Francisca Clotilde nasceu em Tauá, Ceará aos 19 de outubro de 1862. Filha de João Correia Lima e Ana Maria Castelo Branco. Do sertão dos Inhamuns a família se mudou para a Serra do Baturité e de lá, a menina passou a estudar em Fortaleza, capital da Província, no Colégio Imaculada Conceição, de onde saiu apta para o magistério.
Ávida por liberdade, engajou-se no Movimento Abolicionista; já então se notabilizava pela vocação poética. Em 1884, por concurso público foi nomeada com o título de professora para a Escola Normal de Fortaleza. Concomitantemente ao trabalho de educadora, colaborou na imprensa em verso e em prosa: Cearense, Gazeta do Norte, Pedro II, O Libertador, A Quinzena, A República, Almanaque do Ceará, no Ceará; também na imprensa de outros estados brasileiros, como por exemplo, Almanaque das Senhoras Alagoanas; O Lyrio, de Recife; A Família, de São Paulo e Rio de Janeiro etc.
Ao ser demitida da Escola Normal (sua pena incomodava os poderosos), fundou externato próprio que funcionou em Fortaleza, depois em Baturité, de onde continuou colaborando na Imprensa.
Além de poetisa, foi também contista, cronista, jornalista, dramaturga e romancista. Em 1902 veio a público o romance A Divorciada. Pelo tema, há de se imaginar o abalo na sociedade e o preço que a romancista pagou pela "ousadia".
Em 1908 transferiu-se com a família, o externato e a revista A Estrella para a cidade de Aracati, onde passou 27 anos de sua vida dedicados à educação da Zona Jaguaribana.
Seus filhos Antonieta, Aristóteles e Angelita seguiram o exemplo da mãe - todos percorreram o árduo caminho de educar.
Faleceu em Aracati aos 08 de dezembro de 1935.
Ao ser fundada a Academia Feminina de Letras, em Fortaleza, sua ex-aluna da Escola Normal de Fortaleza, Alba Valdez, a tomou para madrinha.
Na Ala Feminina da Casa de Juvenal, Francisca Clotilde é patrona da cadeira que teve como primeira ocupante uma ex-aluna de Aracatis, Stella Maria Barbosa de Araújo. É nome de logradouro na cidade de Fortaleza. É nome de grupo teatral na cidade de Aracati. Nessa mesma cidade foi criada, por familiares e amigos da cultura, a Associação Cultural Solar das Clotildes (22/10/2005). É patrona da cadeira No. 11 na Academia Tauaense de Letras (05/03/2005). É nome do Centro de Referência da Mulher em Fortaleza (08/05/2006). Por último, a Câmara Municipal de Tauá aprovou projeto de lei que dá nome de logradouro à ilustre conterrânea.
Sua obra tem sido tema de monografia em várias universidades do Brasil.
Anamélia Mota.
2 comentários:
Meu primo, porque não faço parte desta historia ? tambem sou da família rsrsrsrs
Meu caro primo,
claro que vc faz parte desta história. Aqui estão seus avós, seus pais, enfim as raizes de onde vc cresceu.
Em breve, publicarei mais informações que o surpreenderão.
Um abraço
Marcus
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