicio acolhedor, perpetuou-se em toda a sua existência. 

Pessoas que contribuíram para Baturité.

Antes de 1764

1 – Luiz Gomes da Silveira, PARAIBANO, antes de 1764, construiu o sobrado que depois sediaria a Câmara Municipal por mais de 100 anos;

Construiu também as primeiras casas de alvenaria, que serviram de modelo para as casas que foram construídas posteriormente. (Uma de suas casas ainda existe);

Construiu diversas casas no Candéia;

Introduziu o beneficiamento da cana na Região.

Antepassado de  muitas famílias de nossa cidade: Silveira, Castelo Branco, Correia Lima, etc

1764

2 – Victorino Soares Barbosa, Ouvidor-Mór, que instalou a Vila de Monte Mór o N’ovo da América em 14 de abril de 1764. (Origem da cidade de Baturité);

Delimitou a área da Vila e mediu o terreno das primeiras casas e da futura Matriz na atual Praça da Matriz.

3 - Francisco Soares Correya – PORTUGAL - Juiz da Villa em 14/04/1764.


4 - João Rodrigues (Roiz) de Freitas – PORTUGAL - Capitão, Diretor da Villa em 14/04/1764;

aparece como ex-tesoureiro em 1776.

5 - Jozé dos Santos Silva (José dos Santos Silva) – Morador, Foreiro em 14/04/1764;– possuía um Sitio em 1831; aforou 30 palmos de terreno em 14/08/1851;

Nasceu em Portugal na Freguesia de São Pedro Ratos, Porto;

Casou-se em Aquiraz e fixou-se em Baturité.

Entrelaçou-se com a família Moreira Barros.

1770

6 - João Ferreira Lima Nascido em Portugal, casou-se em Baturité em cerca de 1770; entrelaçou-se com a Família Pereira.

1802

7 - Antonio da Motta Silva – Capitão, afiançou em 1802 a João Francisco Tavares de Mello, na arrematação das carnes frescas e secas para 1803;

Morava no Riacho do Sangue, Fazenda Jardins.

1804

8 - Francisco José de Moraes – em 1804 afiançou ao Sargento-Mór José Severino de Vasconcellos na arrematação do contrato de carnes frescas e secas para 1805;

presente a sessão de 10/10/1824, que aprovou o apoio de Monte Mor Novo à Confederação do Equador.

1805

9 - Antonio Correia Dormont – Arrematou em 1805, o contrato do curral do assogue; Procurador do Conselho da Câmara em 09/05/1815.

1809

10 - Francisco Pereira Torres – em 1809, morava no Putiú;

em 21/07/1809 respondeu a diversas proposições que lhe fez a Câmara, por ter sido della escrivão muitos anos, sobre provimentos que deixou o erector da Villa e que já não existem no arquivo.

1810

11 - Francisco Bezerra de Menezes – em 11/12/1810 arrematou contrato de carnes frescas e secas para 1811;

em 15/01/1814, afiançou Eufrásio Alves da Silveira, na arrematação do contrato de carnes frescas e secas para 1814.

1812

12 - Francisco José de Matos – Cirurgião - Nasceu em 10/1812 e faleceu em 04/10/1876; Deputado Provincial de 1846 e 1847 e de 1848 e 1949.

1824

13 - Manoel Felipe Castel Branco (Manoel Felippe Pereira Castello Branco) – BANABUIU - Veio para a Vila com seu Pai Antonio Pereira Castello Branco e seu tio Pedro Pereira Castello Branco, fugindo dos efeitos das secas do fim do século XVIII, aqui se estabelecendo;

Tenente Coronel, presente a sessão de 10/10/1824, que aprovou o apoio de Monte Mor Novo à Confederação do Equador, fato que posteriormente rejeitou, passando a comandar a resistência à citada Confederação;

Como conseqüência passou a ter notável influência política, a qual transferiu aos descendentes. Vereador, propôs a abertura da estrada Baturité-Redenção pelo Vale do Candéa, que foi traçada por ele mesmo, as suas próprias custas;

aforou 185 braças na Villa em 1837; 

aforou 60 palmos de terreno na Rua Nova em 10/01/1849.

Foi comandante de Tropas Militares.

14 - Pedro José de Castello Branco (Pedro José Pereira de Castello Branco) – Herdou a influencia política do pai, foi Vereador (Presidente da Câmara) diversas vezes e Deputado Provincial;

arrematou o contrato da facção de um curral do açougue em 26/04/1856;

aforou 60 palmos na Rua do Rio Aracauaba em 28/04/1860, onde tem Beco vai fazer uma feira;

Quando Presidente da Câmara deu inicio a construção o Mercado Público em 1877 e promoveu a abertura da estrada ligando ao Putiú, a atual Avenida Dom Bosco.

1857

15 - Manoel Dutra de Sousa (Manuel) – Contribuiu muito para o desenvolvimento urbano da Vila;

Aforou 355 palmos na Rua da Laranjeira em 21/07/1857, (onde hoje existe o FÓRUM);

possuía imóveis na Praça da Matriz nº 2, 32, na Rua do Commercio nº 5, 6, 8, 10, 18, na Rua 7 de Setembro nº 11, 29, 8, 10, 60, 62, na Rua da Laranjeira s/n (4), e na Rua da Cadeia s/n nos anos de 1882 e 1883;

possuía uma frente de tijolos na Rua do Rio em 1875;

Capitão em 1875;

aforou 300 palmos de terreno na Rua do Assude em 20/11/1875, vizinho a casa do mesmo.


1858 (Cidade)

16 - Raimundo Cicero Sampaio (Raymundo Cycero Sampaio) – PACOTI - aforou 40 palmos de chão na Rua que fica por detrás do Rozário em 14/01/1858;

Vereador (Presidente da Câmara), em 1877 deu inicio a construção do Prédio da Prefeitura Municipal;

1869

17 - Felinto – Doutor; Vereador em 12/01/1869, propôs a Construção de uma Casa da Câmara em frente a Casa do Vigário;

1872

18 - Amaro Cavalcante – Nasceu no Rio Grande do Norte, chegou em Baturité em 1872; construiu diversos prédios públicos, entre os quais a Escola onde posteriormente funcionou o Tiro de Guerra, e promoveu a organização urbana da área onde hoje existe o prédio dos Correios eliminado os barracos de taipa que ai existiam, na rua detrás (atualmente São Paulo) construiu sua residência (hoje casa dos herdeiros do Sr. Marcelino);

atuou como Professor de Latim em 29/12/1876;

Faleceu como Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal;

1882

19 - Raimundo Francisco Ribeiro – Reverendo, Vigário; - possuía 03 imóveis Rua do Rozário s/n nos anos de 1882 e 1883;

aforou, com o Bacharel Domingos Carlos Gerson Sabóia, 150 palmos de terreno na estrada que segue para o Labirinto em 25/01/1871;

possuía casa em 1857; aforou 165 palmos de terreno no pátio da Matriz em 29/04/1862; aforou 80 palmos de terreno na Rua do Rozário na Praça da Matriz em 25/01/1871;

Outros depois de 1900.

21 – Ananias Arruda -  SOBRAL, construção de diversos prédios: Colégios, Hospital, Jesuítas, etc;

22 – Capitão Ozimo de Alencar – Pavimentação das vias públicas e alinhamento das calçadas das principais ruas;

23 – Senador João Cordeiro – Industrial. Contribuiu decisivamente para o progresso de Baturité, quando forçou que a estrada da ferro passasse por Baturité.

Senador João Cordeiro
Nasceu em 31 de agosto de 1842 em Santana do Acarau e faleceu em Fortaleza em 12 de Maio de 1931.

Em 1883, fundou em Baturite a Fabrica Proença em sociedade com Bernardino Proença.

Foi Senador da Republica.

A industria intensificou-se também no começo da década de 1880, quando Bernardino Proença de volta de sua fazenda cafeeira, Tamanduá ou Babilônia, onde construira o maior açude da serra, remodelou na cidade uma fabrica de beneficiar algodão a que, com parceria de João Cordeiro, agregou maquinismos de beneficiar açúcar, fazer sabão e bebidas. A semente de algodão, que ate então servia apenas para combustível e estrume, começou a ser utilizada em óleo, sabão e resíduo alimentício dos animais.

Esta fabrica, em novembro de 1906, foi transferida para o bairro Putiu, criando uma filial em Riachao, e depois perteceu ao Coronel Jose Pinto do Carmo.  (Pedro Catao),

24 – José Marcelo Holanda – Deputado estadual, prefeito 2 vezes. Em sua gestão, foi construído o Centro Social Rural, Centro Social Urbano, Ceasa, Ponte das Lages, Abertura da Avenida Francisco Braga Filho, construção do Conjunto Maria José Viana, Restaurou até os fundamentos o Prédio da Prefeitura Municipal de Baturité;

25 – Fernando Lima Lopes – Médico, Prefeito. Promoveu a pavimentação das vias urbanas e a eletrificação de quase toda zona rural.  Promoveu a organização administrativa e do quadro de pessoal da Prefeitura.      

26 – Raimundo Ivo dos Santos Oliveira – Médico, Prefeito.     

27 - Coronel Bernardino Duarte de Carvalho Proença (Bernardino Proença)

Nascido em Portugal em 30 de abril de 1850, faleceu em 29 de  setembro de 1910.
Em 1883, fundou em Baturité a Fabrica Proença com João Cordeiro.

Proprietário em Baturité dos seguintes imóveis:
Rua do Commercio nº 1 – (1882-1905)
Rua do Assude – (1882-1905)
Rua 7 de Setembro – (1900-1905)
Rua 1º de Marco – (1900-1905)
Praça Dr. Cordolino – (1900-1905)

Em Baturité, a indústria intensificou-se no começo da década de 1880, quando Bernardino Proença de volta de sua fazenda cafeeira, Tamanduá ou Babilônia, onde construíra o maior açude da serra, remodelou na cidade uma fabrica de beneficiar algodão a que, com parceria de João Cordeiro, agregou maquinismos de beneficiar açúcar, fazer sabão e bebidas.
A semente de algodão, que ate então servia apenas para combustível e estrume, começou a ser utilizada em óleo, sabão e resíduo alimentício dos animais.
Esta fabrica, em novembro de 1906, foi transferida para o bairro Putiu, criando uma filial em Riachão, e depois pertenceu ao Coronel Jose Pinto do Carmo. (Pedro Catão),
Foi Intendente de Baturité, de junho de 1893 a dezembro de 1898.

29 - Francisca Clotilde

Professora e Escritora de renome. Escreveu artigos para o Jornal o Libertador bem como para publicações do Sudeste do Pais.
Primeira mulher a lecionar na Escola Normal de Fortaleza.
Fundou juntamente com sua família  Colégio em Aracati.  

e muitos, muitos outro(as):