Tenente Coronel Pedro
José Pereira Castello Branco
Filho de Manoel Felipe Pereira Castello Branco
e de Isabel Gomes da Silveira, também conhecida Isabel Maria de
Nazaré.
Nascido em Monte Mór em 1818. Padrinhos: Pedro
Pereira Castello Branco e Maria Joana Vasconcelos Castello Branco.
Falecido em Fortaleza a 23/04/1877, de doença cardíaca.
Casou-se em São José do Inhamuns (Tauá) em 1842, com
sua prima Theresa Antonia Feitosa Castello Branco (Mãe Teresa),
filha do irmão do seu pai, José Pereira Castello Branco e de Ana
Gonçalves Vieira (Ana Feitosa), filha do Coronel Eufrásio Alves Feitosa,
residente nos Inhamuns, Fazenda Estreito, e de Maria Madalena Alves Feitosa,
filha do Capitão-Mór Pedro Alves Feitosa.
Passou a residir nos Inhamuns (Tauá), terra de sua
sogra, onde ocupou o cargo Comandante de Polícia, conduzindo-se com grande
energia e dureza, chegando mesmo a praticar excessos, o que lhe valeu o apelido
de . Sofreu então, tremenda perseguição dos membros da família
de sua esposa, Os Feitosas.
Quando ocupava o cargo de Delegado de Polícia em
Tauá, aprisionou o perigoso facínora autor de um crime bárbaro,
cumprindo ordem Imperial, levando-o acorrentado para Fortaleza, Capital da
Província.
Atividades
em Monte Mór
Em 1853, voltou para Baturité sendo eleito
Presidente da Câmara, cargo que ocupava quando a Vila foi e levada á categoria
de cidade, a 09 de agosto de 1858, e para o qual se elegeu nada menos de 4
vezes.
Foi nomeado Tenente Coronel por Decreto de
28/07/1867.
Deputado Provincial sendo considerado homem de
grande prestígio e poder a ponto de receber do Governo Imperial as cobiçadas
condecorações do Hábito da Ordem de Cristo e da Ordem da Rosa.
Era proprietário de casa na Rua do Commércio e Rua
do Rio.
Promoveu a construção do Mercado Público de
Baturité, através de contratos de concessão de exploração de 20 anos.
Promoveu também a abertura da via, que hoje é
denominada Avenida Dom Bosco.
26/04/1856 - Contrato da facção do curral do açogue por
500$000.
Presidente da Câmara de 04/081858 ate 18/07/1859.
Deputado Provincial - 1858 a 1859
Pela Lei provincial nº 844 de 08/08/1858, a Vila de
Baturité, foi elevada a categoria de cidade.
Na época as autoridades eram:
Presidente da Câmara: Pedro José Pereira Castelo Branco
Procurador:
Venâncio Gomes de Melo
Vigário:
Padre Ernesto José Cavalcante
Juiz:
Antonio Benício Saraiva Leão Castelo Branco
Promotor:
Dr. Leandro da Silva Freire
28/04/1860 - Aforou 70 palmos de terreno na Rua do Rio
Aracoiaba.
Presidente da Câmara de 09/01/1861 a
30/08/1862.
Sessão extraordinária da Câmara de 20/03/1862.
Antes desta epidemia, haviam grassado
na Localidade febres de mau caráter, em 1852, 1858 e 1861, que o português
Joaquim Rodrigues Pinto (o Pinto Boticário, como era conhecido) classificou de
febre amarela. Pedro Catão.
Presidente da Câmara de 16/01/1863 a 02/10/1868.
Sessão extraordinária da Câmara de 06/03/1865.
1872 - Deputado Provincial - 1872-1875.
1877 - Presidente da Câmara de 07/01/1877 a 03/01/1880.
O seu falecimento foi noticiado pelo Jornal < O
Baturité > de 28/04/1877.
Falecimento - Suncumbiu a uma afecção do coração, na Capital
da Província, onde seguira a procura de lenitivo ao mal que soffria o
Tenente-Coronel Pedro José Castello Branco, membro proeminente da Família
Castello Branco e Chefe de uma facção do Partido Conservador nesta Localidade.
O Tenente-Coronel Pedro Castello, filho legítimo do Coronel Manoel Felipe
Castello Branco, nasceu em 1818. Casou-se com sua prima D. Thereza Antonia
Castello Branco em 1842, e desde então residiu nos Inhamuns ate 1853, quando se
mudou para Baturité, tendo exercido no Tahuá o Cargo de Delegado de Policia,
prestando serviços relevantes, pelos quais o Governo Imperial condencoro-o.
Eleito Presidente da Câmara deste Município, em 1856, foi reeleito em diversos
quadriênios e ainda no atual occupava o lugar. O finado foi também eleito
Deputado Provincial em mais de uma Legislatura, e exerceu outros Cargos de
nomeação do Govêrno. À sua família os nossos pessâmes.
Sessão da Câmara de 23/04/1877
Ficando inserrados os
trabalhos da Câmara por tempo de 8 dias em signal de pesar por proposta do Sr.
Presidente da Câmara Clementino de Holanda>.
Obs. Verifica-se que apesar da Vila já existir desde
1764, neste período ainda existia poucos imóveis nela, o que provavelmente
impossibilitava a sua elevação à categoria de cidade. Observa-se então nos anos
que antecedeu a elevação da Vila à categoria de Cidade, intensa doação de
terrenos por aforamentos, com o compromisso dos aforados de construírem pelo
menos à frente da casa que pretendiam construir. Com isso, mudou a visão que se
tinha da Vila, as fachadas encobriam terrenos, e criavam uma ilusão de
grandeza. Acreditamos que isto contribuiu significativamente para a elevação da
Vila à categoria de Cidade.
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