No ano de 1856, o então Presidente da Província do Ceará, Francisco Inácio Homem de Melo, ao passar pelas terras serranas de Baturité, escreveu em suas memórias:
“Atravessei diversas fazendas, muitas delas importantes. Não havia ali escravo. Homens bravos, bem conformados, sadios, mostrando em seus movimentos a dignidade de um ente livre, apareciam-me por toda a parte, executando, com desembaraço e alegria, os diferentes trabalhos da Lavoura”.
E acrescenta:
“Estas terras rateadas com tanto cuidado, brotando do seu seio os tesouros da abastança, não recolheram uma lágrima, nem ainda o sangue do escravo as tornou para sempre estéreis”. (Francisco Inácio Homem de Melo, Tricentenário da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará (1603-1903) Fortaleza Ceará).
(Franklin Távora e o seu Tempo, por João Aguiar, páginas 26 e 27). (História Baturité, época colonial – Vinicius Barros Leal – Séc. Cultura e Desporto, 1981).
Nenhum comentário:
Postar um comentário