terça-feira, 13 de janeiro de 2015

As Curriolas - Mário Mendes Junior

          Quem teve o prazer de ler os comentários do Hugo Pinheiro, na certa tirou do esquecimento  personalidades, jovens do universo urbano dos bairros, “lá de baixo” e “lá de cima”, de Baturité. O ponto de encontro de todos era a Praça Santa Luzia.   Dalí, entre 1945 e 1951 fruto  nasceram as melhores bricadeiras nascidas da criatividade mesma das duas turmas.
           Pesquisador percuciente Hugo Pinheiro, em primeiro lugar rende homenagem à sua curriola “lá de baixo”. Primiro os moradores da própria Praça Santa Luzia. Seus amigos: Gilson Viana Martins (o Quirrite); Francisco Rocha Victor (o Neném); os irmãos Rainá e Souzinha (filhos do Sr. Napoleão e Dona Raimundinha); José Alfredo Pinheiro, o Mandioca o irmão dele ; João Viana, (o João Caravana);  Paulo Rocha, filho do seu Rocha; Luiz, o Loló da Dona Lica, o Aviador da família Figueiredo;  Joacy Pereira Lima e Romualdo Pereira Lima, filhos do Sr. Seu Leôncio do Bar; Heleno, da família Arruda; Ivanirton e Airton Garcia ( os irmão da Rua de Tras),  Lindenberg e Cleto, filhos do tenete Faraó;  Raimundo Alexandre (o Lambe-Lambe), Edmar e Eliomar, o Chinês os tres filhos do Sr. Clarindo, comerciante do mercado residente no Calçamento; Carlos Bandeira irmão da Lalá; Chico Victor, o Chico do Zé Lopes;  Fernando Simões; Joselí Vian, Pinheirinho e Leônidas. Deu enfase ao mais endiabrado: o Benbedito Mosquito, famoso pelo costume de explodir bombas rasgra lata com um sapo cururu em cima para subir às alturas. Dos menores Hugo citou  João Rodolfo Pinheiro; os irmãos Maninho e Bebeto, filhos do Mario Mendes;  Marcelo Victor, o cabeça de gato; Inácio, filho da Dona Lili; e os da da Rua Trás: Toinho e João Alberto, filhos da dona Puri, Zé de Deus, Luciano Santana e Aristóbulo. Estes pela condição de menor, eram expulsos do patamar da Igreja para dar lugar aos maiores que chegavam para brincar de RUBALÉ.
            Dos “lá de cima”, moradores das bandas da Rua Sete de Setembro, Rua Quinze, Avenida Proença, Praça da Matriz e seus arredores, o memorialista desenha nomes inequecíveis: Zé Helder, o Jacaré; os irmãos alves, Augusto, Luiz e Zezé;  os Furtados, João Batista, Ernani e Beni; o Rômulo, o Seu Romulo; José Ábner e o irmão Carlos Gomes; os outros Futados, Gil, Zoró, Múrcio e Marcio, José Olavo e Ernani Dantas, estes irmãos da Tetê do Aedo e da Maria do Carmo; Juarez e Eurico Arruda, os filhos mais novos do Sr. Raimundo Arruda.
           Dos bandalhos “lá de cima” o destaque ficou por conta do Luzardo Sampaio rapaz que dava muito trabalho a seu pai, Zé Sampaio do Bar, que castigava as traquinagens do filho com “surra” de cinturão.
            Como uma coisa é “mapiar à toa e outra é falar com tento” Aguía tirou da cartola as diabruras de duas figuras antológicas no cenário baturiteense de seu tempo:
         - O Miguelzinho Arruda, grande intérprete da música italiana e portuguesa, artista obrigatório dos programas promovidos pelas irradiadoras locais com a animação do Olavo Peixoto; e
          - Diderot Franco, que ao se embriagar desdizia da razão rasgando dinheiro. Numa dessas, atitude de doido confesso, uma vez quando rasgou várias cédulas de “um mil cruzeiros”, teve que ser internado pelo pai, intelectual e jurista Augusto Franco, num hospital psiquiátrico.

 
Obs: Conforme Luiz Alves (Luiz Castelo Branco dos Santos), era costume colocar apelidos nos colegas, e o Miguel Arruda, tinha o apelido de: Micanhanô cocopeco (cujo significado desconheço).  Marcus Castelo Branco.

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